Odebrecht deu dinheiro para todo mundo

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3 de março de 2017

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Odebrecht deu dinheiro para todo mundo

Ao todo, pelas contas de Marcelo Odebrecht, ele repassou ao PT cerca de R$ 300 milhões entre 2008 e 2014. O dinheiro era gerenciado principalmente por Antonio Palocci e, depois, Guido Mantega. O empreiteiro afirmou também que a ex-presidente Dilma Rousseff tinha conhecimento sobre a ajuda financeira, mas que jamais lhe pediu diretamente qualquer contribuição. (Globo)

No Planalto, a avaliação é de que o depoimento de Odebrecht à Justiça Eleitoral já é suficiente para garantir a cassação da chapa Dilma-Temer. A única salvação do mandato do presidente, de acordo com o Painel, seria conseguir que o TSE avaliasse como separadas as contas da candidata a presidente e as de seu vice. (Folha)

Ainda em seu depoimento, Odebrecht afirmou ter usado a Cervejaria Itaipava como laranja para o pagamento de doações políticas. Pelo menos R$ 30 milhões foram desviados para partidos através da empresa. (Estadão)

Não custa lembrar: a Itaipava, conforme apuração de 2016 do repórter investigativo Chico Otávio, é ligada ao presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani. (Globo)

Tem para todo mundo. Benedito Júnior, ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, declarou ao TSE ter repassado R$ 9 milhões ao caixa dois de campanhas eleitorais do PSDB. O pedido teria partido do próprio candidato ao Planalto em 2014, Aécio Neves. (Folha)

Segundo o chefe de Benedito, Aécio não parou naqueles nove. Odebrecht afirmou ter recebido pessoalmente um pedido de R$ 15 milhões ao final do primeiro turno. Este pagamento não se concretizou. (Estadão)

Para o PDT foram R$ 4 milhões da empreiteira.

Aliás… O ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves afirmou estar surpreso com a descoberta de depósitos no valor de R$ 2,5 milhões em uma conta sua na Suíça.

Enquanto isso, o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, foi condenado a cinco anos de prisão pelo juiz Sérgio Moro. É acusado de participar da lavagem de R$ 6 milhões que partiu de um empréstimo fraudulento concedido pelo Banco Schahin. (Estadão)

E o Brasil volta a ter chanceler. O senador tucano Aloysio Nunes Ferreira foi indicado pelo presidente Michel Temer para assumir a diplomacia. Segundo Clóvis Rossi, o país não tem política externa clara (seja boa ou má) desde o fim do governo Lula. A dúvida é se passará a ter. (Folha)

Com uma inflação projetada de 3,8% neste ano — a meta oficial é 4,5% —, o BC deu sinais de que pode acelerar a queda da taxa básica de juros. Para o consumidor, porém, o efeito da queda que já houve é pouco sentido. O crédito continua caro. (Estadão)

Para assistir com calma: o historiador israelense Yuval Noah Harari, autor do excelente Sapiens e, mais recentemente, Homo Deus, é entrevistado por Chris Anderson, curador do TED, por uma hora. É a estreia de um novo formato — sai a palestra curta, entra a conversa de fôlego. Harari defende que o verdadeiro embate político, hoje, não se dá mais entre esquerda e direita, e sim entre globalistas e nacionalistas. Em inglês, com legendas em inglês.

Para ler com calma: Na revista Piauí de outubro último, Ruy Fausto (USP) defende uma reconstrução da esquerda para além do que chama “discurso Marilena Chauí”. Na de dezembro, Samuel Pessôa (FGV) lhe responde dizendo que não há alternativa fora do projeto social-democrata — ou neoliberal — proposto pelo governo FHC. Na edição de fevereiro veio a tréplica de Fausto. O quanto a globalização faz parte do projeto neoliberal — e o quanto não pode ser vista, também, num projeto de esquerda? O debate segue para além dos slogans fáceis das redes sociais.

O secretário de Justiça dos EUA, Jeff Sessions, decidiu abster-se das investigações a respeito da influência do Kremlin na eleição e, posteriormente, sobre alguns dos assessores do presidente americano Donald Trump. Sessions tomou a decisão após o jornal Washington Post revelar que ele próprio manteve contato com o embaixador russo em Washington, coisa que vinha negando.

Tony de Marco
A ponta do iceberg “Mineirinho”.

Cultura

Em São Paulo, os destaques sugeridos pela Bravo! são o show da pernambucana Alessandra Leão, hoje, no Auditório Ibirapuera, e a exposição em homenagem a Laura Cardoso, no Itaú Cultural, entre outros.

No Rio, as indicações culturais incluem o show de João Bosco, no sábado, no Teatro Rival, e a mostra dedicada ao cineasta Jean Renoir, no CCBB.

Nos cinemas, estreiam Logan (trailer), despedida de Hugh Jackman do papel de Wolverine, e o documentário nacional Waiting for B. (trailer). Veja todos os lançamentos deste final de semana.

De Brigitte Bardot, sobre o tempo que viveu em Búzios: “Era apenas uma aldeia de pescadores sem água encanada ou eletricidade. Vivíamos como Robinson Crusoé em praias selvagens e desertas. As ruelas eram cheias de leitões pretos e galinhas. Nós vivíamos de pesca, farofa, mangas e muito sol”. A atriz, aos 82 anos, é tema de livro que sai esta semana na França. (Folha)

Em meio a uma crise, o Metropolitan Museum, de Nova York, perde seu diretor. Thomas P. Campbell, que estava no cargo havia oito anos, renunciou. (Globo)

A casa em que cresceu Nina Simone surgiu à venda no início deste ano. Por US$ 95 mil. Para preservar a memória da cantora e ícone do movimento negro nos Estados Unidos, quatro artistas decidiram comprar a modesta casa de madeira — que agora pode ser vista em vídeo 360º no New York Times.

Vale ver (ou rever): o documentário sobre Nina Simone na Netflix.

Lou Reed completaria 75 anos ontem. Sua ex-mulher, a artista Laurie Anderson, decidiu doar à Biblioteca Pública de Nova York o acervo completo do músico. São papéis, fotos e gravações, cerca de 600 horas delas, conta o Globo. A New Yorker visitou o acervo e traz detalhes, como uma carta de Martin Scorsese para Lou Reed dizendo que ele precisa conhecer Johnny Depp ou fitas que o cantor mandava por Correio para si mesmo nos anos 1960.

Ouça Lou Reed, no Spotify ou no Youtube.

Alec Baldwin se tornou o rosto de Donald Trump na comédia americana. Em vídeo, o ator conta que até se sentar diante da câmera do Saturday Night Live não tinha ideia de como iria fazer a imitação ‚— já clássica — do presidente.

Viver

“Fui estuprada, abusada sexualmente quando criança e, depois, demitida porque não quis dormir com meu chefe. Sempre pensei que era minha culpa.” A atriz Jane Fonda revelou agora, aos 79 anos, o momento do doloroso passado — sua mãe, também vítima de estupro, cometeu suicídio quando ela tinha 12 anos.  Ativista dos direitos da mulher, ela disse que teve “homens maravilhosos, mas todos vítimas do sistema patriarcal”.

Uma mulher foi agredida a cada quatro minutos no Carnaval do Rio. Segundo a Polícia Militar carioca, entre a sexta e a Quarta-feira de Cinzas, mais de 2.000 chamadas foram pedidos de socorro por violência contra a mulher.

O que nos leva a compartilhar posts nas redes sociais? Segundo estudo recente, a resposta não está no conteúdo da notícia, mas no cérebro de quem compartilha.

Os números sobre a imigração vêm sendo mal interpretados. É o que diz a Nature. Segundo a revista, o número de imigrantes entrando na Europa é baixo comparado à população do continente. Nações na África e na Ásia estão recebendo muito mais.

Para ler com calma: Por que as notícias ainda surgem durante a noite? A Atlantic explica (em inglês).

Cotidiano Digital

A transmissão exclusiva via internet do Atletiba, clássico do futebol paranaense, gerou 3,7 milhões de visualizações. Foi a primeira transmissão online de um jogo no país.

Mas a notícia do dia foi o IPO da Snap. A empresa, dona do Snapchat e do óculos de realidade virtual Spectacles, colocou ações à venda pela primeira vez. Começou o dia avaliada em US$ 33 bilhões. Captou US$ 3,4 bilhões.

Durante o dia, as ações subiram 44%.

Aliás, a Snap é a primeira das chamadas ‘unicórnios’, as startups avaliadas em bilhões de dólares, a abrir capital na Bolsa de Valores. A boa recepção dos investidores pode criar caminho para outras empresas de tecnologia, como AirBnB e Uber — esta última, antes, precisa se livrar da crise que enfrenta.

O próximo pesadelo da segurança tecnológica podem ser os aparelhos médicos. Instrumentos como desfibriladores são cada vez mais hackeados, conta a Wired. Podem ser a porta de entrada para as redes de grandes hospitais.

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