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Fraude na Americanas envolveu mais de 60 pessoas para esconder rombo

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A fraude bilionária na Americanas, alvo de operação da Polícia Federal deflagrada nesta quinta-feira, envolveu dezenas de funcionários e executivos da varejista. Pelo menos 60 pessoas que deixaram a companhia ou foram demitidas teriam feito práticas irregulares, segundo investigações internas da empresa, apuradas pelo Estadão/Broadcast. Executivos gastavam mais tempo para esconder o rombo e fraudar as contas do que trabalhando na gestão da empresa. Frente a esse desvio de funções, a Americanas se prepara para buscar um ressarcimento bilionário relativo às inconsistências. Dados maquiados e modificados eram passados às auditorias, que não tinham acesso pleno aos sistemas do grupo. Em depoimento à CPI, a nova gestão da empresa informou que, em dez anos, foram pagos R$ 700 milhões em salários e bônus à diretoria. Se for comprovado que os resultados foram forjados propositalmente, as remunerações variáveis pagas com base em desempenho falso teriam de retornar ao caixa da empresa. O escândalo veio à tona em janeiro de 2023 com uma comunicação da varejista de que havia encontrado inconsistências contábeis da ordem de R$ 20 bilhões. Em nota, a varejista afirma que confia nas investigações e diz que foi vítima. (Estadão)

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O objetivo das fraudes nos balanços contábeis da Americanas era a manutenção de bônus milionários à cúpula da rede varejista, segundo trechos da investigação que levou à Operação Disclosure, da Polícia Federal. As fraudes estão comprovadas por centenas de e-mails, de acordo com a PF. “Por meio deles, verifica-se que, mês a mês, todos recebiam os resultados reais, tomavam conhecimento do refino dos números (versões que modificavam linhas do balanço), elegiam um resultado fictício e tomavam conhecimento do resultado fraudulento”, de acordo com trecho da investigação. O objetivo, de acordo com a PF, era “receber vantagens indevidas com o pagamento de bônus por metas atingidas, e elevar de forma ilícita a cotação das ações das Americanas, pois, assim, gerariam ganhos financeiros não justificados, visto que alguns dos investigados tinham participação acionária nas empresas”. (Metrópoles)

Para o Ministério Público Federal, o esquema funcionava em duas fases. Na primeira, os executivos incluíam as receitas fictícias no balanço da empresa, elaboravam os “kits de fechamento” e distribuíam entre si para avaliação e eventuais ajustes, conta Malu Gaspar. Após a análise e checagem dos números, o grupo gerava a “versão zero” do resultado com as cifras reais. A partir da inclusão de dados falsos para inflar os resultados, os investigados geravam novas versões do orçamento, que eram numeradas a cada atualização. De acordo com o parecer, era por meio dos “kits de fechamento” que o então CEO da empresa, Miguel Gutierrez, acompanhava e participava das fraudes “desde o seu planejamento até a publicação dos resultados”. A segunda fase, segundo o MPF, visava gerar caixa para disfarçar a dívida real da empresa, principalmente por meio de contratos inexistentes de verba de propaganda cooperada. Em nota, os advogados do ex-CEO disseram que Gutierrez “reitera que jamais participou ou teve conhecimento de qualquer fraude e que vem colaborando com as autoridades, prestando os esclarecimentos devidos nos foros próprios”. (Globo)

Em delação premiada, Flávia Carneiro, ex-responsável pela Controladoria da Americanas afirmou que as fraudes contábeis começaram pelo menos em 2007, quando ela ingressou na empresa. Segundo seu depoimento, o orçamento era uma meta a ser atingida, sem reflexo na realidade e baseado no ano anterior, que também não era real. E isso criou uma bola de neve. A investigação também se baseia na delação do ex-executivo Marcelo Nunes. (Folha)

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