Brasil estreia mal e só CR7 brilha na primeira rodada

O Brasil jogou bem o primeiro tempo e mal, o segundo. Na estreia contra a Suíça, numa rodada que tratou mal todos os favoritos com exceção da França, terminou empatando em 1 a 1. Com um belo gol de Philippe Coutinho no primeiro tempo, e gol de Zuber, de cabeça, após cobrança dum córner que deixou parada a defesa brasileira. Neymar sofreu dez faltas. A última vez que um jogador foi tão perseguido numa Copa: 1998. Dois lances foram bastante polêmicos. A defesa brasileira deixou Zuber descoberto no gol — mas ele empurrou Miranda, o que o árbitro de vídeo poderia ter visto. Mas não viu. E Gabriel Jesus foi abraçado por um zagueiro aos 29 do segundo, quando ia chutar a gol. Pênalti — também não dado. Isto posto: nem Tite, nem os jogadores, puseram nas costas do juiz a responsabilidade pelo mau resultado. (Melhores momentos.)

Assista: a análise dos erros da defesa brasileira no gol que tomou.

Carlos Eduardo Mansur, O Globo: “É inegável que, diante da expectativa que a Seleção criou com sua trajetória recente, foi decepcionante o desempenho. A tarefa, no entanto, é administrar as dúvidas que o jogo suscitou mas sem sinalizar com uma revolução. Não é para tanto. Desde sempre, fala-se que era possível ajustar a seleção com Philippe Coutinho como meia. E o gol ajuda a provar que vale a pena tê-lo ali, tamanha a capacidade técnica. Mas com a ressalva de que a formação gera inconvenientes. Ontem, a Suíça sobrava fisicamente no meio-campo. Porque é natural que falte vigor, presença física. Seja para pressionar o adversário quando este passou longos períodos movendo a bola, seja para cobrir porções grandes de campo quando a Suíça pressionou, e bem, no campo do Brasil. A Seleção passou dois terços do jogo sem o contragolpe, em tese, sua especialidade. Entre outras coisas, porque faltava a retomada da bola em condições que expusessem a Suíça. O time era superado no centro do campo e a partida era jogada no campo defensivo brasileiro, longe da zona onde sobram ao time de Tite jogadores influentes.”

O grande jogo da Copa, até agora, foi Espanha e Portugal. Cristiano Ronaldo, o melhor do mundo, marcou os três para a seleção portuguesa — um de pênalti e, o terceiro, uma cobrança brilhante de falta aos 42 do segundo tempo. Do lado espanhol, brilhou o brasileiro Diego Costa, que marcou duas vezes. Nacho também deixou o seu, e a partida terminou em empate: 3 a 3.(Melhores momentos.)

Paulo Curado, Público: “Cristiano Ronaldo está na boca de todos e Sochi passou a fazer parte da história de CR7. Pela importância da partida, dimensão do oponente e pelo dramatismo cinematográfico, o madeirense assinou aqui a maior exibição ao serviço da selecção. No final do jogo, o espanto pelo que acabara de fazer o mais mediático português da história era visível entre os correspondentes internacionais. Repórteres ingleses especulavam sobre a natureza extraterrestre de Ronaldo num programa de rádio. ‘A equipa pode não ter muita posse de bola, não criar oportunidades e mesmo assim ele consegue fazê-lo!’, exclamava um dos comentadores da BBC Radio 5. ‘Ele vai mesmo tentar vencer este Mundial. Não acredito que o vá conseguir mas vai tentar. Ele é excepcional, é extraordinário.’”

Não só o Brasil amargou um empate com um adversário fraco. A seleção argentina estreou no sábado, enfrentando a Islândia, e o gosto do empate em 1 a 1 teria sido menos amargo não fosse o pênalti perdido de Lionel Messi. Foi a primeira partida da Islândia em uma Copa do Mundo — consequentemente, o primeiro gol da seleção na história do torneio. (Melhores momentos.)

Enrique Gastañaga, Clarín: “Messi, semiagachado, após isolar a bola ao céu e arrancar a faixa de capitão, suas mãos nos joelhos. Messi e seu rosto marcado por dor e impotência. Messi e a seleção novamente em xeque, e desta vez não na final, mas na estreia do Mundial. Se as dúvidas já eram muitas, agora são mais. Não houve equipe. Na defesa brotaram todas as fragilidades. Do meio-campo acima, ninguém lançou Leo. E como não foi o dia do 10, tudo terminou mal. O que mais poderia pedir a Argentina do que um pênalti a favor em seu pior momento? Nada. Ou algo: que Messi não falhasse. Mas Leo denunciou o canto e Hannes Halldorsson foi. Um golpe duro que os argentinos aqui tentaram combater incentivando o 10: ‘Olé, olé, olé, Leo, Leo.’”

Nenhum resultado foi pior, porém, do que o da campeã atual. A Alemanha perdeu para o México de 1 a 0. “O melhor gol da minha vida”, resumiu o atacante Hirving Lozano, que aos 22 anos joga no holandês PSV. Não é motivo de celebrar. Se a Alemanha terminar em segundo do grupo e, o Brasil, em primeiro, os dois se encontram logo, logo, nas oitavas. (Melhores momentos.)

E tivemos o primeiro pênalti marcado com o uso do árbitro de vídeo (VAR). Foi na disputa entre França e Austrália, aos nove minutos do segundo tempo, quando Antoine Griezmann caiu na área. O primeiro gol francês na partida que terminou 2 a 1 para Les Bleus. (Melhores momentos.)

Também teve pênalti de VAR no jogo entre Peru e Dinamarca, sábado. Aos 43 do primeiro, Christian Cueva — que atua no São Paulo — caiu na área e pediu pênalti. O juiz Bakary Gassama não deu, paralisou o jogo para consulta. Decidiu, então, por dar o pênalti. O peruano cobrou e isolou. A partida terminou em 1 a 0 para a seleção dinamarquesa. (Melhores momentos.)

Não deu para Mohamed Salah. O atacante, lesionado, teve que assistir do banco de reservas a partida entre Egito e Uruguai, na sexta-feira. E viu, no finalzinho do segundo tempo, aos 89 minutos de jogo, José Giménez marcar o gol da vitória para a seleção uruguaia. A  Federação Egípcia garantiu, no entanto, que o ídolo estará pronto para pegar a Rússia amanhã. (Melhores momentos.)

E o jogo para assistir hoje: Bélgica e Panamá, às 12h. Cabeça de chave do Grupo G, terceira no ranking da Fifa, a seleção belga estará desfalcada dos veteranos Vincent Kompany e Thomas Vermaelen. Mas é a favorita à liderança. Em 2014, o time chegou às quartas no Brasil e não perde uma partida há quase dois anos. Já o Panamá faz sua estreia em Copas.

Política

O Cade envia hoje, ao Supremo, parecer no qual afirma que o tabelamento de frete, feito pelo governo em acordo para encerrar a greve dos caminhoneiros, cria um cartel e aumenta os preços para o consumidor. O Ministério da Fazenda já havia se posicionado contra a medida. A consulta foi feita pelo ministro Luiz Fux, que tomará uma decisão a respeito da constitucionalidade da Medida Provisória. Se for derrubada, os caminhoneiros ameaçam nova greve. (Estadão)

A polícia apreendeu pendrives e anotações na cela em que Luiz Estevão e Geddel Vieira Lima dividem na Penitenciária da Papuda, em Brasília. Estevão chegou a tentar jogar um dos pendrives na privada durante a operação.

Há um balão de ensaio daqueles de enxadrista político sendo levantado. Josué Gomes da Silva, filho de José Alencar e presidente da Coteminas, seria candidato a vice de Lula. Como seu pai, um dia. Filiado ao PP, assumiria a candidatura no momento em que o TSE impugnar a do líder petista, puxando assim a chapa para o centro e somando o eleitorado lulista com o que está perdido. A newsletter fechada Drive foi a primeira a dar a história.

A direita voltou ao comando da Colômbia com a eleição, ontem, de Iván Duque, no segundo turno, com 12% de vantagem sobre Gustavo Petro. Duque elegeu-se com um discurso de críticas ao Acordo de Paz celebrado entre o governo Álvare Uribe e as FARC mas, ao longo da campanha, foi o moderando. Tendo liderado a campanha para impedir o acordo, hoje afirma que seu plano é fazer pequenas modificações.

Os Estados Unidos bateram, a China revidou. Os norte americanos anunciaram, na sexta-feira, tarifas de 25% sobre as importações da China no valor de US$ 50 bilhões. As barreiras atingem principalmente produtos que contêm tecnologia e são uma resposta ao que a Casa Branca caracteriza como ‘roubo’ de propriedade intelectual e tecnologia. A China devolveu na mesma medida. (Estadão)

Miriam Leitão: “Em apenas uma semana, Donald Trump conseguiu brigar com aliados do G-7, defender a Rússia, fazer uma cúpula-espetáculo com Kim Jong-un e iniciar uma guerra comercial com a China. Em apenas uma semana o Banco Central brasileiro vendeu US$ 24,7 bilhões para tourear o dólar que ficou indócil durante todos os dias. A economia americana crescendo, os juros do Fed subindo, a incerteza presente no Brasil e no mundo, tudo isso foi batendo na relação entre as moedas. A crise com os parceiros do G-7 pode acabar sendo contornada, apesar dos maus modos com que Trump tratou o premier do Canadá, em particular, e todos de forma geral. Aquela foto, Trump emburrado e sitiado, já nasceu histórica. Mas o que mais afeta a economia mundial é a perspectiva de guerra comercial com a China. É neste mundo que o Brasil vive a sua crise.” (Globo)

Cultura

O casal mais poderoso da música surpreendeu seus fãs novamente. Beyoncé e Jay-Z lançaram no fim de semana um novo álbum, juntos. Everything is Love tem nove faixas e por enquanto está disponível em apenas uma plataforma digital, o Tidal, do próprio rapper.

Alexis Petridis, crítico de música no Guardian: “É claramente a terceira parte de uma trilogia. Depois de Lemonade, um álbum repleto de revelações de infidelidade, e 4:44, um álbum agonizante de culpa, vem o álbum conjunto afirmando a felicidade romântica renovada de Beyoncé e Jay-Z. ‘Nós terminamos e voltamos juntos’, diz o encerramento de Lovehappy. ‘Agora estamos felizes no amor’. O lançamento corre o risco de fazer com que os dois anteriores pareçam menos exorcismos corajosos de emoções reprimidas e mais estágios de um plano premeditado para arrancar o máximo de capital da discórdia do casal.”

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É o fim do sofrimento para os fãs de Lucifer. A série, cancelada pela Fox em sua terceira temporada, foi resgatada pela Netflix.

Enquanto isso... Um spin-off de Roseanne, a série cancelada pela ABC depois de tweets racistas de sua protagonista, pode tornar-se real.

Cotidiano Digital

No início do mês, dois homens foram arrancados de seu carro, no interior da Índia, e linchados. Os aldeães acreditavam que eram ladões de crianças por conta de boatos via WhatsApp. O Quênia acusa administradores de grupos da plataforma de distribuírem notícias falsas que tiveram impacto nas eleições. Segundo o novo relatório do Oxford Institute sobre o estado da imprensa, mais e mais pessoas abandonam o Facebook como fonte de notícias. Estão migrando para o WhatsApp. O processo, segundo um pesquisador, é similar ao dos boatos típicos. A diferença é que se espalha com muito mais rapidez pelo sistema de mensagens. O problema não é só brasileiro.

Controle seu iPhone com os olhos. Veja detalhes sobre seus cartões olhando para eles através da lente do celular. E mergulhe num mundo virtual criado em cima de sua mesa, no qual você e um amigo podem disputar um game. A turma da cnet tem algumas demonstrações de realidade aumentada no mundo Apple.

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