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O governo federal deve registrar déficit primário de R$ 19 bilhões neste ano, já excluídos os gastos com precatórios, segundo a Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados (Conof). Caso o número se confirme, a meta de resultado primário — que é de déficit zero, com intervalo de tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para cima ou para baixo, o equivalente a R$ 31 bilhões — será cumprida. Estudo divulgado nesta segunda-feira destaca que, considerando gastos previstos de R$ 44 bilhões com precatórios, projeta déficit primário de R$ 63 bilhões para 2025. Mas, descontadas as despesas com precatórios, que não são consideradas para o cumprimento da meta, o resultado primário ficaria negativo em R$ 19 bilhões. A Conof também destaca que, “embora as metas de resultado fiscal venham sendo cumpridas ano após ano, tal fato não tem sido suficiente para garantir a estabilização da dívida pública” e que “a dívida pública está em trajetória de crescimento”. Considerada o principal indicador do estoque do endividamento público, a dívida bruta do governo geral encerrou 2024 em 76,1% do PIB, segundo o Banco Central (BC). O número representa alta de 4,4 pontos percentuais em relação ao início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). (Valor)