Coreia do Norte ameaça pular fora de encontro
A Coreia do Norte suspendeu de última hora o encontro de cúpula que ocorreria hoje com a Coreia do Sul. O motivo são manobras conjuntas entre as forças aéreas do Sul e dos EUA, que vêm ocorrendo desde a semana passada. O cancelamento abrupto pegou os diplomatas de surpresa. (New York Times)
De prima, foi feita também uma ameaça sutil aos EUA, afirmando que devem ‘pensar seriamente’ sobre como as manobras podem afetar o encontro entre Kim Jong-un e Donald Trump. Algumas horas depois, a diplomacia de Pyongyang foi mais direta. Se Washington insistir num mero desarmamento nuclear unilateral, o encontro não fará sentido para os norte-coreanos. Nos EUA, os incidentes levaram a um debate interno. Ainda não está claro se é um mero jogo de postura e pressão anterior ao encontro por parte da ditadura ou se há novas condições sendo postas à mesa. (New York Times)
Os sinais são mesmo confusos. Imagens de satélite mostram que o governo norte-coreano já está desmontando, sem qualquer acordo assinado, um de seus principais sítios de testes nucleares.
Pois é. O ministro Gilmar Mendes deu ordens para que o empresário Milton Lyra, acusado de ser o operador do MDB no Senado, fosse solto. Preso por ordem do juiz carioca Marcelo Bretas em 12 de abril, ele é acusado de ter trabalhado no desvio de dinheiro dos fundos de pensão dos funcionários de Correios e Serpro.
Não só. Há uma nova denúncia do Ministério Público contra Lyra. Junto a um trio de doleiros, ele teria distribuído US$ 10 milhões em propinas para políticos (Veja)
Aliás... A Justiça Federal de São Paulo decidiu não atender ao pedido do MPF de reinstaurar a prisão preventiva de Paulo Preto, acusado de ser operador do PSDB e liberto por Gilmar.
Então... O humorista Tutty Vasques costuma chamar estas notícias que parecem ser sempre as mesmas e mudam apenas ligeiramente de ‘notícia enguiçada’.
Geraldo Alckmin passou os últimos dias tentando acalmar tucanos assustados com as pesquisas. “Ele não está entendendo porque isso está acontecendo”, afirmou o presidente do PSDB paulista, Pedro Tobias. “O povo está sendo duro. Ele fez uma boa gestão e não atrasou salários”, afirmou, citando a pesquisa do Ibope que põe Alckmin empatado com Bolsonaro em seu próprio estado. O candidato vem afirmando que as pesquisas podem ser explicadas por ser cedo demais. A população não estaria preocupada ainda com as eleições. (Valor)
Num novo esforço de marketing, Michel Temer tenta ser jovem. E, no canal do Twitter do governo, explica que gosta de assistir à série espanhola A Casa de Papel (trailer).
Até 16h de ontem, 521 pessoas haviam sido baleadas no Rio de Janeiro desde o início do ano. É uma média de um atingido a cada seis horas. Sete das vítimas têm menos de 11 anos — a mais jovem, um bebê, atravessado por uma bala perdida no ombro, no colo da mãe, que assistia a uma partida de futebol do filho mais velho no pátio de uma escola de classe média alta. (Globo)
Cultura
Morreu, aos 88 anos, Tom Wolfe. No jornalismo, foi enorme: um dos três pais, com Truman Capote e Gay Talese, do jornalismo literário. A arte de escrever reportagens na forma de livros que se leem qual romances. Mas, enquanto seus dois geniais co-criadores tinham muito estilo, porém um certo recato no texto, Wolfe era todo exuberância. Certa vez, descreveu assim uma socialite: “Seu cabelo emerge da cabeça como uma coroa cheia, uma juba morena que contorna um rosto fino e dois olhos abertos — swock! — como guardas-chuvas, e todo aquele cabelo escorre até um casaco feito de... zebra!” Seus livros reportagens foram para todo lado. Em Os Eleitos (Amazon), conta a história dos homens que estavam no início da corrida espacial. O Teste do Ácido do Refresco Elétrico (Amazon) vasculha o nascimento da cultura hippie-lisérgica nos anos 1960. E houve também romances, ficção, dentre os quais nenhum é mais conhecido que A Fogueira das Vaidades (Amazon). Era um homem atento aos mínimos detalhes: na apuração, no texto — e nas roupas. Vestia sempre ternos bem cortados e claros, colete, camisa mais escura de colarinho alto, gravata de seda e chapéu panamá. Leia os obituários da New York Magazine, Esquire e New York Times.
A Esquire, sua casa original no jornalismo, sugere os livros essenciais de Wolfe.
Galeria: Só porque se trata de Tom Wolfe, e não outro, a GQ pôs no ar uma série de fotos. A moda do autor.
Lars Von Trier voltou a Cannes. E, mais uma vez, causou controvérsia. Seu novo filme, The House That Jack Built (trailer), apresentado no festival, fez com que dezenas de pessoas abandonassem a projeção entre vaias e protestos. O filme narra 12 anos da vida de Jack, interpretado por Matt Dillon, um serial killer inteligente, que tem prazer ao mutilar e estrangular suas vítimas, em sua maioria mulheres. ‘Repugnante’, ‘vil’, ‘cruel’, ‘misógino’ e ‘desumano’ estão na lista de adjetivos de críticas publicadas por jornais estrangeiros e nacionais — entre eles a Folha e o Estadão.
Pesquisadores descobriram duas páginas escondidas do diário de Anne Frank. Nelas, a adolescente fala sobre sexo. (Globo)
A trupe da fintec Nubank remasterizou a gravação de Como Nossos Pais, feita por Elis Regina para o Fantástico, em 1976. Agora em vídeo HD.
Cotidiano Digital
Nos últimos dias, uma disputa silenciosa vem sendo travada no pregão da NASDAQ. Netflix e Comcast estão cabeça a cabeça para definir quem tem maior valor de mercado. A rede de streaming vem crescendo paulatinamente e fechou, ontem, em US$ 141,73 bilhões. A maior empresa americana de telecomunicações, também dona da NBC-Universal, terminou em US$ 147,30 bi. Na semana passada, chegou a ser ultrapassada. No arco do tempo, é inevitável que a Netlix avance de vez.
Não é apenas outra história de uma empresa digital que deixa para trás uma concorrente da velha indústria. Neste meio tempo, a Comcast — que opera TV a cabo nos EUA — entrou noutra disputa, esta com a Disney, pela compra da 21st Century Fox e seu acervo. É uma briga de foice pela sobrevivência, enquanto empresas lutam por dois negócios simultaneamente: a produção e a distribuição de filmes e séries. Quem distribui — seja por cabo, seja via internet — quer controlar o maior naco possível da produção, para isolar os concorrentes. Quem produz quer garantir a maior renda possível para o que faz. Para a Comcast é a luta para manter o cabo vivo. Para a Disney, criar um serviço de streaming concorrente à Netflix, com muito conteúdo próprio, para garantir rentabilidade maior. E a Netflix segue correndo por fora.
Não à toa, a Netflix pisou no acelerador. O chief content officer, Ted Sarandos, anunciou esta semana que vai mexer nas proporções de seu orçamento. Agora, 85% será voltado para a produção de conteúdo próprio e apenas 15% para aquisição daquilo feito por outros.
A CIA identificou a pessoa que vazou para o WikiLeaks as ferramentas de combate ao ciberterrorismo usadas pelos espiões americanos. O suspeito foi identificado pelo FBI, é um engenheiro de 29 anos que trabalhou para a agência e está preso, sendo processado por ter pornografia infantil em seus servidores. Por algum motivo não divulgado, ele ainda não foi acusado formalmente pelo vazamento de segredos nacionais. (New York Times)
O Twitter vai implementar uma nova estratégia para lidar com assédio moral e bullying na rede. Usará um algoritmo para perceber sinais de mau comportamento e, a partir daí, diminuir o alcance destes tweets. O principal objetivo vai além. Não é apenas marcar tweets específicos, e sim identificar os donos de contas que abusam sistematicamente, para fazer com que apareçam menos nas listas de respostas e páginas de busca.
E por falar... O MBL decidiu comprar uma briga como o Facebook. Para o movimento, checar a veracidade das informações — como a rede social planeja começar a fazer — é uma manobra da esquerda.
Um robô que passa e dobra. Chegará às lojas no final do ano a US$ 980, nos EUA.
Viver
A energia solar gerada por residências e comércios brasileiros atingiu uma marca histórica. Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, o país alcançou 250 megawatts (MW) de potência em maio de 2018, um aumento de 36,6% em relação a 2017. No total, o Brasil possui 27.803 sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede — os consumidores residenciais estão no topo da lista e representam 77,4% deles.
Para ler com calma. Talvez você já tenha assistido a Her (trailer), o filme de Spike Jonze em que um escritor se apaixona e cria uma relação amorosa com o novo sistema operacional do seu computador. Mas será que um dia as máquinas se tornarão suficientemente reais para que a linha entre as pessoas e os robôs fique embaçada o bastante para que ambos se apaixonem? Lily Eva Frank e Sven Nyholm, professores da Universidade Técnica de Eindhoven, na Holanda, discutiram o tema em um ensaio para o livro Robot Sex (Amazon). Na opinião deles, teoricamente, é possível. Mas a possibilidade levanta debates como o isolamento social, a objetificação de parceiros sexuais e a reciprocidade. "Eu não acho que isso seja um amor mútuo, se um dos amantes não tem escolha a não ser se comportar como o outro quer. Mas quem quer um amante robô que possa dispensá-lo a qualquer momento? As pessoas podem ir a um encontro do Tinder para isso. Então, acho que haverá pessoas que ainda desejam esse tipo de relacionamento, mas não é o tipo de amor romântico mútuo que valorizamos", diz Frank.
Felipe Massa vai mesmo competir na próxima temporada da Fórmula E. O piloto brasileiro vai correr com os carros elétricos de alto desempenho da equipe Venturi.
