Anvisa suspende AstraZeneca para gestantes

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu uma nota técnica recomendando que a vacina AstraZeneca não seja aplicada em gestantes. A bula da vacina, lembra a agência, não inclui esse grupo entre o público. Segundo o Painel, o Ministério da Saúde investiga a morte de uma grávida que havia tomado o imunizante no Rio de Janeiro. O ministério já estuda suspender a vacinação de gestantes sem comorbidades. (Folha)

A falta de insumos vindos da China deve atrasar o fornecimento da CoronaVac, importada e produzida pelo Instituto Butantan, em junho, segundo o presidente da instituição, Dimas Covas. O último lote de vacinas disponíveis, totalizando 2,1 milhões de doses, será entregue até sexta-feira. Depois, apenas com a chegada de mais material da China. (Poder360)

A situação do Butantan é preocupante porque, até o momento, a CoronaVac responde por 74% das imunizações no país. (Veja)

Segundo especialistas, o país precisa com urgência ampliar a capacidade dos laboratórios públicos e negociar com mais fornecedores para diminuir a dependência de poucas fontes para a compra de vacinas e insumos. Sem isso, alertam, será impossível acelerar a vacinação. (Folha)

Enquanto isso... O ministro do STF Ricardo Lewandowski deu 48 horas para a Anvisa explicar quais os dados estão faltando para a nova análise da vacina russa Sputnik V. O Maranhão, representando os estados do Nordeste, pediu que a diretoria da agência se reúna em uma semana para analisar os novos documentos apresentados. (CNN Brasil)

Nos EUA, a vacina da Pfizer foi liberada para aplicação em adolescentes entre 12 e 15 anos. (G1)

Nesta segunda-feira o Brasil registrou 1.018 mortes por Covid-19 com a média móvel de 2.087 completando uma semana de estabilidade. No total, 423.436 pessoas morreram no país desde o início da pandemia. (UOL)

Ao longo de um mês, porém a média móvel diária de mortes em sete dias registrou queda de 31%, de 3.025 em dez de abril para 2.087 ontem. Para especialistas, isso já seria resultado do crescimento de 55% do total de pessoas vacinadas no mesmo período, embora o percentual de brasileiros vacinados, 16,9%, ainda seja considerado baixo. (Globo)

A situação brasileira exemplifica a avaliação da OMS sobre a situação da doença no mundo. Segundo a organização, os números de mortes e casos estão num platô “inaceitavelmente alto”. A organização informou ainda que a variante B.1.617, identificada na Índia, já é considerada caso de preocupação global. (G1)

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Entre os 27 civis mortos pela ação policial no morro do Jacarezinho na quinta-feira passada, somente quatro eram de fato citados na investigação que justificou a ação. A informação consta de um documento sigiloso da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil. Segundo o relatório, e contrariando o que tinham dito as autoridades, dois mortos não tinham qualquer passagem pela polícia. E apenas 12 dos 27 tinham anotações relacionadas ao tráfico. Veja as perguntas ainda sem resposta sobre as mortes. (Globo)

Painel: “Comandado por Damares Alves, o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos tirou do ar uma nota em que lamentava as mortes na operação no Jacarezinho. Após a publicação da nota, a ministra passou a ser pressionada nas redes sociais por apoiadores radicais de Jair Bolsonaro, que têm insistido em narrativa de que as vítimas da operação eram todos criminosos, com exceção do policial.” (Folha)

Meio em vídeo. Bolsonaro conseguiu, ele transformou o Brasil. Nem chacina nos comove mais. Antigamente, quando a polícia invadia um bairro pobre e matava às dezenas, ficávamos em choque. O assunto assumia as rédeas da nação e Jair Bolsonaro era só aquele deputado bizarro que defendia sozinho a barbárie policial. Não mais. Mas a barbárie traz consequências a todos, às vezes onde a gente nem imagina. Confira o Ponto de Partida no YouTube.

Deu muito errado um ataque de garimpeiros a indígenas na comunidade de Palimiú, no território Yanomami em Roraima. Segundo líderes locais, três garimpeiros morreram e quatro ficaram feridos. Os agressores chegaram em canoas e abriram fogo contra os índios, que revidaram com tiros e flechadas. Pelo lado dos yanomamis, um homem foi ferido de raspão na cabeça. Fontes da Polícia Federal confirmaram as informações. (Globo)

TRANSFORMANDO NEGÓCIOS

Transformando Negócios

Colocar o consumidor no centro do modelo de negócios é apontado por 63% dos CEOs como um dos três principais investimentos, segundo pesquisa da PWC. O caminho para adoção de estratégias centradas no consumidor não é simples. Antes de tudo, é necessário entender de fato se a companhia pensa primeiro no cliente, e não no produto ou serviço oferecido. Depois, entender a diferença entre as estratégias. Quando o consumidor está no centro, ele mesmo define suas novas preferências e muda seu comportamento. Do outro modo, ele passa por etapas de consumo que estão no contexto de um produto que a empresa deseja, e não que os clientes desejam.

Não é que as estratégias de marketing e vendas não devam tentar influenciar o consumidor durante sua jornada. Mas essa influência pode ser mais eficaz quando as experiências estão centradas no cliente e projetadas não como um caminho para a compra, e sim como um caminho para o propósito. Os clientes existentes são 50% mais propensos a experimentar novos produtos de uma marca que conhecem e confiam.

Além disso, quanto mais centrado no cliente você for, mais tempo levará para os concorrentes descobrirem o seu jogo e oferecerem propostas de valor cada vez mais tentadoras. O caminho para o ajuste de estratégias é longo e nem toda transformação é bem-sucedida de imediato. A mudança deve começar pelo segmentos de clientes maiores ou mais valiosos.

Política

Para liberar verbas do chamado “orçamento secreto” de R$ 3 bilhões no Ministério do Desenvolvimento Regional, o governo criou uma “taxa de fidelidade” para medir o alinhamento de parlamentares com o Planalto. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por exemplo, é classificado como “A”, a cotação mais alta. O subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma investigação sobre o “orçamento paralelo” e seu uso por parlamentares. PSB, PSOL e Novo também entraram com representações no TCU. (Globo)

Além da compra superfaturada de tratores e outros equipamentos agrícolas, o dinheiro do “orçamento secreto” bancou uma obra de pavimentação investigada pelo TCU e que beneficia aliados do governo. A oposição quer uma CPI do Tratoraço, mas ela esbarra no fato de o esquema supostamente envolver nomes poderosos na Câmara e no Senado. (Estadão)

Coluna do Estadão: “O ‘tratoraço’ e o inchaço da Codevasf ajudam a explicar o ocaso de Rodrigo Maia na presidência da Câmara, as traições nas eleições da Casa e a ‘diáspora’ no DEM. Simultaneamente ao lançamento da candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP), apoiado por Maia, Elmar Nascimento (BA) começou a viajar com Arthur Lira (PP-AL). Aos companheiros do DEM, ele explicou que ‘tinha a Codevasf’ e a perderia se permanecesse com Baleia. Elmar, ligado ao ex-prefeito e presidente do DEM, ACM Neto, foi um elemento fundamental na traição imposta a Maia, que está deixando o partido junto com um grupo.” (Estadão)

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Marcado para quarta-feira, o depoimento do ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten aguça a expectativa dos integrantes da CPI da Pandemia. Para o vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), deve ser a fala mais impactante da semana. Em entrevista, Wajngarten atribuiu à “incompetência e ineficiência” do Ministério da Saúde sob o general Eduardo Pazuello a crise da Covid-19 no país. (Veja)

Um dos flancos em que a CPI quer investir é a ação do ex-chanceler Ernesto Araújo usando o Itamaraty para obter cloroquina no exterior após a OMS ter descartado o medicamento como ineficaz. O depoimento de Araújo foi adiado para o dia 18. (Folha)

Quem presta depoimento hoje é o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres. Ele pretende levar malas de documentos e dar aos senadores “respostas ultratécnicas”. Torres deve ser inquirido sobre a suposta iniciativa de mudar a bula da cloroquina para incluir Covid entre as indicações, denunciada pelo ex-ministro Henrique Mandetta. (CNN Brasil)

A CPI já se faz sentir nas redes sociais. Desde que a comissão foi anunciada, em abril, 385 vídeos de 34 canais bolsonaristas saíram do ar. A maioria defendia o “tratamento precoce” contra a Covid-19. (Congresso em Foco)

O procurador-geral da República, Augusto Aras, enviou ofício ontem ao STF informando que não vai abrir investigação contra Jair Bolsonaro por conta dos depósitos feitos por Fabrício Queiroz nas contas da primeira-dama. Entre 2011 e 2016, o ex-assessor depositou R$ 72 mil em 21 cheques na conta de Michelle Bolsonaro. Aras, porém, avaliou que não há indícios de crime cometido pelo presidente e que as relações entre Queiroz e o hoje senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) já estão sendo investigadas na Justiça do Rio. (UOL)

O distanciamento social foi zero, mas o cardápio... Para comemorar o Dia das Mães, Bolsonaro fez um churrasco para amigos servindo bifes de uma picanha de gado da raça wagyu, de origem japonesa, cotada, segundo a coluna Cozinha Bruta, a módicos R$ 1.799,99 o quilo, R$ 699,99 a mais que um salário mínimo. (Folha)

Cultura

Muito pouco, muito tarde. Essa parece ser a opinião de Hollywood sobre os esforços dos organizadores do Globo de Ouro para aumentar a diversidade do júri e a transparência na escolha dos premiados. A NBC, emissora de TV que transmite a festa de entrega desde 1993, anunciou que não vai continuar o contrato. Da mesma forma, Netflix, Amazon Prime Video e WarnerMedia cortaram relações com o evento. Seus filmes e séries podem continuar concorrendo, mas as produtoras não farão mais qualquer atividade conjunta com o Globo de Ouro. (UOL)

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) julga hoje uma ação por uso indevido de imagem e danos morais e materiais do Botafogo contra a Porta dos Fundos. Segundo Sonia Racy, o clube carioca se sentiu depreciado com o vídeo Patrocínio (Youtube), no qual seus jogadores aparecem com as camisas abarrotadas de anúncios, incluindo raspadinhas. O Botafogo, que pede indenização de R$ 1 milhão, já perdeu em duas instâncias, mas vai tentar a repescagem no STJ. (Estadão)

Ao contrário do Brasil, onde a escravidão (e a Abolição) abrangia o país inteiro, no EUA cada estado tinha sua legislação. Ativistas tentavam levar para os estados abolicionistas do Norte os escravos que fugiam das fazendas do Sul escravocrata, num processo que ficou conhecido como Underground Railroad (Ferrovia Subterrânea). Esse é o título da série que estreia esta semana na Amazon Prime, dirigida por Barry Jenkins, diretor de Moonlight: Sob a Luz do Luar. Para contar o drama da fugitiva Cora, Jenkins não suavizou as imagens. Toda a violência física, sexual e moral da escravidão está exposta em cada episódio. (Folha)

Cotidiano Digital

Os responsáveis pelo ataque cibernético que interrompeu o maior oleoduto dos Estados Unidos se manifestaram. O grupo de hackers DarkSide afirmou que fez o ataque e disse que quer dinheiro, mas não o caos. Eles desconectaram a rede da Colonial Pipeline e roubaram mais 100GB de informações da empresa. O FBI confirmou o grupo como autor do ataque. (BBC Brasil)

A Colonial Pipeline é a dona do oleoduto responsável por 45% do abastecimento de diesel, gasolina e querosene de aviação da costa leste dos EUA. Pelos dutos podem passar até 3,4 milhões de barris de combustível por dia, sendo 900 mil somente para Nova York. O mapa dá a dimensão da extensão territorial. (Bloomberg)

Quarenta procuradores dos Estados Unidos pedem a Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, que abandone os planos de criar uma versão do Instagram para menores de 13 anos. Formado por democratas e republicados, eles argumentam que o novo aplicativo pode prejudicar a saúde mental de crianças e comprometer a privacidade delas. (Folha)

A empresa disse que prioriza segurança e privacidade, que irá consultar especialistas para desenvolver a versão e que não aceitará propagandas nela. O Facebook argumenta que muitas crianças com menos 13 anos já usam o Instagram depois de mentir a idade no cadastro. (Olhar Digital)

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