Argentina ressuscita crédito imobiliário e provoca corrida aos bancos
Para ler com calma. A queda nos juros argentinos desde que Javier Milei assumiu o poder e a aposta de que o presidente será capaz de domar a inflação estão ressuscitando o financiamento imobiliário no país. Alguns dos maiores bancos privados e estatais anunciaram nas últimas semanas que começarão a oferecer empréstimos imobiliários a taxas de juros entre 3,5% e 8,5% ao ano. Os financiamentos também são corrigidos pela inflação que, em 12 meses até abril, acumulou 289,4%. “As pessoas estão muito ansiosas, as consultas congestionam nossos canais de comunicação e estamos sobrecarregados”, diz Daniel Tillard, presidente do Banco Nación, maior instituição estatal do país, que vai liberar cerca de US$ 4 bilhões para financiamento imobiliário nos próximos quatro anos a 40 mil potenciais clientes. Até sexta-feira passada, o Banco Ciudad já havia recebido cerca de 11 mil pedidos formais de empréstimos desde o lançamento do financiamento imobiliário, em 29 de abril. Devido a controles cambiais rígidos e taxas de juros altíssimas, as vendas de imóveis financiados despencaram a partir de 2018. (Globo)