Brasil enfrenta México nas Oitavas; Alemanha fora

A seleção brasileira precisava de um empate. Garantiu a vitória e fez 2 a 0 contra a Sérvia. Philippe Coutinho deu o passe, ainda no primeiro tempo, para que Paulinho abrisse o placar, de cobertura. O outro gol veio no segundo tempo, num escanteio cobrado por Neymar e convertido, de cabeça, pelo zagueiro Thiago Silva. Classificado para as oitavas de final na liderança do grupo E, o Brasil enfrentará o México na segunda, às 11h. (Melhores momentos.)

A dúvida para o próximo jogo é na lateral esquerda. Marcelo deixou o jogo nos primeiros minutos por conta de dores lombares. A equipe médica da seleção disse que o mau jeito pode ter sido causado pelo colchão do hotel e não garantiu a presença do atleta na próxima fase.

Vanderlei Luxemburgo: “O Brasil cresceu na competição. Isso é fundamental, importante. Porque vimos o México jogando muito contra a Alemanha (vitória de 1 a 0), fazendo uma segunda partida mais difícil e jogando muito mal na terceira – derrota de 3 a 0 da Suécia. A seleção fez o caminho inverso. Cresceu quando precisava crescer, e isso mostra que o Brasil é um time de decisões, de jogos duros. Porque era classificar ou voltar para casa. Era preciso ser consistente. E isso aconteceu. Existe muita carência no Brasil e o Neymar é nosso único craque. Então, ele é muito cobrado por isso. Tem mais. Temos a petulância de achar que o Neymar tem de ser do jeito que a gente quer. Não é isso. Ele não pertence ao nosso mundo. Ele é do mundo virtual, das redes sociais, da internet. Não é como Pelé nem como qualquer outro jogador de outros tempos. Não podemos tirá-lo do seu mundo.” (Estadão)

Nos últimos seis torneios, o México foi eliminado nas oitavas. (Folha)

Enquanto isso... O outro jogo do grupo E terminou em empate: 2 a 2 no confronto entre Suíça e Costa Rica. Os costa-riquenhos igualaram o placar num pênalti, claro, convertido nos acréscimos do segundo tempo. Ainda assim, os suíços se classificaram para a segunda fase. (Melhores momentos.)

E parecia improvável. Mas a Coreia do Sul mostrou que não era impossível. A Alemanha, atual campeã mundial, foi eliminada da Copa na fase de grupos. Parou na seleção coreana, que mesmo fora do torneio venceu o confronto por 2 a 0. Foi nos acréscimos. Como sói acontecer. O primeiro gol foi aos 47 minutos do segundo tempo, e chegou a ser anulado pelo árbitro auxiliar — quem validou foi o árbitro de vídeo. O segundo foi, ora, aos 50, e aí já não tinha mesmo chance dos alemães virarem o jogo. (Melhores momentos.)

A eliminação reforçou a ‘maldição’ dos campeões que caem na fase de grupos do torneio seguinte ao título. É real. Nas últimas seis edições do Mundial, só o Brasil, penta em 2002, escapou de ser eliminado na primeira fase depois de levantar a taça. (Globo)

Aliás... O jornal alemão Bild reeditou a capa do 7 a 1 para ilustrar o vexame alemão. Com a mesma manchete de quatro anos atrás, frisou: ‘Sem palavras’. (Globo)

E a internet, é claro, não perdoou. Com gostinho de vingança, não faltaram memes para a eliminação de nossos quase-futuro-rivais.

Luís Curro: “A derrota para a Coreia, com dois gols nos acréscimos do segundo tempo — na Copa que tem sido a dos gols nos acréscimos —, o primeiro confirmado com a ajuda do VAR — na Copa que tem sido a do árbitro de vídeo —, o segundo em um espetacular contra-ataque — em erro do ótimo goleiro Neuer, que atacava em desespero e perdeu a bola — ficará marcada como um dos maiores reveses, senão o maior, da poderosa Alemanha. Um detalhe: não vi nas imagens nenhum alemão chorar ou se desesperar, no gramado da Arena Kazan, ao término da partida. Uma frieza que impressionou.” (Folha)

Pois é. O embaixador da sisuda Coreia do Sul no México foi carregado nos braços pelos moradores da capital. Eufóricos. Fizeram o pobre beber tequila e tudo, juntando-se à festa.

Acabaram classificados no grupo F a Suécia, em primeiro lugar, e o México, em segundo. No embate entre as duas seleções deu Suécia, por 3 a 0. Mas a derrota alemã garantiu a seleção mexicana nas oitavas de final. Agora, enquanto os suecos enfrentam a Suíça nas oitavas, os mexicanos enfrentam o Brasil. (Melhores momentos.)

O jogo para assistir hoje: Inglaterra e Bélgica, às 15h. As duas favoritas já estão classificadas e decidem hoje a colocação na chave e também seus oponentes nas oitavas de final — Japão, Senegal ou Colômbia. Empatadas em pontos e saldo de gols, o desempate pode ficar por conta do menor número de cartões amarelos — aí, a Inglaterra tem vantagem.

Política

Em São Paulo, o apresentador de TV de jornalismo policial José Luiz Datena deixou a Band para candidatar-se ao Senado pelo DEM. A iniciativa ajuda na campanha do ex-prefeito João Doria, que é candidato ao governo estadual, reforçando sua chapa. (Folha)

Periga ajudar, também, a Geraldo Alckmin. Ao incorporar a reação agressiva contra a criminalidade, é um reforço, principalmente em São Paulo, contra o avanço da candidatura de Jair Bolsonaro. (Globo)

E por falar... Ontem foi dia de pancadaria por vídeo. Henrique Meirelles bateu em Ciro e, principalmente, Bolsonaro. O braço feminino do PSDB também partiu contra o ex-capitão. Cuja equipe respondeu com um filmete do Pica-Pau.

Será lançado hoje, no primeiro dia do Congresso da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, o Projeto Comprova. Reúne 24 veículos de imprensa brasileiros que vão checar notícias falsas durante as eleições. Todos farão o monitoramento do que circula na internet, e o resultado será publicado num mesmo site, que entrará no ar em 6 de agosto. Será a central de confirmação de informações para todos os brasileiros.

A empresa de refrigerantes Dolly entrou com um pedido de recuperação judicial. Depois que a justiça bloqueou as contas bancárias relacionada à empresa e ao seu dono Laerte Codonhio, ela não está conseguindo cumprir seus compromissos. Foi a única forma que restou para impedir a falência da marca. (Estadão)

Enquanto isso... A Nestlé pode ser obrigada a leiloar marcas da Garoto. Dezesseis anos depois, a empresa não conseguiu vender no prazo determinado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade, um pacote de 10 marcas, entre elas Serenata de Amor, Chokito, Lollo e Sensação. Agora, corre o risco de ter de levá-las a leilão, sem estipular um preço mínimo. (Estadão)

Um centro de análise política especializado na avaliação de imagens de satélite da Coreia do Norte informa que o governo Kim Jong-un está trabalhando duro para ampliar o Centro de Pesquisas Nucleares de Yongbyon, o único conhecido do país. Fotografias tiradas por satélites comerciais em 21 de junho mostram novos prédios sendo erguidos, entre eles um para a instalação de uma bomba de água utilizada para resfriar o reator. Os analistas da 38 North afirmam, porém, que os termos assinados pelo ditador e Donald Trump não exigem a desnuclearização imediata. Trump decidiu encerrar as manobras militares com a Coreia do Sul sem pedir nada em troca.

Aliás... Anthony Kennedy, o único ministro de centro na Suprema Corte americana, anunciou sua aposentadoria. O equilíbrio político do tribunal, hoje, é tênue. E a briga pesada vai começar.

Cultura

Estreia na próxima semana Samantha!, a nova série original brasileira da Netflix. E ela traz um dos maiores trunfos da rede em todo o mundo: a nostalgia dos anos 80. Quando o primeiro trailer foi lançado, esta semana, não faltaram comparações da protagonista com uma ex-estrela mirim brasileira da vida real, Simony. Além disso, Gretchen, Alessandra Negrini e Alice Braga — a última produz a obra — estão na série. (Estadão).

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Morreu ontem Joseph Jackson, o pai de Michael Jackson. Responsável pela criação do Jackson 5, grupo que lançou Michael e seus irmãos, ele estava internado com câncer terminal há alguns dias, em Los Angeles. Polêmico, o patriarca teve uma relação difícil com seu filho mais famoso por toda a vida — na década de 1980, chegaram à imprensa os primeiros relatos de que Joe abusara de seus filhos, principalmente de Michael. (Globo)

E foi divulgada a primeira foto de Once upon a time in Hollywood, novo filme de Tarantino que tem Brad Pitt e Leonardo DiCaprio como protagonistas.

Cotidiano Digital

No final de maio, o Facebook abriu as portas para um encontro até agora secreto que reuniu FBI e representantes de Amazon, Google, Microsoft, Snap e Twitter. O objetivo: conversar sobre como impedir a interferência de nações estrangeiras nas eleições que ocorrerão no fim do ano. Foi, de acordo com o New York Times, uma reunião tensa. Os executivos pressionaram os agentes de inteligência pedindo mais informação. Nenhuma foi dada. De sua parte, as empresas compartilharam os movimentos propositais de desinformação que têm percebido em suas plataformas. De todas as companhias, o Facebook se mostrou a mais preocupada.

Aliás... Jack Dorsey, CEO do Twitter, fechou um restaurante de ponta, em Washington, para um jantar no último dia 7. Seus convidados foram alguns dos principais líderes conservadores americanos. Ouviu críticas pesadas. A direita sente que a rede é tendenciosa para o outro lado. O Facebook é alvo das mesmas críticas. E o medo de seus executivos é de que, se esta percepção piorar, pode mover os republicanos a exigir regulação. (Washington Post)

Muitos usuários ficaram sem seus Chromecasts, ontem. O penduricalho do Google que liga a TV aos apetrechos digitais ficou totalmente fora do ar por conta de um bug ainda não detalhado. O mesmo problema afetou os aparelhos da família Google Home. Segundo a empresa, o problema será solucionado nas próximas horas através de atualizações. Se alguém tiver pressa, basta um restart.

Ronaldo Lemos: “O governo está lançando um documento de identidade digital. Essa poderia ser uma boa notícia, mas não é. Os equívocos do DNI incluem ameaças à privacidade, centralização excessiva de dados e dependência permanente do governo. Ele não assegura segurança, privacidade e autonomia a seu portador, algo que uma identidade digital verdadeira deve ser capaz de fazer. Ao ser baixado, o aplicativo pede obrigatoriamente autorização para ‘fazer chamadas e gerenciar ligações telefônicas’. A identidade digital brasileira será capaz de analisar para quem você liga e quem liga para você. Informações que hoje dependem de ordem judicial para serem obtidas. Ele será só mais um documento na pilha infindável dos que já existem no Brasil, não eliminando nem sequer seu primo rico, o e-CPF, que continuará necessário e caro.” (Folha)

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