Reforma da Previdência vai a plenário

A Comissão Especial ficou em sessão de pouco antes das 10h até quase 2h10, já na madrugada desta sexta-feira. Agora, só falta o plenário — o texto da reforma da Previdência está de pé. Homens se aposentam com um mínimo de 65, mulheres, 62. Professores têm tratamento especial — 60 e 57 anos. O tempo de contribuição mínima é de 20 anos para homens e 15 para mulheres, no setor privado, ou 25 anos para ambos, no público. Vale para quem ainda não entrou no mercado de trabalho; para os outros há regras de transição. O texto base foi aprovado com 48 votos a 18. A oposição perdeu em todos os destaques que propôs. Já os ruralistas, ganharam no seu. Os R$ 83 bilhões que seriam poupados em dez anos pelo fim da contribuição previdenciária na exportação agrícola caíram. Perderam também os policiais, em nome de quem o presidente tentou interceder, e que no entanto desceram os corredores da Câmara gritando ‘Bolsonaro traidor’. (Poder 360)

Veja: como votaram os parlamentares. (G1)

Veja mais: Quais as regras de transição. (G1)

Via Twitter, o presidente da Casa, Rodrigo Maia, avisou que já coloca em pauta a reforma na próxima semana. O plenário precisa votar duas vezes e serão necessários 308 votos dos 513 deputados em ambas.

Maia não tem pressa à toa. Ele avalia que os lobbies de servidores ganharão força com o passar do tempo. Segundo o Painel, o PSL ainda tentará apresentar em plenário uma emenda para retirar as polícias da reforma. O ministro da Economia Paulo Guedes não se envolveu pessoalmente, mas mandou recado por interlocutores. Como Maia, prefere que a reforma não seja mudada. Um grupo de deputados governistas afirmou que o trabalho do ministro contra a emenda é ‘egoísta’. (Folha)

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A edição da revista Veja que chega às bancas reais e virtuais nas próximas horas se junta a Folha e Intercept Brasil na publicação dos diálogos apelidados Vaza Jato. Na capa, o título principal é ‘Justiça com as próprias mãos’, com na chamada de apoio — “Diálogos inéditos mostram que Sérgio Moro cometeu irregularidades, desequilibrando a balança em favor da acusação nos processos da Lava Jato”. (UOL)

Aliás... Ninguém espera que dos vazamentos sairá algum áudio de Moro. Diferentemente de Deltan Dellagnol e dos outros procuradores, ele era mais reservado. (Veja)

Pois é... A OAB vai oficiar o Coaf para que o conselho confirme ou não se é verdade que recebeu pedido da Polícia Federal para investigar as movimentações financeiras do jornalista Glenn Greenwald, conta Sonia Racy. Publicada pelo Antagonista, ninguém mais da imprensa conseguiu confirmar. (Estadão)

Então... Em sua tradicional live de quinta-feira à noite, o presidente Jair Bolsonaro ignorou o tema previdência. Mas defendeu o trabalho infantil. Lembrou que, aos 10, quebrava milho na fazenda em que seu pai trabalhava. “E não me fez mal nenhum, era trabalho pesado.” Para o presidente, não se reclama de crianças com crack, mas se questiona quando trabalham. “Mas fiquem tranquilos”, continuou. “Não vou apresentar nenhum projeto sobre isso porque eu seria massacrado.” (BR18)

Na edição de sábado cá deste Meio, voltamos os olhos para a eleição presidencial americana. O foco será histórico: o Partido Democrata, o mais antigo do país, se transformou muito entre o século 19 e hoje, migrando da direita para a esquerda. E se encontra, agora, perante três caminhos. Neste momento em que seus filiados estão para escolher o candidato à presidência, têm candidatos que representam três escolhas. Duas remetem ao passado — há candidatos que representam os Democratas dos anos 1960-70 e 90-2000. Assim como há um olhar novo sobre política surgindo. Ainda é tempo de recebe-la e, a assinatura, sai por menos do que um chope.

A revista MAD acabou. Longa vida a memória de Alfred E. Neuman

Tony de Marco

 
RIP-MAD

Cultura

A revista Mad, lançada em quadrinhos no ano de 1952 e tornada revista três anos depois, fechará suas portas. A partir de outubro, a edição americana só publicará material antigo e não estará mais nas bancas, limitada a assinantes e lojas especializadas. Ao menos por enquanto, artistas ainda trabalharão numa edição especial todo final de ano. Por 67 anos, Mad satirizou a política e os costumes americanos de forma escancarada. Algumas de suas sessões, como Spy vs Spy e a contracapa, com uma arte que, dobrada, se transformava noutra imagem, se tornaram icônicas. Influenciou todas as gerações de comediantes desde então, ao emplacar irreverência, capacidade de rir de si mesmo com toques de acidez. Mas a revista, assim como sua mascote — o desdentado sardento Alfred E. Neuman — não resistiram à transformação digital.

Galeria: as capas da Mad, desde 1952.

Vídeo: Al Jaffe, o velho cartunista que por décadas marcou a revista, conta como criou as imagens que mudam após dobradas. Em outro vídeo, Jaffe apresenta suas dobráveis favoritas.

Em São Paulo, de hoje a domingo, o Vanguart canta Bob Dylan no Sesc Santana. E a Sala São Paulo comemora 20 anos com uma programação especial. Hoje e amanhã, Marin Alsop rege duas orquestras (a Osesp e a Osusp), cinco coros e oito solistas na 8ª de Mahler, a Sinfonia dos Mil. O festival Áudio Insurgência ocupa hoje o FFFront com shows do duo National e de Negro Leo, entre outros, enquanto o festival Dogma segue até amanhã no Sesc Pompeia com shows de Mariá Portugal, Ben LaMar Gay, Tantão e os Fita, entre outros. Amanhã, André Mehmari e Antonio Loureiro homenageiam Egberto Gismonti na Casa de Francisca. No domingo, o sound system britânico Channel One comemora 40 anos de dub em festa no Bunker Experience.

No Rio de Janeiro, o quinteto de cordas austríaco Wiener Kammersymphonie apresenta hoje obras de compatriotas e alemães em concerto na Sala Cecília Meireles. No sábado, a cantora Teresa Cristina canta Cartola no Theatro Net.Rio, enquanto Tom Lee-Richards, cantor neozelandês radicado em Portugal, se apresenta na Audio Rebel. O IMS exibe amanhã uma cópia restaurada de A Palavra, clássico de Carl Theodor Dreyer lançado em 1955. Em seguida, haverá um debate. Escrito durante a crise da Aids nos anos 90, Angels in America, clássico de Tony Kushner, entra em cartaz hoje no Teatro Riachuelo. Villa-Lobos e Ravel estão no programa do concerto que a OSB apresenta amanhã no Municipal, sob a regência de Roberto Tibiriçá. No domingo, o tenor italiano Vittorio Grigolo canta árias célebres acompanhado da orquestra do teatro e do maestro Ira Levin.

Nos cinemas, destaque para três estreias. Em Homem-Aranha: Longe de Casa (trailer), Peter Parker (Tom Holland) está em uma viagem de duas semanas pela Europa, ao lado de seus amigos de colégio, quando é surpreendido pela visita de Nick Fury (Samuel L. Jackson). Precisando de ajuda para enfrentar monstros nomeados como Elementais, Fury o convoca para lutar ao lado de Mysterio (Jake Gyllenhaal), um novo herói que afirma ter vindo de uma Terra paralela. Segundo a crítica, um bom respiro para a Marvel se recuperar de tantos lançamentos bombásticos. A comédia romântica francesa Um Homem Fiel (trailer) também entra em cartaz. Na trama, nove anos depois de deixá-lo pelo seu melhor amigo, a agora viúva Marianne (Laetitia Casta) volta para o jornalista Abel (Louis Garrel). Porém, o que parece um belo recomeço logo se mostra bem mais complicado. Completa a lista, A Árvore dos Frutos Selvagens (trailer) do premiado turco Nuri Bilge Ceylan. Além de tocar em assuntos complexos, como dilemas morais, política, filosofia e religião, a obra é uma coprodução entre vários países. Turquia, França, Alemanha, Bulgária, Bósnia, Katar e Suécia se juntaram para fazer um roteiro que fala, principalmente, sobre a vida na Turquia. Confira outras estreias.

A terceira temporada de Stranger Things estreou ontem e há razões de sobra para ler Raízes do mal, primeiro livro do universo expandido da série. A obra oficial volta no tempo para explicar como os destinos de Terry, Brenner, Eleven e Eight se cruzaram pela primeira vez e explora o passado de dois dos personagens mais enigmáticos da produção: Terry Ives, a mãe de Eleven, e o dr. Martin Brenner, o homem que separou as duas.

Viver

Descoberta brasileira revela ferramentas de 2,48 milhões de anos na Jordânia e pode transformar toda a história sobre como e quando a humanidade deu início ao fluxo de migração que acabou povoando o planeta. Guiada por fósseis, a convicção era de que essa caminhada se deu há cerca de 1,9 milhão de anos pelo nosso ancestral Homo erectus, ao longo de um corredor conhecido como Levante, no Oriente Médio. O estudo que será publicado amanhã, no periódico Quaternary Science Review, revela que a humanidade saiu 500 mil anos antes da África.

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O papa Francisco publicou um vídeo no qual pede orações para que os juízes ajam com integridade e isenção. Apesar das discussões nas redes sociais, o tema da mensagem já estava previsto havia mais de um ano. A Rede Mundial de Oração do Papa, que busca disseminar a palavra do pontífice, estabelece um assunto a cada mês para as orações de Francisco, e os temas de 2019 estavam definidos desde janeiro de 2018. Veja algumas reações no Twitter.

Alegre, disposto e bem tratado pela família. Aos 104 anos, é assim que vive o aposentado Vitório Calefi, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. O segredo de quem "teima em viver", como ele mesmo diz, é muita paciência. O Uol VivaBem entrevistou três pessoas com mais de 90 anos que têm autonomia, boa memória e estão dando uma rasteira no relógio biológico. No Brasil, os médicos consideram longeva uma pessoa que passa dos 80 anos. Isso porque elas vivem mais do que a expectativa média do brasileiro, que atualmente é de 72 anos e cinco meses para os homens e 79 anos e quatro meses para as mulheres.

Copa do Mundo: os Estados Unidos encaram a Holanda na final que acontece próximo domingo, às 12h, em Lyon.

E por falar em futebol, uma foto de Megan Rapinoe, protagonista da seleção dos EUA, está entre as imagens que marcaram a semana no mundo.

Cotidiano Digital

Vai começar no final de julho o primeiro Campeonato Brasileiro de Counter Strike. Oito equipes disputarão três temporadas por ano e os prêmios e bônus somam R$ 800 mil. O vencedor ganhará uma vaga na StarSeries, um dos principais torneios do mundo. Organizados pelo Grupo Globo, os games serão transmitidos ao vivo pelos canais SporTV.

Lançado em 2004, Counter Strike é um videogame no qual duas equipes brigam pela vitória. Uma é um grupo de terroristas que planeja uma ação, a outra antiterroristas tentando evitar que completem sua missão. Assista a um trecho de partida.

David Lieb, o engenheiro responsável pelo Google Photos, abriu ontem um diálogo com usuários do serviço no Twitter. É, provavelmente, o melhor sistema de becape e organização automática de fotografias que há, não importa se no iPhone ou em celulares Android. Lieb perguntou que recursos as pessoas buscam. E anunciou algumas novidades por chegar. A de maior impacto será a possibilidade de taguear manualmente o rosto de pessoas. Hoje, o software reconhece automaticamente cada um. Mas, quando o software não reconhece porque a face estava num ângulo diferente ou o cabelo mudou, é impossível indicar que aquela moça é a mesma pessoa de outras fotos. Também passará a ser possível editar, no Android, as datas de fotografias. (O recurso já existe na web e no iOS.)

O número chave é 30 mil. Quem for seguido por mais de 30 mil pessoas nas redes, no Reino Unido, passará a ser considerado uma celebridade. A nomenclatura tem razão de ser. A regulação de publicidade na terra de sua Majestade, a rainha Elizabeth, é rígida. É proibida, por exemplo, a propaganda de medicamentos. Contas que passem deste número de seguidores terão de seguir as mesmas regras de todo mundo para veicular anúncios.

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