UE vê invasão da Ucrânia pela Rússia como iminente

Chega amanhã a Moscou o novo chanceler alemão, Olaf Scholz. É uma última tentativa, por parte da União Europeia, de evitar uma invasão russa à Ucrânia, considerada próxima por quase todos os vizinhos. O governo americano já recomendou a seus cidadãos que deixem o território ucraniano e a companhia aérea holandesa KLM cancelou todos os voos para o país. Ontem, uma leva de helicópteros militares de ataque, usados para carregar grandes levas de tropas, chegaram à região de fronteira onde pelo menos 130 mil soldados russos já estão distribuídos. Ao mesmo tempo, exercícios navais começaram no Mar Negro, ampliando a região de cerco russo. (Guardian)

A preocupação da KLM tem motivo: é trauma. Dos 298 passageiros e tripulantes do Boeing malaio derrubado por russos quando sobrevoava a Ucrânia, em 2014, 198 eram holandeses. (CNBC)

Até o governo ucraniano, que vinha argumentando que não existe ameaça real, mudou de postura. O presidente Volodymyr Zelensky tentou convencer ontem, durante uma ligação telefônica, seu par americano Joe Biden a visitar a capital Kiev e ajudar a diminuir a pressão. “Precisamos impedir que o pânico se espalhe”, ele argumentou. Aliados de Zelensky vêm dizendo que, neófito na política, ele não tem escolha que não seja tentar projetar calma. (New York Times)

Dorrit Harazim: “Eis-nos de volta a algo que parecia inimaginável num ontem ainda recente: um embate capaz de resvalar, por acidente de percurso, num confronto direto entre forças das duas maiores potências militares. A partir do maciço paredão bélico russo exibido na região, ficou evidente que um conflito armado na Ucrânia em tudo se assemelharia a uma guerra convencional, com seu corolário de horror também convencional. Não parece sobrar mais espaço para operações cirúrgicas pontuais nem ameaças de represálias financeiras. Embora as mentes humanas sejam o único instrumento do universo capaz de refletir sobre o sentido da vida, cá estamos novamente no umbral de uma guerra.” (Globo)

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Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral. “Nenhum ator relevante no processo eleitoral pode atuar no país sem que esteja sujeito à legislação e a determinações da Justiça brasileira. Isso vale para qualquer plataforma. O Brasil não é casa da sogra para ter aplicativos que façam apologia ao nazismo, ao terrorismo, que vendam armas ou que sejam sede de ataques à democracia que a nossa geração lutou tanto para construir. Como já se fez em outras partes do mundo, penso que uma plataforma, qualquer que seja, que não queira se submeter às leis brasileiras, deva ser simplesmente suspensa. Na minha casa, entra quem eu quero e quem cumpre as minhas regras.” (Globo)

Então… O Telegram vem ignorando as tentativas de contato da Justiça brasileira. Mas, na Alemanha, a pressão começou a funcionar. O Telegram retirou do ar, na sexta-feira, 64 contas responsáveis por grupos políticos agitados. Tanto o Ministério do Interior a BKA, equivalente à Polícia Federal, vêm ameaçando retirar do ar o app, no país. Os grupos cancelados em definitivo eram responsáveis por desinformação sobre a pandemia e organizavam protestos, entre eles alguns que terminaram em violência. “O Telegram não pode mais ser um acelerador do extremismo de direita e do conspiracionismo”, afirmou em entrevista a ministra Nancy Faeser. “Ameaças de morte e mensagens de ódio devem ser apagadas e seus autores precisam sofrer as consequências legais.” (DW)

O cerco começou após um grupo radical anti-quarentena ter se manifestado em frente à casa de Petra Köpping, secretária de Saúde do estado da Saxônia. Os homens — eram quase todos homens — carregavam tochas à moda nazista. A investigação detectou que o endereço pessoal da secretária foi divulgado em um dos grupos de Telegram agora cancelados. O novo governo alemão acredita que a crescente violência política de extremistas que compram teorias conspiratórias relacionadas à Covid vem toda se organizando no app russo. (Wired)

Bolsonaro voltou a fazer ameaças. Na entrada do Palácio do Alvorada, sexta última, sugeriu a apoiadores que o Brasil não é democrático. “Qual é a diferença de uma ditadura feita pelas armas, como a gente vê, por exemplo, em Cuba, Venezuela e outros países, e uma ditadura que vem pelas canetas? Nenhuma.” Arrematou insinuando que algo está para acontecer. “Nos próximos dias, vai acontecer algo que vai nos salvar no Brasil.” (UOL)

O ex-presidente Lula (PT) abriu o flanco, no Twitter. O petista, por conta da larga vantagem nas pesquisas, tem evitado reconhecer a existência de adversários com exceção do presidente Jair Bolsonaro (PL). Mas sua equipe de redes achou por bem abrir o domingo com uma piada. “Tem gente que cobra autocrítica”, fizeram publicar na conta de Lula. “Tenho autocrítica, quero sempre melhorar. Mas se eu me criticar, o que quem se opõem a mim vai falar? Eles querem que eu fale bem de mim e que eu fale mal de mim também?” (Twitter)

Pois é… O ex-juiz Sérgio Moro, que tem tido dificuldades para conquistar o eleitorado antipetista, aproveitou. Por ser ignorado por Lula, Moro não vinha tendo este tipo de oportunidade. “Autocrítica de quem roubou é pedir desculpas, devolver o que foi roubado e pagar na justiça pelos crimes cometidos. O resto é papo furado de quem quer enganar os brasileiros novamente.” (Twitter)

Viver

A subnotificação da vacinação infantil impede que saibamos o real progresso da imunização desse público. Um levantamento com base em dados do Ministério Saúde indica que 287 cidades ainda não começaram a aplicar doses em crianças de 5 a 11 anos. Porém, dos 21 estados nessa situação, 13 dizem já ter começado. O fato das informações não baterem se deve à falta de infraestrutura para acessar à internet, explica pesquisador da Fiocruz. (Folha)

Aliás... O Brasil registrou no domingo 325 mortes por covid-19, e a média móvel de óbitos ficou em 880, quase cinco vezes maior do que a registrada às vésperas do ataque hacker que tirou o sistema de registros do ar. Por outro lado, a média móvel caiu pela segunda vez seguida. E foram 58.056 novos infectados, a maior parte deles causadas pela variante ômicron. Segundo infectologistas, ela tende a infectar áreas superiores do aparelho respiratório, como a garganta. Com isso, sintomas como a perda de paladar e olfato, que eram mais comuns no começo da pandemia, tornam-se mais raros. (g1)

Boa notícia: O Brasil tem chances de controlar a pandemia no 1º semestre. Pesquisadores da Fiocruz dizem haver uma ‘janela de oportunidade’ nos próximos 40 dias porque a maioria da população estará com a imunidade fortalecida contra a covid-19 devido à vacinação ou por ter pego a ômicron anteriormente. (Metrópoles)

Na Itália, o médico Pasquale Bacco diz que se arrepende de ter liderado atos antivacina. Segundo ele, a mudança aconteceu ao saber que um fã dele havia morrido por covid-19. Bacco ainda diz haver um sistema com objetivos políticos por trás da campanha antivacina. “Sinto que a morte foi minha culpa. E a coisa ainda me incomoda hoje. Não era uma crença para mim. Quando vi a realidade com meus próprios olhos, percebi que estava errado.” (Poder360)

Um casal de afegãos da etnia hazar, uma das mais perseguidas pelo talibã, reencontrou no Brasil, após seis meses separados, dois dos cinco filhos. Vieram os mais velhos, pois os mais novos não conseguiriam fugir e atravessar a fronteira. Enquanto luta para trazer os outros, a família vai viver em um cortiço ao lado do restaurante que mantém em São Paulo. (g1)

Não foi dessa vez... Num jogo difícil desde o início e que chegou à prorrogação, o Palmeiras perdeu para o Chelsea por 2 a 1 e não levou o título de campeão mundial. Confira os melhores momentos. Oficialmente, o clube paulistano segue sem título do mundo. (Globo Esporte)

Robson Morelli: “A Fifa brinca com o Palmeiras sobre a conquista da Taça Rio de 1951. E isso tem de acabar. Ela precisa respeitar a história do time brasileiro e oficializar em todos os seus canais, mas sobretudo para a direção do clube, CBF e Conmebol sua decisão dos apelos do passado do Palmeiras de reivindicar a conquista do torneio como Mundial de Clubes. No passado, Joseph Blatter, então presidente da Fifa, disse que o torneio de 1951 tinha peso de Mundial na época e assim seria ratificado como tal. Depois, na troca de bastão e de comando, Gianni Infantino mudou o entendimento e disse ‘não’ ao reconhecimento. Ocorre que dias antes de o Palmeiras entrar em campo contra o Chelsea, o site oficial da Fifa resgatou a polêmica ao questionar o atacante Rony da possibilidade de o seu time igualar o rival Corinthians em conquistas de Mundiais. O Corinthians tem duas taças da competição. Ora, o site oficial da Fifa, que chancela sua marca e história, não pode brincar com isso. Não pode, sobretudo diante de clubes brasileiros. Porque esse questionamento sobre a Copa Rio de 1951 merece muito mais do que uma simples resposta, ou mesmo brincadeirinhas sobre um assunto que envolve a paixão de milhões de torcedores.” (Estadão)

Os Los Angeles Rams venceram os Cincinatty Bengals, ontem, por 23 a 20 no Super Bowl LIII. A partida, com um touch down nos dois minutos finais, foi difícil e disputada em cada minuto do jogo. É o segundo título dos Rams em sua história. (Los Angeles Times)

Cultura

E por falar em futebol americano... O Super Bowl é o ponto final da temporada mas também palco para shows e lançamento de trailers. Um deles é do Doutor Estranho no Multiverso da Loucura (YouTube), segundo filme do herói interpretado por Benedict Cumberbatch. Outra aguardada produção cujo trailer estreou é Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder (YouTube). A série conta a história da segunda era da Terra Média, quando os anéis foram forjados e Sauron, o vilão do filme Senhor Anéis ascendeu. A série estará disponível a partir de 2 de setembro no Prime Video, o streaming da Amazon. Confira os outros trailers revelados no Super Bowl. (Omelete)

Os shows, por sua vez, foram de estrelas do rap. Dr. Dre, Snoop Dogg, Eminem, Mary J. Blige e Kendrick Lamar estiveram juntos em apresentação que ainda teve participação surpresa de 50 Cent. (g1)

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Onde estão as obras que foram expostas há cem anos na Semana de Arte Moderna? A maioria pode ser vista em museus e casas artísticas, mas uma parte sumiu do mapa. A filha do escultor Victor Brecheret fala que, das 13 peças expostas, oito sumiram logo após o evento, cujo centenário se celebra nesta semana. Já das 11 obras feitas pelo pintor Di Cavacalti, apenas uma, “Amigos (Boêmios)”, tem paradeiro conhecido. (g1)

A Semana de 22 abriu caminho para o modernismo no Brasil. José Miguel Wisnik argumenta que o evento ainda diz muito sobre a grandeza e a barbárie do país. (Folha)

Cotidiano Digital

O Brasil exportou US$ 53 milhões em games e faturou US$ 2,28 bilhões com o mercado de jogos eletrônicos em 2021, segundo o relatório Brazil Games, da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e da Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (Abragames). A iniciativa Brazil Games visa capacitar empresas para exportar produtos de forma segura e inserir empresários no cenário internacional de produção de jogos. Com 140 empresas, o projeto também tem como foco incluir as produtoras no metaverso. Hoje, produtos e serviços de games do Brasil estão presentes em 95% dos países no mundo. (Agência Brasil)

O Google decidiu encerrar o Currents, uma versão corporativa do Google+, outra plataforma já extinta, em 2019. O principal motivo para a desativação é a baixa adesão ao serviço. Segundo o Google, o Currents será desativado definitivamente em 2023. A aposta da gigante de tecnologia será o Spaces, um bate-papo com compartilhamento de arquivos com foco no mercado corporativo. O Spaces promete integrar todos os serviços do Google Workspace (Gmail, Agenda, Drive e Meet). (Olhar Digital)

Com o crescimento do metaverso, muitas empresas estão priorizando o mundo virtual na hora de apresentar produtos e serviços aos clientes. Na semana passada, a Samsung realizou o evento de lançamento dos novos smartphones Galaxy. Mas nem tudo saiu como planejado. Os problemas técnicos irritaram alguns usuários e os fizeram desistir de participar. (CNBC)

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