Wajngarten mente à CPI e é ameaçado de prisão

Mentiras, gravações, ameaças de prisão e até xingamentos para desviar a atenção. Houve de tudo na sessão da CPI da Pandemia que ouviu Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto. Bem longe do tom incisivo de sua entrevista a Veja, Wajngarten foi evasivo e procurou o tempo todo poupar Jair Bolsonaro. Ele negou ingerência do presidente e de seus filhos sobre a comunicação e que tenha havido campanhas negacionistas – apenas para ver as peças expostas pelos senadores. Diante das contradições do ex-chefe da Secom, o relator Renan Calheiros (MDB-AM) disse que ia pedir a gravações da entrevista, o que fez Veja divulgar o áudio, confirmando que Wajngarten atribuíra a demora na compra de vacinas à “incompetência no Ministério da Saúde”, à época comandado pelo general Eduardo Pazuello. Renan chegou a pedir que o depoente fosse preso por mentir à comissão, o que foi negado pelo presidente Omar Aziz (PSD-AM). (UOL)

Confira a campanha contra o isolamento que Wajngarten negou existir. (Congresso em Foco)

Wajngarten confirmou, porém, que uma carta da Pfizer oferecendo vacinas ao Brasil foi enviada a diversas autoridades do Executivo em setembro do ano passado e ficou pelo menos dois meses sem resposta. Ele contou ainda que se reuniu três vezes com representantes do laboratório para tratar da compra de vacinas. (G1)

Entenda o motivo para a vacina da Pfizer ter demorado tanto a chegar ao Brasil. (Globo)

No fim da sessão, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que não integra a comissão, pediu a palavra e xingou Renan de “vagabundo”. O relator respondeu que vagabundo era Flávio, “que roubou dinheiro de pessoal do seu gabinete”. Quando o filho Zero Um partiu para os palavrões, Aziz encerrou a sessão. Mais tarde, o próprio Jair Bolsonaro alimentou a polêmica. “Com mais de 10 inquéritos no STF, Renan tem moral para querer prender alguém?”, indagou no Twitter. (Poder360)

Veja a troca de ofensas entre Flávio e Renan. (G1)

E já está na mesa do advogado-geral da União, André Mendonça, o pedido de habeas corpus a ser apresentado ao STF requerendo que o general Eduardo deponha no dia 19 como investigado, com direito de ficar em silêncio ou mesmo mentir sem o risco de ser preso. (Globo)

Míriam Leitão: “O que houve foi o seguinte. Numa briga interna do governo, Wajngarten desentendeu-se com o marqueteiro do general Pazuello, conhecido como Markinhos Show. Pazuello, ao sair, insinuou que houve gente querendo ‘pixulé’ na compra de vacinas. Wajngarten então deu a entrevista à Veja atacando o Ministério da Saúde. Chamado à CPI, foi com a missão de blindar o presidente e sem compromisso de dizer a verdade, apesar da obrigação legal de fazê-lo. O que seria um dia a favor do governo acabou virando contra pelo volume das falsidades. Por isso o senador Flávio Bolsonaro desembarcou na comissão. Para criar conflito. Foi quando chamou Renan de ‘vagabundo’. O depoimento foi enviado ao Ministério Público.” (Globo)

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Se as eleições presidenciais fossem hoje, o ex-presidente Lula (PT) venceria o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por 55% a 32% dos votos totais. É o que aponta a pesquisa divulgada ontem pelo Datafolha. Segundo o levantamento, Lula e Bolsonaro chegariam na frente no primeiro turno, com 41% e 23% respectivamente. Mais distantes aparecem Sérgio Moro (sem partido), com 7%, Ciro Gomes (PDT), com 6%, Luciano Huck (sem partido), com 4%, João Doria (PSDB), com 3%, e Henrique Mandetta (DEM) e João Amoêdo (Novo), ambos com 2%. (Folha)

O DataFolha mostra ainda que a aprovação a Bolsonaro caiu de 30% para 24%, a menor de seu governo, enquanto a rejeição subiu um ponto, chegando a 45%. Mulheres, jovens, negros e nordestinos são os que mais reprovam o presidente. (Folha)

Também liberada ontem, a pesquisa eleitoral do PoderData confirma a vantagem de Lula sobre Bolsonaro num segundo turno, porém com outros números, 50% a 35%. Nesse levantamento, Luciano Huck também venceria o presidente (46% a 38%). Bolsonaro ficaria em vantagem, mas dentro da margem de erro, contra Moro (38% a 37%), Ciro (41% a 38%) e Mandetta (40% a 37%) e venceria João Doria (42% a 32%). (Poder360)

Ainda… Nova pesquisa Atlas, em São Paulo, mostra que Guilherme Boulos (PSOL) teria 26,3% das intenções de voto para governador contra 17,9% de Paulo Skaf (MDB) e 13,3% de João Doria (PSDB). Num outro cenário, sem Boulos mas com Fernando Haddad (PT), o petista teria 25,3% das intenções, Skaf, 13,5% e 12,2% para Doria. (El País)

O ministro do STF Edson Fachin marcou para o dia 21 o julgamento no Plenário da homologação da delação premiada do ex-governador do Rio Sérgio Cabral. É com base nela que a Polícia Federal quer investigar o também ministro Dias Toffoli por venda de sentenças. A Procuradoria-Geral da República contesta a competência da PF para homologar delações. Geralmente alvo de investigações, parlamentares cobraram do STF que o caso seja apurado. A avaliação de analistas é que, mesmo que não seja autorizado, o pedido para investigar Toffoli já enfraquece o Supremo. (Folha)

Toffoli mudou seu voto em um julgamento do TSE, em 2015, em um dos processos citados por Cabral, revela o Painel. Em abril, ele acompanhou a relatora Maria Thereza de Assis Moura para manter por 4 a 3 a cassação do prefeito de Volta Redonda, Francisco Neto. Em maio, julgando um embargo de declaração – no qual, em tese, não se analisa o mérito –, Toffoli mudou seu voto e manteve o mandato de Neto. (Folha)

A Câmara aprovou ontem, por 337 votos a 110, o projeto de resolução que altera o regimento interno e acaba com a maioria das ferramentas da oposição para obstruir sessões e projetos. (Folha)

Embratel

Tech no próximo nível

As oportunidades de inovação no agronegócio são muitas: de sensores inteligentes a Blockchain, o uso dessas tecnologias pode tornar o setor líder no avanço do PIB brasileiro. Um dos problemas é a conectividade. Eduardo Polidoro, diretor de IoT da Claro/Embratel, falou que a empresa investe para suprir essa necessidade. Uma das iniciativas nesse sentido foi a instalação de conectividade Cat-M em todos os sites 4G (antenas) da operadora disponíveis no Brasil.

Depois do 4G, o próximo passo é o 5G. Foi instalada nesta quarta-feira a primeira antena rural destinada à quinta geração de internet (5G). A tecnologia funcionará, ainda em caráter experimental, na fazenda modelo do Instituto Mato-Grossense de Algodão (IMAmt), em Rondonópolis (MT).

Veja seis inovações que estão mudando a cara do agronegócio no Brasil.

Meio em vídeo. Como trazer mais produtividade e eficiência para o seu negócio sem sobrecarregar os seus colaboradores com atividades mecânicas e repetitivas? Robotic Process Automation (RPA) - automação de processos robóticos, na tradução em português -, pode ser a resposta para todas essas questões. O Meio Digital desta semana explica como a automação pode ser integrada nos mais diversos segmentos e os resultados que ela pode gerar. Confira no YouTube.

Viver

O Instituto Butantan não tem mais uma data prevista para o recebimento de insumos da China e pode interromper a produção da CoronaVac. A informação foi do próprio presidente da instituição, Dimas Covas. Segundo ele, há 10 mil litros do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) parados no país asiático, suficientes para produzir 18 milhões de doses, aguardando liberação. (UOL)

Radar: “O novo lote de insumos da vacina está travado em território chinês, segundo (o governador João) Doria, por causa dos ataques de Bolsonaro aos chineses. ‘O governo federal deve um pedido de desculpas ao governo chinês pelo desrespeito ao país que está ajudando o Brasil a vencer a pandemia e salvar vidas’, diz ele.” (Veja)

Aliás... O Butantan entregou ontem o último lote de um milhão de doses da CoronaVac, completando o primeiro contrato, de 46 milhões de unidades, com o Ministério da Saúde. (Poder360)

No Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes lançou ontem um cronograma para vacinar todos os maiores de 18 anos até outubro. Segundo ele, isso será possível graças ao fornecimento regular e em maior volume da vacina da AstraZeneca. Já a segunda dose da CoronaVac continua suspensa por falta de doses. (Globo)

Pelo segundo dia consecutivo a média móvel de mortes em uma semana ficou abaixo de 2 mil. Com 2.545 óbitos registrados ontem, a média foi de 1.944, 23% abaixo do registrado há duas semanas, o que indica tendência de queda. Ao todo, 428.256 morreram de Covid-19 no Brasil desde o início da pandemia. (G1)

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Submetidas a um intenso corte de verbas que fez seu orçamento retroceder 17 anos, as universidades federais correm o risco de entrarem em colapso. A UFRJ anunciou nesta quarta-feira já ter em vista uma paralização parcial, com fechamento de prédios e interrupção de serviços à comunidade, como atendimento a pacientes com Covid-19. A Unifesp também trabalha com a possibilidade para a partir de julho. (Globo)

Para desespero de conservadores, a Igreja Evangélica Luterana dos EUA elegeu seu primeiro bispo transgênero não binário. Meghan Rohrer, de 41, que não se identifica como mulher nem como homem, vai comandar o sínodo de Sierra Pacific, que abrange o norte dos estados da Califórnia e de Nevada. Após a eleição, Rohrer, que já atuou como capelão no Departamento de Polícia de San Francisco, afirmou que os luteranos “declararam mais uma vez que pessoas transgênero são belas filhas de Deus”. (G1)

Panelinha no Meio. Bebidas alcoólicas são ótimas para cozinhar, até mesmo para botar nas receitas. É o caso do escalope de filé mignon ao molho de uísque. Fatias finas de mignon fritas rapidamente, uísque para deglaçar a frigideira e amolecer as cebolas, e creme de leite para finalizar. Lembre-se, você pode usar a quantidade de uísque que quiser, mas na receita são só duas colheres de sopa.

Cultura

A OAB Nacional entrou ontem com uma ação civil pública contra a União pelo que qualifica de um desmonte na Lei Rouanet, principal ferramenta de fomento à Cultura no país. Entre outras ações, a OAB cita a falta de indicados para a comissão da sociedade civil que analista projetos a serem beneficiados. Sem a comissão, a escolha dos projetos recai sobre André Porciúncula, ex-PM nomeado por Jair Bolsonaro chefe do gabinete federal de fomento às artes. (Folha)

Órfão desde que a NBC cancelou o contrato para exibição de sua festa de premiação, o Globo de Ouro pode deixar de existir. O júri de 86 votantes, membros da Associação de Correspondentes Estrangeiros de Hollywood, foi acusado de receber “favores” em troca de votos e exposto em sua falta de diversidade. Tom Cruise devolveu seus três prêmios e três estúdios (Netflix, Amazon e Warner) romperam seus laços com a organização. Já há um movimento para exibir outra premiação no início de janeiro, tirando do Globo de Ouro o status de “prévia do Oscar”. (Estadão)

Morreu na noite de terça-feira, devido à Covid-19, o cantor e compositor carioca Arlindo Paixão, o Mongol, aos 64 anos. O artista teve sua longa carreira associada diretamente à de Oswaldo Montenegro, que venceu o festival MPB80 com Agonia (YouTube), composta por Mongol. Além dessas e outras canções gravadas por ou compostas com Oswaldo, Mongol participou ele próprio de festivais, lançou dois discos e integrou bandas de reggae como Rotnitxe e Akundun. (G1)

Cotidiano Digital

Nesta semana, procuradores dos Estados Unidos mandaram uma carta a Mark Zuckerberg, criador do Facebook, para que ele desista dos planos de lançar uma versão infantil do Instagram. Neste artigo, a advogada Maria Inês Dolci argumenta que os estados devem rever leis e políticas relevantes para crianças no ambiente digital. (Folha)

Histórias de encontros virtuais que terminaram em corações partidos são recorrentes na internet e mundo afora. O problema piora quando a desilusão vem acompanhada de um golpe de US$ 150 mil, como no caso da britânica Rachel Elwell. (BBC Brasil)

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