Entre domingo e segunda-feira, 56 homens foram chacinados no Complexo Penitenciário Anísio Jobim. É o segundo maior massacre dentro de prisão da história brasileira. E, até agora, o presidente Michel Temer não se pronunciou. No Planalto, acreditam que, se ele nada falar, vai parecer que ele nada tem com o assunto. (Estadão)
Temer, aliás, foi alçado a secretário de segurança paulista logo após o massacre do Carandiru. (Folha)
O papa Francisco disse: “Expresso dor e preocupação com o que aconteceu.” Maria Laura Canineu, diretora da Human Rights Watch no Brasil, também soltou um comunicado. “Nas últimas décadas, autoridades brasileiras gradativamente abdicaram de sua responsabilidade de manter a ordem e a segurança nos presídios.” (Folha)
A Família do Norte, facção responsável pelo massacre, tinha uma cela onde se concentrava seu alto comando no presídio. Em 2015, negociou com o governo do estado um acordo para garantir paz por um tempo. (Folha)
O Ministério Público quer o fim da privatização dos presídios amazonenses. Superfaturamento, conflito de interesses e ineficácia de gestão estão entre as razões. (Globo)
Vera Magalhães: “Ao minimizar publicamente a importância da guerra entre facções criminosas como causa da chacina, o ministro Alexandre de Moraes nacionaliza uma espécie de dogma do governo de São Paulo: o de que não se deve superestimar o poder dessas organizações, sob pena de reforçá-lo.” (Estadão)
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