Temporais provocam tragédia em SP

Chuvas pesadas caem em São Paulo desde o sábado e, até a noite de domingo, 23 pessoas haviam morrido — dentre elas, sete crianças. De acordo com as contas do governo estadual, outros 500 estavam desalojados. Há deslizamentos e alagamentos em todo o estado. O governador João Doria, que sobrevoou as regiões mais atingidas, anunciou a liberação de R$ 15 milhões para as cidades atingidas. (g1)

Foi ainda cedo no domingo, por volta das 6h, que ocorreu a maior tragédia. Um desmoronamento de terra derrubou as paredes de uma casa em Várzea Paulista, invadindo o quarto onde dormiam um casal e seus três filhos. Ricardo Eugênio dos Santos, de 40 anos, sua mulher Tatiane Aparecida dos Santos e os três filhos, Nicole de 10, Richard de 12 e Tayane, de apenas 1 ano, morreram soterrados pela lama. (G1)

A previsão é de que a chuva continue intensa nesta segunda e também amanhã, terça-feira. A alta precipitação foi causada por uma frente fria vinda do Sul, que rompeu a bolha de calor que havia se estabelecido no Sudeste. O resultado foi o estabelecimento de um grande rio atmosférico formado da região Amazônica até o litoral Sudeste que estacionou. Em seus piores momentos, este fenômeno que é típico do período entre novembro e março pode durar até dez dias seguidos. Não é a expectativa desta vez. (MetSul)

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A pandemia da variante Ômicron tem se mostrado inclemente para quem chega à internação sem o esquema vacinal completo. No Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, no Rio de Janeiro, mais de 90% dos casos graves são pacientes assim — é lá a maior UTI de covid 19 do Brasil, neste momento. (Globo)

A Hugo Boss, tradicional marca alemã de ternos bem cortados para os mais ambiciosos jovens executivos, está com um problema: é a chegada da era pós-escritório e uma geração Z que não criou o hábito da gravata. Pois a logo foi redesenhada e a nova publicidade tem rappers americanos, estrelas do K-pop e influenciadores do TikTok. Ainda haverá ternos, agora de materiais reciclados que incluem garrafas PET, mas estão chegando também moletons com capus, casacos no estilo do beisebol, até mesmo bermudas. No mercado, especula-se que o trabalho de rebranding ocorre porque a Hugo Boss está em busca de ser comprada. O CEO Daniel Grieder nega. “Estamos é querendo comprar.” O desafio não é novo. A companhia começou fabricando uniformes nazistas e precisou também se reinventar, algumas tantas décadas atrás. (New York Times)

O espanhol Rafael Nadal venceu o russo Daniil Medvedev, de virada, na final do Australian Open por 3 sets a 2. É seu vigésimo primeiro Grand Slam, um recorde. Seus principais adversários, Roger Federer e Novak Djokovic têm vinte cada. Nenhum dos dois jogou o torneio da Austrália, este ano. No caso de Djokovic por recusa da vacina. (CNN)

Então… Relembre os 21 títulos de Nadal. (GloboEsporte)

O britânico Mason Greenwood, jogador do Manchester United, foi preso ontem acusado de estupro e agressão. Aos 20 anos, estrela em ascensão, foi de presto afastado pelo clube. A polícia deteve Greenwood após a vítima fazer a denúncia em vídeo pelos stories do Instagram. (ESPN)

Os Los Angeles Rams bateram o rival San Francisco 49ers no clássico californiano que definiu o título da Confederação Nacional de Footbal (NFC) por 20 a 17. Também ontem, os Cincinnati Bengals se sagraram campeões da Confederação Americana de Football (AFC) por 27 a 24 contra os Kansas City Chiefs. Os dois campeões disputarão o título nacional, o Super Bowl LVI, no dia 13 de fevereiro. (ESPN)

Política

O presidente Jair Bolsonaro descumpriu a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, e não se apresentou sexta-feira para depoimento na Polícia Federal. A Advocacia-Geral da União garante que o presidente da República tinha o direito de não cumprir a ordem e pediu a Moraes que levasse a decisão ao plenário do STF. O ministro negou o pedido. Há um impasse criado. (G1)

Então… Se dependesse do ministro Augusto Heleno, conta Guilherme Amado, Bolsonaro deveria ter “explodido” o STF. O depoimento seria no âmbito do inquérito que investiga o presidente por ter vazado, em agosto de 2021, um documento supostamente sigiloso, sobre a investigação da PF que apura um ataque hacker ao TSE. (Metrópoles)

O ex-juiz Sergio Moro tornou público seu salário na consultoria Alvarez & Marsal — US$ 45 mil por mês, além de um bônus no ato da contratação de US$ 150 mil. A prática é comum no mercado de altos executivos. Ao todo, segundo a consultoria, o ex-ministro da Justiça recebeu brutos US$ 656 mil por doze meses de trabalho. É o equivalente aproximado a R$ 3,5 milhões. Deste total, 65% foi recebido no Brasil e, o restante, nos EUA. (Folha)

Pois é… O governador paulista João Doria (PSDB) defendeu em live que o grupo de candidatos que ele classificou como ‘centro democrático liberal-social’ lance um só candidato à sucessão de Jair Bolsonaro. Doria listou como parte do conjunto o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) e os senadores Rodrigo Pacheco (PSD-MG), Simone Tebet (MDB-MS) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE). O tucano acredita que este afunilamento deverá ocorrer entre junho e julho. Ao menos por enquanto, dentre estes, é Moro quem está na frente das pesquisas. (Poder 360)

Apontado como ‘o mais bolsonarista’ entre os comandantes das Forças Armadas, o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, chefe da FAB, rejeita o rótulo, que atribui a sua atuação em redes sociais. Em entrevista, ele criticou a divisão da sociedade, “muito polarizada e radical”, mas disse que a política não entrará nos quartéis e que a Aeronáutica prestará continência a Lula ou qualquer outro que seja eleito. “Nós somos poder do Estado brasileiro. Prestaremos continência a qualquer comandante supremo das Forças Armadas, sempre.” (Folha)

O Partido Socialista ganhou de forma contundente as eleições legislativas portuguesas. Com a apuração concluída no país — faltavam apenas os parcos no exterior —, o PS conquistou 41,68% dos votos, o equivalente a 117 deputados, um além do necessário para a maioria absoluta do Parlamento. Se desejar, no sistema semipresidencialista luso, pode governar sem a necessidade de alianças. O premiê António Costa será reconduzido ao comando político do país. O Partido Social Democrata alcançou 27,8% dos votos e o Chega!, de extrema-direita, dobrou sua votação anterior e é a terceira força do país, com 7,15%. O quarto colocado, com 4,98% dos votos, é o também jovem Iniciativa Liberal, que saltou de uma para oito cadeiras. (RTP)

“António Costa, eu vou atrás de ti agora”, afirmou em seu discurso o jovem Bolsonaro português, André Ventura. “A direita não soube estar à altura das suas responsabilidades”, ele ainda se queixou. O Partido Social Democrata, lá, é de centro-direita, e durante a campanha se recusou a fazer qualquer tipo de concessão aos radicais de seu flanco. “Passaram o tempo a dizer que com o Chega não, e o resultado está à vista: Com o Chega sim.” (Expresso)

Enquanto Jair Bolsonaro fala de visitar a Rússia, o premiê britânico Boris Johnson, também com problemas internos de imagem, faz planos de aparecer na Ucrânia. O Senado americano, de sua parte, planeja aprovar a ‘mãe de todas as sanções’ contra Moscou. Tanto republicanos quanto democratas aprovam a ideia de trabalhar para “devastar a economia russa”, nas palavras do senador Bob Menendez, que preside o comitê de relações internacionais. As medidas se dariam em caso de invasão pela Rússia do país vizinho. A Ucrânia, aliás, que vinha se portando de maneira incrivelmente fria, mudou o tom no domingo. “Se as autoridades russas estiverem falando a verdade quando manifestam não desejar guerra”, afirmou o chanceler ucraniano, “deveriam retirar suas tropas de nossas fronteiras.” (Guardian)

Cultura

A esta altura, já são duas estrelas importantes fora do Spotify por conta da decisão, pela plataforma, de pagar alto pela exclusividade de Joe Rogan. Astro dos podcasts americanos, Rogan faz intensa campanha contra vacinas. Em protesto, Neil Young e Joni Mitchell deixaram o principal serviço de streaming do mundo. O boicote não pegou ritmo, ao menos não ainda, mas o serviço de streaming tenta reverter o dano à imagem. O CEO Daniel Ek anunciou que todo episódio de podcast que citar a covid 19 será acompanhado por uma recomendação de que os ouvintes busquem o banco de informação sobre a doença da plataforma. (Pitchfork)

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom, foi ao Twitter elogiar Young. “Obrigado por se erguer contra a desinformação a respeito das vacinas para covid”, ele escreveu. “As plataformas têm um papel a cumprir para encerrar a pandemia e a infodemia.” Adhanom vem argumentando que tão grave quando a da doença é a pandemia de desinformação. (Twitter)

Diante das reações, Rogan pediu desculpas e disse que vai buscar “mais equilíbrio” em seu podcast. (Engadget)

Aliás... O Spotify não ajuda quem deseja deixar o serviço. Mas, caso alguém queira mudar de serviço de música, é possível exportar as playlists pessoais para qualquer outro serviço.

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Faz já quarenta anos: 1982 marcou a história da música brasileira. Foi quando a MPB ficou pop. “O Brasil entendeu que o caminho do sucesso era fazer um som funkeado, com balanço, que tivesse metais e outros elementos do que se fazia lá fora”, conta o pesquisador Ivisson Cardoso. Foi o ano em que Djavan pôs nas ruas Samurai (YouTube), Caetano Veloso apareceu com Queixa (YouTube), Alceu Valença apresentou Morena Tropicana (YouTube) e Rita Lee emplacou Flagra (YouTube) e Cor-de-rosa choque (YouTube). Parte daquela explosão criativa, que não ocorre todos os anos, tem a ver com a gravadora alemã Ariola e a inspiração do produto Marco Mazzola, que buscou artistas conhecidos da música brasileira que ainda estavam por explodir. Pepeu Gomes apareceu como um David Bowie local, Elba Ramalho ganhou seus primeiros grandes palcos e até no infantil, com o LP Balão Mágico, houve espaço de inovação. “Os artistas da MPB saíram um pouco dessa coisa de que samba é samba e rock é rock, e passaram a ter um som mais internacional”, conta Ivisson. Foi a explosão do pop. (Globo)

No Wyoming, a procuradoria estadual quer processar bibliotecas públicas que adquirem livros relacionados a sexualidade. No Oklahoma circula um projeto de lei para proibir as bibliotecas escolares de manter com fácil acesso o mesmo tipo de livro, principalmente os que tratam de identidade de gênero ou sexual. Um condado de Tennessee pediu a retirada de Maus, a graphic novel premiada a respeito do Holocausto. Nos EUA, está acontecendo por toda parte, principalmente nas regiões com maior simpatia pelo Partido Republicano. “É estarrecedor”, comentou a presidente do PEN Clube Suzanne Nossel, “que esteja de volta à moda uma onda de banimento de livros.” O livro mais atacado pelos conservadores é The 1619 Project, um best seller que marca o início da escravatura no país. (New York Times)

Cotidiano Digital

Com mais de 2 bilhões de usuários, o WhatsApp é um dos aplicativos de mensagens mais populares do mundo. Por aqui, é também o mais usado entre os brasileiros. Mas nos Estados Unidos, menos de 20% dos usuários de smartphones utilizam o app. Uma das razões é que o SMS ainda é uma das principais ferramentas para troca de mensagens entre os norte-americanos. Outro fator é que, como 50% dos consumidores de telefonia móvel do país têm iPhone, o aplicativo iMessage, sistema da Apple, é o aplicativo mais usado. Por isso, a Meta iniciou uma campanha massiva de marketing para conquistar os EUA pela privacidade. Além de propagandas televisivas, anúncios divulgando a criptografia do WhatsApp em breve começarão a aparecer em outdoors em todo o país e online. O objetivo é fazer com que mais pessoas mudem para o WhatsApp, destacando a segurança do aplicativo em relação a outros métodos de mensagens de texto. (The Verge)

Falando em Meta, o Facebook vai encerrar seu projeto Diem, que tinha como objetivo criar uma criptomoeda própria. Anunciada em 2019 ainda sob o nome Libra, a moeda digital enfrentou desde o começo a oposição de especialistas, governos estrangeiros, membros do Congresso e órgãos reguladores dos Estados Unidos. Com o fracasso do Diem, a Meta venderá os ativos e a propriedade intelectual do projeto para o banco californiano Silvergate Capital, por cerca de US$ 200 milhões (The Washington Post)

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