Justiceiros de Copacabana
Com o aumento de violência em Copacabana, um dos bairros mais emblemáticos do Rio, surgiram os grupos de justiceiros, moradores da região que se organizam como milícias. Apoiar ação de justiceiros é a mesma coisa que acreditar que uma intervenção federal vai resolver o problema, com um agravante, o que esses grupos pregam não é só ineficaz, é crime. É combater barbárie com barbárie.
Lula diz que desenho do acordo Mercosul-UE ainda é ‘insuficiente’
A falta de avanço nas negociações sobre o acordo entre Mercosul e União Europeia (UE) foi lamentada nesta quinta-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele afirmou que ainda não está satisfeito com o formato atual do tratado de livre comércio e classificou o desenho da parceria como “insuficiente”. “O texto que temos agora é mais equilibrado do que estava no governo anterior. Mesmo assim, é insuficiente. As resistências da Europa são muito grandes. Falta flexibilidade deles para entender que temos coisa para desenvolver, precisamos nos industrializar”, disse. Lula também disse que os compromissos acertados no governo de Jair Bolsonaro eram inaceitáveis. “Herdamos uma versão desse acordo do governo passado, que era inaceitável, que nos tratava como se fôssemos seres inferiores (...) Eram inaceitáveis as palavras daquela carta adicional (do acordo com a UE). Depois, mudaram, mas não mudaram nada da questão industrial.” O presidente afirmou ainda que já se conhecia “um pouco da posição da Argentina”, em referência à transição política no país vizinho, e a posição da França contra o acordo é “pública”. (Globo)
Deputados querem tirar dinheiro dos ministérios para financiar campanha eleitoral

Câmara deseja “fundão” de R$ 4,9 bilhões, o dobro do último pleito municipal. Presidente da Guiana cobra do Brasil liderança na crise com a Venezuela. Pesquisa mostra a presença alarmante de agrotóxicos nos alimentos de origem vegetal no Brasil. Google lança o Gemini, seu novo modelo de IA. E confira as estreias de hoje nos cinemas.
Câmara quer dobrar o fundo eleitoral para Eleições Municipais de 2024
Na Câmara dos Deputados, recinto de muitos pré-candidatos às Prefeituras de suas cidades no ano que vem, uma parte dos parlamentares discute há algum tempo o aumento da verba disponível a quem desejar se candidatar nas Eleições Municipais de 2024. Para a próxima festa da democracia, parte da Câmara quer algo próximo a 4,9 bilhões de reais, o dobro do que foi disponibilizado nas eleições de 2020. Enquanto isso, uma maioria no Senado e alguns deputados de estados menores querem manter os 2,5 bilhões gastos no último pleito do tipo, com pequenas correções em face da inflação. O Congresso também avalia como irrigar o fundo eleitoral com dinheiro público. Uma proposta é reduzir a verba de alguns ministérios na votação do Orçamento de 2024, transferindo o dinheiro para o fundão.
A guerra pode engolir o Brasil
A questão é a seguinte. Essa província de Essequibo, que o governo Nicolas Maduro quer anexar, como o exército venezuelano poderia chegar lá? Um caminho é pelo mar. Pelo Oceano Atlântico, a frota sai ali perto de Trinidade Tobago e invade por cima. O problema é que é um pedação de terra. Pouco habitado, mas um pedaço enorme, 160 mil quilômetros quadrados. É tipo anexar o estado do Rio de Janeiro, o Paraná e levar Sergipe de troco. E a maior parte das pessoas não mora no norte. A marinha venezuelana chega lá e faz o quê? Bombardeia árvores? A fronteira territorial da Venezuela com a Guiana é ou de mata fechada ou terras muito, muito altas. Tipo o monte Roraima, na tríplice fronteira. Quase três mil metros de altura. Aquilo é tudo uma cadeia de montanhas altas. Os tanques não vão. Marchando os soldados vão ralar muito. Então, bem, tem a possibilidade de ir de avião. Os venezuelanos enchem seus MIGs de gasolina, vão lá e, sei lá. Fazem o quê? Bombardeiam Marakanata, população 170 habitantes? Uma cidade maior, de repente. Lethem, por exemplo. Tem até aeroporto. Quase dois mil habitantes. Em todo esse pedação de terra vivem 128 mil habitantes. É menos do que moram em Copacabana.
“Crise Venezuela-Guiana pode provocar instalação de bases militares na Amazônia”, diz Celso Amorim
O ex-chanceler e atual assessor especial da Presidência, Celso Amorim, é o convidado desta semana no Conversas com o Meio. Em meio a uma crise na América do Sul, com as intenções da Venezuela sobre Essequibo, região hoje parte da Guiana, Amorim afirma que o real perigo na discussão é a instalação de pontos avançados dos EUA no coração da Amazônia. Em entrevista a Pedro Doria, Amorim ainda faz revelações sobre as tratativas do presidente Lula no Catar para a libertação do refém brasileiro sob custódia do Hamas, em Gaza. Além disso, eles conversam sobre as relações entre o Mercosul e a União Europeia com a proximidade da posse de Javier Milei na Argentina.
Lula e o judiciarismo de coalizão
A cada vez que se indica ou se pretende indicar um ministro do Supremo Tribunal Federal, repete-se o monótono ritual da opinião pública de avaliar se os eventuais candidatos preenchem o critério de notório saber estabelecido desde a Constituição de 1891. Sim, embora as duas constituições tenham quase um século de distância, o requisito foi repetido sempre nos mesmos termos. Há um século era mais fácil verificar sua presença ou ausência. O Brasil tinha 14 milhões de habitantes. Os bacharéis em direito saíam de apenas duas faculdades, a de São Paulo e do Recife. Todo mundo se conhecia. O positivismo jurídico da época supunha uma distinção mais clara entre direito e política como exercício de atividades diferentes, aquele vinculado à lei, este discricionário. Mas eram as mesmas pessoas que exerciam o direito e o poder. Quase todos os políticos eram bacharéis.
Lula sai em busca de votos para Dino no Senado

Planalto avalia que indicação do ministro da Justiça ao STF será aprovada, mas presidente não quer correr o risco de uma votação muito apertada. Netanyahu descarta força internacional para desmilitarizar a Faixa de Gaza. Exame internacional expõe mau desempenho dos estudantes brasileiros. E o poeta Fabrício Corsaletti ganha o Prêmio Jabuti 2023 de livro do ano com Engenheiro Fantasma.
Maduro avança na proposta de anexar Essequibo e quer estado para a área
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, propôs ontem à Assembleia Nacional do país a criação de leis para estabelecer uma província venezuelana em Essequibo, área que hoje é da Guiana. Também ordenou que a estatal petroleira PDVSA conceda licenças para a exploração de petróleo e gás na região.
‘Deixem a Guiana e a Venezuela resolverem este assunto’, diz Maduro aos EUA
Os venezuelanos aprovaram no último domingo (3) em referendo a proposta do governo para criar um novo estado em Essequibo, região atualmente controlada pela Guiana que os dois países disputam. O resultado tensionou a disputa territorial entre os dois países. Há temores de risco de um conflito armado local e o Brasil já reforçou a presença de militares no norte de Roraima, região que faz fronteira com Venezuela e Guiana. No #MesaDoMeio desta terça (5), Pedro Doria, Mariliz Pereira Jorge e Christian Lynch discutem sobre o resultado do referendo e o papel do Brasil nesta disputa. Além disso, o trio analisa o colapso na mina da Braskem em Maceió e suas implicações políticas e a cúpula do Mercosul, que ocorre no Rio de Janeiro.