Caio Mello

Redator do Meio. Jornalista formado pela Cásper Líbero, onde foi coautor de um livro sobre ocupações urbanas do Centro de São Paulo para o Trabalho de Conclusão de Curso. Tem experiência em cobertura política e econômica, passando por redações e veículos de rádio, além de ser pós-graduando em Ciência Política.

IBGE: inflação cai em agosto, com recuo nos preços de habitação e alimentos

Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, apresentou uma taxa de -0,02%, vinda de 0,38% em julho. No acumulado do ano, o IPCA registra alta de 2,85%, e nos últimos 12 meses, 4,24%, abaixo dos 4,50% registrados no mês passado. O que mais contribuiu para o resultado de deflação foram Habitação, com queda de 0,51% e Alimentação e bebidas, com recuo de 0,44%. Em habitação, a queda foi influenciada pela energia elétrica, devido ao retorno da bandeira tarifária verde, já nos alimentos, a queda foi liderada pela alimentação no domicílio, com recuos acentuadas nos preços de batata, tomate e cebola, enquanto mamão e banana apresentaram a maior subida de preço.

Previsões para Selic passam para mais de 11% em 2024, revela Focus

Expectativas para 2024 de todos os principais indicadores subiram. Foi o que revelou o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central (íntegra). Após o PIB do segundo trimestre superar o consenso e subir 1,4%, a Selic, taxa básica de juros da economia, foi revisada de 10,50% para 11,25%, 0,75 ponto percentual de aumento nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária, portanto. O crescimento da economia, que possivelmente será revisado pelo Ministério da Fazenda, saiu de 2,46% na semana passada, para 2,68% e a expectativa de inflação subiu a oitava semana consecutiva, de 4,26% para 4,30%. Câmbio teve leve ajuste para cima, de R$5,33 para R$5,35.

Lula promete fim da fome e da cobrança de IR para quem ganha R$ 5 mil até 2026

Na mesma entrevista à Rádio Difusora, de Goiânia, na qual falou sobre as denúncias contra o ministro Silvio Almeida, o presidente Lula defendeu o incentivo ao consumo como motor para a economia, argumentando que seria o consumo que ocasionaria a industrialização e não o contrário. Lula ainda confirmou duas promessas para o final do seu terceiro mandato, em 2026: de isentar de pagar IR quem ganha até R$ 5 mil e de acabar com a fome no Brasil. Sobre a relação com o agronegócio, o presidente disse acreditar que a rejeição do setor ao PT é, em parte, ideológica. Ele defendeu tanto o agronegócio quanto os movimentos de sem-terras, destacando a complementaridade entre a agricultura familiar e a produção para exportação. Já em relação ao Bolsa Família, Lula respondeu críticas ao pente-fino no programa, ao dizer que, apesar de desagradável, a medida seria necessária para garantir a eficiência.

EUA criam 142 mil vagas de empregos não-agrícolas em agosto, abaixo do esperado

Em agosto, foram criadas 142 mil vagas de emprego não-agrícola (Payroll) nos Estados Unidos, segundo dados oficiais do Bureau of Labor Statistics (íntegra). O número é maior do que as 89 mil vagas criadas no mês passado, mas menor do que o esperado, de 164 mil vagas. A taxa de desemprego permaneceu praticamente inalterada, em 4,2%, com 7,1 milhões de pessoas desempregadas. Os principais setores que impulsionaram o crescimento do emprego foram a construção civil, com 34 mil novos postos, e o setor de saúde, com 31 mil vagas. O relatório também mostrou que o salário médio por hora subiu 0,4%, atingindo US$ 35,21. Revisões nos dados dos meses de junho e julho apontaram um crescimento de emprego também inferior ao previamente estimado.

Produção industrial cai 1,4% em julho, mais que o esperado

Indústria decepcionou. Em julho de 2024, a produção industrial brasileira registrou uma queda de 1,4% em relação ao mês anterior, e maior que a queda esperada de 0,9% entre analistas do mercado. Os dados foram divulgados pelo IBGE (íntegra). O resultado interrompeu o avanço de 4,3% observado em junho, mas apesar dessa queda, a comparação com julho de 2023 revela um crescimento robusto de 6,1%, marcando a segunda alta consecutiva e o maior crescimento desde abril de 2024.

PIB sobe 1,4% no segundo trimestre de 2024, acima do esperado

Os números do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil surpreenderam, com crescimento de 1,4% no segundo trimestre de 2024 em comparação com o primeiro trimestre, divulgou hoje o IBGE (íntegra). Analistas de mercado esperavam crescimento próximo de 0,9%. Em relação ao mesmo período de 2023, o crescimento foi de 3,3%. A forte alta foi puxada pela indústria (1,8%) e serviços (1%), enquanto a agropecuária caiu 2,3%.

Previsões do mercado sobre inflação e PIB sobem para 2024 e caem para 2025

No Boletim Focus, que reúne a mediana das expectativas semanais de agentes financeiros sobre os principais índices econômicos, a expectativa de inflação e do PIB continuaram subindo para 2024 (íntegra). O IPCA teve ligeira revisão de 4,25% para 4,26%, já a previsão de crescimento da economia brasileira saiu de 2,43% para 2,46%. As expectativas para o câmbio também tiveram revisão altista para R$5,33, de R$5,32 na última semana.

Barraco no auditório, tensão nos bastidores: a tentativa de debate em São Paulo

No debate de ontem com candidatos à prefeitura de São Paulo organizado pela TV Gazeta e pelo canal MyNews, houve preocupação com o formato e as regras para evitar justamente o que ocorreu ontem: propostas de lado, ataques em alta, constantes pedidos de direito de resposta e quase violência física, quando o candidato José Luiz Datena (PSDB) saiu do púlpito e ficou frente a frente com Pablo Marçal (PRTB). A imprensa e as assessorias dos políticos não puderam entrar no auditório, ficando em uma sala separada, mas tendo acesso ao retorno das câmeras, mesmo nos intervalos.

Arrecadação federal de julho bate novo recorde mensal, em R$ 231 bilhões

A arrecadação do Governo Federal atingiu um novo recorde para o mês em julho de 2024, somando R$ 231,04 bilhões, as informações são da Receita Federal. O valor representa um aumento real de 9,6% em relação ao mesmo mês de 2023. Ainda segundo a Receita, o melhor resultado em 30 anos é resultado direto de uma série de medidas fiscais implementadas no ano passado, incluindo a tributação de fundos exclusivos e combustíveis, além de ajustes na tributação de incentivos estaduais.

IGP-DI preocupa e sobe 0,83%, puxado por commodities

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que mede a variação de preços desde matérias-primas agrícolas e industriais até produtos e serviços finais, registrou alta de 0,83% em julho, uma aceleração em comparação aos 0,50% observados em junho (íntegra). No acumulado do ano, o índice subiu 1,95%, e em 12 meses, 4,16%.