Época acusa Damares Alves de sequestro infantil

A nova edição da revista Época, que já está publicada no app para iOS e Android, reconstrói a história de como a ministra Damares Alves levou há 15 anos, de uma aldeia no Xingu, a menina que hoje apresenta como sua filha adotiva, Lulu Kamayurá. A adoção nunca foi formalizada. Uma das pessoas ouvidas pelos repórteres Natália Portinari e Vinícius Sassine é Tanumakaru, uma senhora octogenária e cega de um olho, avó da menina e quem a criou até mais ou menos seis anos. Falando em tupi, ela contou que Lulu nasceu frágil e com inúmeros problemas de saúde. Era menininha ainda quando Márcia Suzuki, braço direito da hoje ministra, se ofereceu para leva-la a um tratamento dentário. “Chorei e Lulu estava chorando”, conta a avó. “Disse que ia mandar de volta. Cadê?” Damares conta que salvou a menina de ser sacrificada. Segundo os índios, ela foi levada na marra. A ministra e Márcia são fundadoras de uma ong chamada Atini, ligada à Igreja Metodista, e voltada para assistência da população indígena. A capa, com um close da velha senhora, é forte e traz por título ‘A branca levou a Lulu’.

Sem detalhes, parte da história de Lulu já havia sido contada pela Folha. Segundo o jornal, adotar menores que alegam estar em situação de risco é prática comum da ong e há uma investigação do MP em curso. A Funai hoje está sob comando de Damares.

Então... Em Rondônia, há uma escalada de violência contra os povos Karipuna e Uru-Eu-Wau-Wau. Suas terras foram invadidas por posseiros armados. “Agora Bolsonaro é presidente”, teria afirmado um deles. O presidente da Funai, Franklimberg de Freitas, viajou para lá. “O presidente não tem interesse em qualquer ação nesse sentido”, afirmou a Guilherme Amado. “O Estado dará uma resposta para quem está invadindo terra indígena. (Época)

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Os militares vão entrar na reforma da Previdência. A informação foi dada ontem pelo secretário da Previdência, Rogério Marinho, que afirma seguir orientação do presidente da República. “Existem no Brasil pessoas que conquistaram privilégios e têm dificuldade de abrir mão desses privilégios”, falou a um grupo de parlamentares. “O presidente quer uma reforma com justiça social. Quem tem menos, contribui menos e quem tem mais, contribui proporcionalmente mais. Nosso sistema é injusto e insustentável”, disse. O texto final chegará ao Congresso até o fim de fevereiro. (Globo)

O MDB se reúne hoje para definir quem será seu candidato à presidência do Senado na eleição que ocorre amanhã. Deverá ser Renan Calheiros, que segue negando pretensões ao cargo. Ninguém acredita.

Aliás... Renan vem dizendo que sofreu uma metamorfose, se tornou liberal, e pretende ajudar nas reformas.

Na Câmara, a vitória do atual presidente, Rodrigo Maia, é o cenário mais provável. Ele vem costurando alianças e convencendo outros candidatos a não concorrerem. (Globo)

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, de plantão no recesso do Judiciário, autorizou ontem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a deixar a prisão para se encontrar com familiares em uma unidade militar. Lula pretendia acompanhar o enterro do irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, em São Bernardo. Acabou, no entanto, desistindo da viagem. Isso porque, segundo lideranças do PT, já era tarde. O enterro estava marcado para 13h e a decisão — que valia mesmo para após o sepultamento — saiu minutos antes.

A Petrobras anunciou que assinou acordo para vender a polêmica refinaria de Pasadena para a Chevron por US$ 562 milhões. Cerca de metade do que pagou quando comprou a refinaria.

Cultura

“Efeito Ferrante”. É esse o nome que se dá ao fenômeno que vive hoje o humilde bairro de Rione Luzzatti, em Nápoles, onde grande parte dos livros da Série Napolitana (Amazon), de Elena Ferrante, é ambientada. É também onde Eduardo Castaldo, o fotógrafo de My Brilliant Friend — a série de TV da HBO baseada no primeiro romance, que foi renovada para uma segunda temporada — criou um mural em torno da entrada de uma biblioteca pública com imagens e silhuetas dos personagens do programa. Vários deles serão lançados até maio. As empresas de turismo internacional também estão de olho no fenômeno: uma delas lançou uma turnê com tema de Ferrante em Nápoles, em que os conhecidos ônibus vermelhos de dois andares passam por Rione Luzzatti e depois seguem para outras partes da cidade. Mas, no geral, além das escolas de ensino fundamental e médio, da igreja e de uma pequena praça cercada por plátanos, o bairro tem poucas atrações para os visitantes. Por enquanto.

Nick Cave, músico, compositor e roteirista: “É perfeitamente possível que uma inteligência artificial possa produzir uma música tão boa quanto Smells Like Teen Spirit (Spotify) do Nirvana, por exemplo, e que preencha todas as exigências para nos fazer sentir o que uma música como essa pretendia – nesse caso, excitação e rebeldia, digamos. Também é possível que uma IA possa produzir uma música que nos faça sentir esses mesmos sentimentos, mas mais intensamente do que qualquer compositor humano poderia. Mas, quando ouvimos Smells Like Teen Spirit, acho que não é só a música que estamos ouvindo. Para mim, o que estamos realmente ouvindo é a jornada distante e alienada de um jovem da cidadezinha americana de Aberdeen, que teve a temeridade de uivar sua dor particular num microfone e, fazendo isso, alcançou os corações de uma geração. Estamos ouvindo Nina Simone colocar toda a raiva e decepção dela nas mais bonitas músicas de amor. Estamos ouvindo Jimi Hendrix ajoelhar e colocar fogo em seu próprio instrumento. O que realmente ouvimos é a limitação humana e a audácia de transcendê-la. Inteligência artificial, com todo seu potencial ilimitado, simplesmente não tem essa capacidade. Como poderia?”

Viver

Londres pode ser a cidade mais carismática do mundo, mas os jovens a estão abandonando. Segundo dados do Centre for London, um think tank dedicado a pensar soluções urbanas locais, a cidade nunca perdeu tantos habitantes entre 25 e 34 anos, os chamados millennials — foram quase 40 mil no ano passado. O êxodo, que vem se aprofundando desde 2008, têm sido causado por pelo menos três fatores: o alto custo da moradia, a superlotação da cidade e, por fim, o Brexit — o divórcio da União Europeia fez com que menos jovens europeus decidissem tentar a vida por lá. (Folha)

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Nos últimos onze meses, desde que 17 professores e estudantes foram mortos na Marjory Stoneman Douglas High School, em Parkland, na Flórida, escolas de todo o país começaram a investir, e muito, em tecnologia de vigilância. O distrito escolar de Lockport, em Nova York, gastou US$ 1,4 milhão em um sistema de reconhecimento facial. Escolas em Michigan, Massachusetts e Los Angeles adotaram um software de inteligência artificial que verifica se existem no Facebook ou Twitter dos alunos sinais de que eles podem se tornar atiradores. No Novo México, estudantes a partir dos 6 anos estão sob vigilância acústica, graças a um programa de detecção de tiro originalmente desenvolvido por militares para rastrear atiradores inimigos. Aqueles que defendem a privacidade alertam que esse tipo de vigilância reforçada pode levar a punições excessivamente rigorosas por infrações pequenas, ou ainda, ter um efeito inibidor sobre os alunos quando eles sabem que estão sendo vigiados. Em meio ao debate, pais, alunos, professores e funcionários ainda tentam entender onde falharam.

Perder os dentes, sair por aí pelado, faltar a um compromisso importante. Por que sonhamos tanto com as mesmas coisas? Uma das hipóteses mais aceitas entre os especialistas considera os sonhos como um mecanismo adaptativo. Eles facilitam o gerenciamento de emoções pelo nosso cérebro e nos ajudam a enfrentar situações novas — e difíceis. Em suma, isso significa que, quando sonhamos, ensaiamos situações e cenários. É por isso que se você está preocupado com algo tende a sonhar com situações em que tudo dá errado — é o seu cérebro tentando antecipar suas reações. E como as sociedades ocidentais estão se tornando cada vez mais homogêneas, é comum que compartilhemos cada vez mais imagens. Pois é. Sonhar com a queda de um dente, por exemplo, projeta nossos medos ancestrais.

Em Bangcoc, na Tailândia, mais de 400 escolas estão fechadas esta semana. Isso porque a cidade vem sendo afetada há várias semanas por um episódio severo de poluição atmosférica. Os níveis de partículas finas chamadas PM2,5, consideradas as mais nocivas para a saúde, estão há um mês na faixa de 80-100 microgramas por metro cúbico em alguns pontos da capital. A Organização Mundial da Saúde recomenda um nível de exposição máximo diário de 25 microgramas. Durante vários dias, aviões lançaram produtos químicos nas nuvens para provocar chuva. A iniciativa, no entanto, não surtiu tanto efeito. Caminhões e outros dispositivos de vaporização de água também estão sendo usados. (Globo)

A Yellow, startup de bicicletas compartilhadas, e a Grin, empresa de patinetes elétricos, anunciaram uma fusão. O objetivo é ganhar ainda mais força no mercado de mobilidade urbana. A união dará origem a holding Grow Mobility, que em curto prazo pretende dobrar sua frota, ampliar ofertas e se expandir para pontos da América Latina — Brasil, México, Colômbia, Peru, Uruguai, Chile e Argentina.

Cotidiano Digital

A Apple chegou à conclusão de que o aumento no valor dos iPhones, ao menos em alguns mercados, foi para muito além do que devia. “Avaliamos as condições macroeconômicas em alguns mercados”, disse Tim Cook à Reuters, “e decidimos retornar ao que nossos preços eram há um ano com esperança de melhorar nossas vendas nessas regiões.” Cook citou apenas um país no qual a diferença de valor entre dólar e a moeda local aumentou em 2018 — a Turquia. Mas, se este for o critério, também entram na lista Brasil, Índia e Rússia. Até porque são também estes os países que indicaram, junto com a China, pior performance de vendas.

O senador democrata Mark Warner enviou a Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, uma carta levantando preocupações com o app voltado para sugar cada detalhes de como jovens usam seus smartphones. “Você acredita que os usuários compreendiam que o Facebook estava usando seus dados por motivos comerciais, inclusive o de acompanhar concorrentes?”, inquiriu entre outras. Warner quer segurar o ímpeto das empresas do Vale sobre seus usuários.

Issie Lapowsky, da Wired: “Numa época em que o Facebook está sob o microscópio por violar a privacidade de seus usuários, insistir é ousado. O app Research é o mais recente exemplo do discurso duplo da empresa. Em público, Mark Zuckerberg gastou o último ano prometendo que melhoraria a maneira de se relacionar com os usuários. Mas, em privado, as evidências se acumulam de que a empresa segue quebrando cada regra e driblando cada tentativa de se avaliar externamente seu comportamento. Mesmo conforme os cães governamentais do antitruste e privacidade se aproximam, a gigante das redes sociais, aparentemente entorpecida pela própria arrogância, continua lhes atirando carne fresca.”

O CEO da Amazon, Jeff Bezos, contratou investigadores para que descubram como vazaram suas conversas por celular com a amante que lhe custaram o casamento. Os detetives já sabem que não houve hacker em seu celular e que sua namorada tampouco vazou os diálogos. A principal suspeita, agora, é de que tenha sido um ato com motivação política. Bezos é dono do Washington Post, jornal que o presidente Donald Trump ataca com particular verve. Trump pertence àquela nova leva de políticos que trata a imprensa como inimiga pessoal.

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