Emoção e pedido de justiça marca primeiro dia de julgamento do caso Marielle
No depoimento mais emocionado da sessão desta quarta-feira, Monica Benício, viúva de Marielle Franco, foi a terceira pessoa a ser ouvida no julgamento dos executores da ex-vereadora e do motorista Anderson Gomes. Com dificuldades para iniciar sua fala, que durou pouco mais de 30 minutos, ela relembrou a personalidade “afetuosa” e de “muita energia” da esposa, que “estava no momento mais feliz da vida dela, como ela mesma reconhecia”. Monica também disse esperar que “se faça a justiça que o Brasil, que o mundo espera há 6 anos e 7 meses”. Já a viúva de Anderson, Agatha Arnaus destacou “a pessoa maravilhosa e profissional responsável” que o motorista era, das dificuldades que passaram, quando o filho do casal nasceu com deficiência, e pediu que os assassinos paguem pelos crimes. Primeira a depor, Fernanda Chaves, assessora de Marielle, que também estava no carro atacado, contou os momentos de horror que viveu na noite do atentado. Após os tiros, saiu do carro engatinhando e pediu ajuda às pessoas que estavam no local. Orientada a sair de casa, deixou o Brasil e foi para Madri, onde ficou os três meses seguintes, até retornar para uma reconstituição com a polícia. “Parece que as coisas vão amenizando, mas não. Não há normalidade desde que isso aconteceu na nossa vida”, lamentou. Em seguida, Marinete Silva, mãe da ex-vereadora, prestou depoimento ressaltando a saudade da filha. “Tiraram um pedaço de mim. Cada vez que dói, dói muito.” Em seu depoimento como réu, o ex-sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro Ronnie Lessa, afirmou ter recebido uma oferta para matar o ex-deputado federal Marcelo Freixo. A conversa para executar Marielle teria começado em 2016, quando recebeu uma oferta de “uma coisa para ficar milionário”. (CNN Brasil)
Confira os destaques do primeiro dia de julgamento dos executores de Marielle e Anderson. (g1)