Moraes manda governador de SC depor após fala sobre Valdemar e Bolsonaro
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta sexta-feira que o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), preste depoimento à Polícia Federal para explicar uma declaração envolvendo o presidente de seu partido, Valdemar Costa Neto, e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista a uma rádio, Mello disse que os dois “conversam muito”, mas o contato entre eles – investigados sobre planos para um golpe de Estado em 2022 – está proibido por determinação do próprio Moraes. A direção do PL e a defesa de Bolsonaro negaram que haja conversas entre eles após a proibição pelo ministro. (UOL)
Justiça da Bolívia decreta a prisão de Evo Morales
A Justiça boliviana decretou nesta sexta-feira a prisão de Evo Morales após o ex-presidente faltar a uma audiência em um processo sobre o suposto abuso sexual cometido por ele contra uma menor em 2016. O escândalo veio a público no ano passado, após uma promotora afirmar ter sido destituída ao pedir a prisão de Morales em uma investigação sobre tráfico de pessoas envolvendo a menor. Segundo informações vazadas no pedido de prisão, o ex-presidente abusou sexual de uma adolescente de 16 anos, que acabou engravidando e tendo uma filha. Em uma postagem do X, Morales alegou ser vítima de perseguição política. “Não me causa estranhamento, nem preocupação. Todos os governos neoliberais, incluído o atual, ameaçaram-me, perseguiram-me, prenderam-me, tentaram me matar. Não tenho medo! Não vão me calar!”, escreveu. (g1)
Para 67%, governo pretendia taxar o Pix, aponta Quaest
Se faltava alguma prova de que o governo perdeu a batalha da comunicação no imbróglio envolvendo a fiscalização do Pix, não falta mais. Pesquisa Quaest divulgada nesta sexta-feira mostra que 67% dos brasileiros acreditam que a Receita Federal cobraria um imposto sobre esse tipo de operação financeira, embora tal cobrança não fizesse parte da instrução normativa baixada em dezembro e anulada esta semana, após a repercussão negativa e uma avalanche de notícias falsas. Pela regra, a Receita estenderia ao Pix e a “instituições de pagamentos” – fintechs e operadoras de “maquininhas” – a fiscalização que era feita nas demais operações em bancos convencionais, elevando o limite de R$ 2 mil para R$ 5 mil no caso de pessoas físicas. “Foi um erro de timing, de tática e de diagnóstico do governo”, diz Felipe Nunes, diretor da Quaest. Segundo ele, o governo só agiu após 5 milhões de menções sobre o PIX. “Em rede social, a resposta deveria ter sido dada em 24h”. (g1)
Onda de frio atrapalha posse de Trump
Por conta de uma onda de frio extremo que deve atingir a capital dos Estados Unidos neste fim de semana, Donald Trump não fará seu juramento de posse diante de uma multidão do lado de fora do Capitólio, como é de praxe. Ele comunicou em sua rede Social Truth que a posse, os discursos e orações acontecerão na rotunda do Congresso, lembrando que o mesmo aconteceu há 40 anos, quando Ronald Reagan assumiu seu segundo mandato, também devido ao mau tempo. Mas nem por isso seu apoiadores ficarão sem festa. Trump avisou que haverá uma transmissão ao vivo de toda a cerimônia para telões na Capital One Arena, mesmo espaço onde ele fará no domingo um comício. (CNN)
Lula estima desenhar reforma ministerial em duas semanas
Foi dada largada para a primeira grande reforma ministerial do governo Lula. O presidente se reuniu na quinta-feira com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a quem incumbiu de negociar com os partidos no Congresso ao longo das próximas duas semanas, a fim de que a reforma seja feita logo após as eleições para o comando da Câmara e do Senado. Padilha vai ouvir as reivindicações da base – e de partidos ou políticos que possam ser atraídos para ela – e, em seguida discutir com Lula como acomodar todos os pedidos. O PSD, grande vencedor das eleições municipais de 2024, por exemplo, deve ter uma fatia maior no primeiro escalão. A reforma ministerial é vista como estratégica para a segunda metade do mandato de Lula e uma eventual tentativa de reeleição. (Folha)
Em disputa com Haddad, Rui Costa sai fortalecido com chegada de Sidônio
A descida da rampa que vai do mezanino do Palácio do Planalto ao Salão Nobre não podia ter sido mais simbólica na tarde de terça-feira, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu posse ao seu novo ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República, Sidônio Palmeira. O petista e a primeira-dama Janja da Silva foram escoltados pelo cúpula política baiana, liderada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa. Ladeavam o casal, além de Rui e Sidônio, o líder do governo no Senado e ex-governador do estado, Jaques Wagner (PT), e o atual governador Jerônimo Rodrigues (PT). Tanto Wagner, quanto Jerônimo foram convidados a se sentarem no palco, ao lado do ministro demitido Paulo Pimenta (PT-RS) e do entrante.
Trump prepara campanha agressiva contra imigração nas primeiras horas de governo
A três dias da posse em Washington, a equipe de Donald Trump prepara uma série agressiva de decretos executivos contra imigração que devem ser divulgados apenas algumas horas após o republicano voltar à Casa Branca. Segundo a CNN, terá início uma repressão à imigração como implicações para pessoas em todo o país, de acordo com duas fontes familiarizadas com as discussões. O pacote de ações representa uma mudança drástica na política de imigração que afetará os imigrantes que já residem nos Estados Unidos e os que buscam asilo na fronteira EUA-México. O planejamento inclui varreduras do Serviço de Imigração e Alfândega nas principais áreas metropolitanas, envio de mais recursos do Pentágono para a fronteira sul do país, imposição de restrições adicionais sobre quem tem direito a entrar nos EUA, além de reverter políticas da era Biden. “Veremos aviões de remoção e relatos de prisões ocorrendo”, disse uma fonte à CNN, referindo-se aos planos de Trump de deportação em massa. “À medida que você entra nos 30 dias e nos primeiros 100 dias, é aí que você verá uma batida de tambor consistente.” Fontes sustentam que a nova administração, pelo menos inicialmente, estará focada em imigrantes sem documentos com antecedentes criminais em grandes cidade. Mas outros que forem encontrados ao longo dessas operações também podem ser levados sob custódia. (CNN)
Nikolas vence governo por WO e fintechs seguem sem fiscalização
Depois de um vídeo com 200 milhões de visualizações publicado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL) sobre a fiscalização de transações em bancos digitais, caiu a portaria que estendia o controle da receita para transações nesses ambientes. O governo, porém, atribuiu a revogação apenas a fake news, sem admitir erros na comunicação da medida. O Central Meio de hoje recebe o professor de Ciência Política do IESP e da UERJ, Paulo Henrique Cassimiro e o diretor do Núcleo Jornalismo, Sérgio Spagnuolo.
Pix movimenta R$ 26,5 trilhões em 2024, um recorde anual
Em meio à polêmica, um recorde. O volume de transferências realizadas via Pix em 2024 atingiu R$ 26,455 trilhões, um salto de 54% em relação aos R$ 17 trilhões movimentados no ano anterior, segundo dados divulgados pelo Banco Central. A ferramenta de pagamento registrou também 63,51 bilhões de operações ao longo do ano, um aumento de 52,4% em comparação a 2023, e se consolidou como o principal meio de transações financeiras no Brasil. Apesar do recorde anual, no começo de 2025, o Pix registrou uma queda de 15,3% nas transações em janeiro com relação a dezembro, a maior queda desde 2020. A baixa coincidiu com dúvidas e disseminações de fake news sobre supostas taxações da ferramenta, mas o Banco Central atribuiu o recuo ao comportamento sazonal típico do início do ano. A circulação de notícias falsas, que levaram a confusão sobre novas regras de monitoramento financeiro da Receita Federal, foi acompanhada de relatos de golpes que exploraram o temor gerado. Mas, após a repercussão e os casos de crimes financeiros, a Receita revogou o ato. (CNN Brasil)
Gabinete israelense aprova cessar-fogo com Hamas
O gabinete de segurança israelense aprovou o acordo de cessar-fogo e a troca de reféns mediado por Catar, Egito e Estados Unidos. A aprovação ocorreu por maioria simples entre os 11 membros do grupo, mas ainda depende de ratificação pelo gabinete completo, composto por 33 integrantes. A reunião para essa decisão final está prevista para a manhã de hoje. O acordo inclui uma trégua de 42 dias, a libertação de 33 reféns em troca de centenas de prisioneiros palestinos, e a entrada diária de 600 caminhões de ajuda humanitária em Gaza. Após a primeira fase, o pacto prevê a retirada completa das tropas israelenses das áreas mais populosas do território e a libertação de todos os reféns. Apesar do avanço, tensões persistem: ministros ultradireitistas, como Itamar Ben-Gvir e Bezalel Smotrich, se opuseram ao cessar-fogo, argumentando que ele seria um risco estratégico. Ben-Gvir chegou a ameaçar renunciar caso o pacto seja aprovado na íntegra. Enquanto isso, ataques israelenses na quinta-feira mataram mais de 100 pessoas em Gaza, segundo a Defesa Civil local. (CNN e DW)