Sabatina de Messias agrava tensão entre Alcolumbre e governo
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O Palácio do Planalto corre para tentar botar água na fervura da crise com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que já resultou, por exemplo, na derrubada dos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao PL do licenciamento ambiental. Neste domingo, o senador divulgou uma nota criticando a demora no envio pelo Executivo da mensagem oficial de Lula indicando o advogado-geral da União, Jorge Messias, a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). No texto, além de alegar “perplexidade” com o atraso, ele acusa “setores do Executivo” de tentarem criar a impressão de que as divergências entre os poderes são resolvidas “por ajustes fisiológicos” — uma referência à notícia de que ele teria exigido a presidência do Banco do Brasil para apoiar Messias. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, negou a barganha de cargos e disse ter “o mais alto respeito e reconhecimento” pelo presidente do Senado. Alcolumbre queria o posto para seu antecessor e aliado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e não escondeu a irritação ao ser contrariado. Sem assumir a retaliação, ele marcou a sabatina de Messias na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para o próximo dia 10, o que desagradou o Planalto diante do pouco tempo para campanha junto aos senadores. O atraso no envio dos documentos seria uma forma de protelar a sabatina. (Globo)
Com pouco tempo ou não, Messias está em campanha e, segundo levantamento do Poder360, ainda precisa conquistar mais três votos na CCJ, além dos 11 já prometidos, para ter a indicação aprovada. Dos demais integrantes da comissão, sete anunciaram voto contrário, três não responderam e seis não quiseram antecipar seu posicionamento. São necessários 14 votos (50%+1) na CCJ para que a indicação seja levada ao Plenário. (Poder360)
Para ler com calma. A indicação de Messias e a consequente reação de Alcolumbre são apenas os últimos elementos de uma relação conflituosa envolvendo os três poderes. Mas o rompimento entre o governo e o presidente do Senado, que vinha atuando como mediador nas crises do Executivo com a Câmara, criou um clima de “cada um por si” na reta final dos trabalhos legislativos de 2025. (Folha)

























