Melhor investir em bioindustrialização do que em petróleo, diz Carlos Nobre
Apesar de a Petrobras planejar um investimento de US$ 3 bilhões na exploração da Margem Equatorial, nos próximos cincos, o desenvolvimento baseado na biodiversidade e nas populações amazônicas não só impulsionaria a economia no Amapá, como contribuiria para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS), argumenta Carlos Nobre. O prestigiado climatologista explica que investimentos em restauração florestal, bioindústrias e infraestrutura sustentável beneficiaria mais de meio milhão de pessoas de baixa renda no estado, ao aumentar a produtividade na região. Ele estima que restaurar 80 mil hectares desmatados no Amapá poderia gerar cerca de 20 mil empregos. Com a aplicação de US$ 1,2 bilhão em 100 biofábricas modestas e uma superdiversificada em cada município, o estado se tornaria um polo tecnológico com produção de 10 mil empregos diretos, e um potencial para inserir os trabalhadores na classe média. Novas formas de energia renovável, como a hidrocinética e o hidrogênio verde, também têm sido demonstradas como viáveis à região amazônica. (UOL)