A Polícia Federal se levanta

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14 de fevereiro de 2017

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A Polícia Federal se levanta

O novo problema de Michel Temer é um não tão discreto levante na PF. Aproveitando-se de que o ministro Alexandre de Moraes deixou a pasta da Justiça, a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal encaminhou um pedido formal para que se substitua o diretor-geral da corporação. Nomeado ainda no governo Dilma, Leandro Daiello dá o menor apoio possível à Lava Jato, o que leva os delegados que trabalham na operação ao esgotamento. O mais recente foi Márcio Anselmo, um dos principais envolvidos no processo, que terminou transferido para a Corregedoria da PF no Espírito Santo. É o quinto que deixa a Lava Jato, caindo para cima. A Associação queixa-se, também, de falta de apoio nas operações Acrônimo e Zelotes, e por conta encaminhou ao presidente da República uma lista tríplice dos delegados mais votados em seu colegiado. Temer não é obrigado a substituir Daiello ou, se o fizer, a escolher um nome que agrade à corporação. (Estadão)
 
Os principais vazamentos que ocorreram nos últimos dias contra o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, nasceram de relatórios da PF. São sinais do levante. Segundo Helena Chagas, a versão oficial para o afastamento de Márcio Anselmo da Lava Jato pode ser esgotamento, mas nenhum de seus pares acredita.

Matheus Leitão conta quem são os delegados na lista tríplice da PF.

Vera Magalhães: o juiz Sérgio Moro escreveu um despacho para negar habeas corpus a Eduardo Cunha e dificultar a vida do STF. Na semana passada, o ministro Gilmar Mendes havia criticado as prisões provisórias “que se alongam demais”, em Curitiba. Moro se embasa em decisões do próprio Supremo, sugere que movimentos do ex-deputado visam a chantagem política contra o presidente e aponta que ainda há resquícios no Brasil da cultura em que certas castas estão acima da Justiça. O STF avaliará o relaxamento da prisão de Cunha esta semana e, perante os argumentos de Moro, fica numa saia justa. (Estadão)

MBL e Vem Pra Rua convocam manifestação pró-Lava Jato para 26 de março. (Folha)

Enquanto Temer recua e promete suspender ministros denunciados e demitir os que se tornarem réus. (Globo)

Os diários Folha de S. Paulo e O Globo foram censurados, nesta segunda-feira, por decisão de um juiz federal de Brasília. Ambos tornaram públicos trechos de uma conversa entre a primeira-dama, Marcela Temer, e seu irmão, que foram usados para chantagem por um hacker. O juiz alega que houve violação da intimidade. Os jornais argumentam que, por a conversa tratar de uma trama eleitoral, ela é de interesse público.

O governo federal autorizou presença das Forças Armadas para auxiliar na segurança do Rio de Janeiro até depois do Carnaval. O prazo ainda não foi definido. (Globo)

Diga-se… pela primeira vez, a PM do Rio reconheceu ter tido dificuldades de deixar um quartel por conta da pressão de mulheres dos policiais à porta. Foi por isso que as redondezas do estádio onde disputaram Flamengo e Botafogo estavam vazias. (Folha)

As mulheres dos PMs capixabas que acampam perante os quartéis cederam e não pedem mais reajuste salarial ao governo. Querem, agora, melhorias de condições de trabalho. O governo do estado, por sua vez, anunciou a demissão de 161 policiais.

A Bovespa subiu pelo quinto pregão seguido chegando ao maior nível desde 2012. O índice foi puxado principalmente pela alta da Vale, dada a valorização de minério de ferro e cobre no mercado externo. (Estadão)

A Casa Branca de Trump teve sua primeira baixa. O general da reserva Michael Flynn, que era assessor de Segurança Nacional, renunciou ontem à noite. O Departamento de Justiça havia lhe negado acesso a informação ultra-secreta, acusando-o de, em dezembro, ter ligado para o embaixador russo e o aconselhado a ignorar sanções impostas pelo governo Obama. Flynn negava ter traído o governo americano fazendo recomendações para a Rússia. Ficou claro que mentia. O cargo é, historicamente, um dos mais importantes no Salão Oval.

Aliás… um relatório do Atlantic Council, centro de pesquisa localizado em Washington, aponta evidências de que Síria e Rússia bombardearam propositalmente hospitais em zonas controladas por rebeldes, na cidade de Aleppo.

Dissecando as artimanhas da defensora oficial de Donald Trump. É o objetivo deste singelo vídeo do Vox, que mostra como a assessora especial do presidente Kellyanne Conway, em entrevista após entrevista, dribla jornalistas de TV para defender seu chefe.

A Amazon retirou de venda livros que negam o Holocausto de suas lojas na Alemanha, Itália e França. Nestes países, qualquer tipo de propaganda nazista é crime.

Cultura

A fotografia do ano, segundo o World Press Photo, foi anunciada ontem — não sem polêmica, como escreve Daigo Oliva, editor do Núcleo de Imagem da Folha. Trata-se da foto do assassinato do embaixador russo Andrey Karlov, numa galeria de arte, por um policial turco, num ato de terrorismo nos últimos dias de 2016. 

Um jurado do prêmio, aliás, explicou por que votou contra a fotografia campeã do WPP. Afinal, a imagem de um assassinato segundos depois do crime deveria vencer um prêmio?

Galeria: as 30 vencedoras do World Press Photo 2017.

Adriana Calcanhotto fala sobre a antologia de poesia contemporânea que organizou — em vídeo divulgado pela Companhia das Letras, que lança o livro nesta sexta-feira. (Globo)

Outro que chega às livrarias do Brasil nesta semana é o título póstumo de Roberto Bolaño (1953-2003), O Espírito da Ficção Científica, que o autor deixou manuscrito em três cadernos, assinou e datou — com o ano de 1984. A data levanta a questão: se queria publicar o livro, por que o escritor não o fez em vida? (Folha)

De Caravaggio a Van Gogh, uma página no Facebook recria célebres pinturas com Playmobils.

Prince estreou no Spotify em grande estilo, com mais de 108 milhões reproduções em um dia. Purple Rain foi a mais tocada. (Globo) 

Viver

O número de pessoas com mais de 65 anos tomando remédios psiquiátricos triplicou no período de 2003 a 2014. Por outro lado, nem metade delas apresentou algum distúrbio do humor, problemas para dormir ou dores crônicas. A pesquisa, dizem médicos, confirma dois problemas: 1) muitas vezes as receitas são inapropriadas, 2) pouco se indica psicoterapia (apenas em 10% dos casos).

Para evitar a caça, guardas de parque na Índia atiram contra caçadores suspeitos. O método de preservação animal é, sem dúvida, polêmico, mas bem-sucedido: há cem anos, havia cinco rinocerontes de um chifre na região; hoje, são 2.400. Por outro lado, o Parque Nacional de Kaziranga registra duas mortes (de pessoas) por mês.

Condenada a 39 anos de prisão pelo assassinato dos pais, Suzane von Richthofen está na lista de aprovados do Fies, o Fundo de Financiamento Estudantil. Ela se cadastrou para o curso de administração numa faculdade privada — e presencial. Vai precisar de autorização judicial para frequentar o curso, usando uma tornozeleira eletrônica. (Estadão)

Quando é impossível explicar o próprio trabalho em menos de um minuto — caso, por exemplo, do “técnico evangelista” da Microsoft, que nada tem a ver, é claro, com religião.

Vídeo: o pássaro que pode voar por 16 km (quase) sem bater as asas.

Cotidiano Digital

Mercado de drones deve crescer 39% neste ano, estima pesquisa. Segundo analistas da consultoria Gartner, cerca de 3 milhões de unidades devem ser vendidas em 2017, o que deve movimentar pouco mais de US$ 6 bilhões. (Estadão)

E não é só para fabricantes que o crescimento de drones gera trabalho. A Dronebase, espécie de Uber com pilotos de drones ao redor do mundo, anunciou há pouco que completou sua missão de número 10 mil.

O governo chinês aumentou a “muralha” que separa seus cidadãos da internet. Recentemente, anunciou medida que torna mais difícil o uso das VPNs, as redes virtuais privadas. Mas os chineses também têm seus jeitinhos para acessar a web.

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