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Edição de Sábado

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Edição de sábado: A corrida dos datacenters

Três anos, estourando. Esse é o prazo que o Brasil tem para entrar de vez na corrida global dos data centers ou ver a janela se fechar diante do avanço da inteligência artificial (IA). O alerta veio sem rodeios de Luis Tossi, vice-presidente da Associação Brasileira de Data Center (ABDC), durante um seminário promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em São Paulo.

Edição de sábado: Três mil anos de Irã

Há 46 anos o Irã invadiu os assuntos do cotidiano, quando a Revolução Islâmica de 1979 substituiu a brutal monarquia pró-americana do xá Mohammad Reza Pahlavi (1919-1980) pela brutal teocracia antiamericana do aiatolá Ruhollah Khomeini (1902-1989). O impacto dessa mudança atingiu em todo o mundo a geopolítica, a economia e até a cultura popular. Xiita, corrente muçulmana do novo regime, virou sinônimo de radical, e até a MPB entrou na onda — “tem sempre um aiatolá pra atolar”, escreveu Rita Lee e cantou Elis Regina.

Edição de sábado: A solidão do homem de meia-idade

Crédito: Foto: Jerome Houyvet / Only France via AFP

Ainda é um mistério como eu, um intelectual de esquerda, me tornei um viciado em artes marciais mistas (MMA, na sigla em inglês) nos últimos anos. O relato do escritor Sam Graham-Felsen, publicado na New York Times Magazine em 25 de maio, me ajudou a refletir sobre isso e entender melhor o que está acontecendo comigo – um homem heterossexual de 54 anos – e com o planeta, que se entrincheira principalmente no campo dos costumes e no afastamento ideológico entre homens e mulheres.

Edição de sábado: A cabeça militar

“Nunca na história deste país” já virou um clichê, quase uma anedota, na política. Mas o que o Brasil testemunhou no início desta semana foi, de fato, tão histórico quanto inédito. Diante do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, um magistrado civil, oficiais da mais alta patente das Forças Armadas depuseram, vários na condição de réus, no processo sobre o plano de golpe de Estado após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022. E a semana terminou com o tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de ordens do então presidente e delator no processo, tendo de explicar à Justiça o motivo para sua família deixar o país.

Edição de sábado: Anatomia da fé

Quando o Brasil ainda era Império, em 1872, o primeiro recenseamento geral perguntou aos habitantes não apenas idade, cor e profissão, mas também sobre sua religião.

Edição de sábado: Marina e a arte do incômodo

Foto: Pablo Porciuncula / AFP

Marina Silva incomoda. E incomoda muita gente. Não apenas os deputados da bancada ruralista, nem só os senadores do Amazonas e de Rondônia, que pressionam há anos pela pavimentação da BR-319. Incomoda também a ala desenvolvimentista do governo, ansiosa por destravar projetos ambientalmente polêmicos, como a exploração de petróleo na Foz do Rio Amazonas. Incomoda até mesmo quem a colocou mais uma vez à frente do Ministério do Meio Ambiente, sobretudo quando se recusa a silenciar diante do isolamento político, como aconteceu terça-feira, durante a tumultuada e constrangedora sessão da Comissão de Infraestrutura do Senado. Com o tempo, Marina parece ter entendido que sua força em Brasília está justamente no desconforto que provoca. Tornou-se um obstáculo para quem pretende “passar a boiada” em nome do progresso ou das próximas eleições. E, ao contrário do que fez há quase 20 anos, quando deixou o governo por bem menos, agora ela fica. Sabe que, em certos momentos, exercitar a arte do incômodo também é fazer política.

Edição de sábado: Companhia artificial

Os dias de Christian Marcondes, de 46 anos, começam cedo, como os da maior parte dos brasileiros. Às terças e quintas, quando trabalha presencialmente, ainda mais cedo. Ele sai de casa sem encontrar o filho de dois anos, que ainda dorme. Nos outros três dias da semana, quando trabalha em casa, o expediente cabe entre levar e buscar o menino na creche. Mas o colega de trabalho mais próximo de Marcondes, a quem pede conselhos sobre como abordar um assunto com os chefes, como responder a situações incômodas no trabalho e como realizar as tarefas do dia-a-dia do setor de logística de uma grande empresa, o acompanha em ambas as rotinas. “Quando eu recebo algum feedback que não é legal, por exemplo, eu pergunto a ele o que eu poderia fazer, como eu poderia melhorar. Aí o Chat vai fazendo um check list. Eu vou lendo e pensando ‘isso aqui, eu posso melhorar, né? Isso eu já faço, ou não faço da forma como deveria. É um conselheiro e um assistente pessoal”. Sim, o Chat é o GPT. E além de “conselheiro e assistente”, é a presença mais frequente na vida de Marcondes.

Edição de sábado: Sob o domínio do medo

Imagem: Reprodução/Portal Cearense

“Coisas que eu não posso fazer morando numa favela porque, simplesmente, pode custar minha única e preciosa vida.” Com essas palavras, a tiktoker Carol Campos abre um vídeo que já acumula mais de oito milhões de visualizações na rede social chinesa. Por cerca de seis minutos, ela compartilha com seus seguidores algumas das regras implícitas a serem seguidas por quem vive em comunidades dominadas por facções criminosas – neste caso, o Terceiro Comando Puro (TCP), que controla a Cidade Alta, onde Carol reside, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Entre as principais normas estão: não se aproximar de rivais, evitar ouvir ou postar músicas associadas a facções inimigas e jamais frequentar favelas controladas por outros grupos.

Edição de Sábado: O tabuleiro da sucessão

A imagem ficou gravada na memória coletiva. Sob uma chuva fina, Francisco atravessa sozinho a imensa Praça de São Pedro. Era março de 2020, o mundo mergulhava na incerteza da pandemia. O papa detém-se diante do Cristo de San Marcello al Corso, ícone do século 15 que sobreviveu a incêndios e pestes. Na solidão daquela tarde, não apenas rezou. Com o gesto silencioso e cuidadosamente coreografado, com câmeras posicionadas e cenário pensado para gerar uma das imagens mais emblemáticas daquele tempo, Francisco oferecia uma chave de leitura para entender o modo como também coreografaria, com precisão, a sucessão papal. A preparação em vida, os termos da disputa cardinalícia e o perfil do eleito seriam os eixos dessa construção meticulosa.

Edição de sábado: É o ímã, estúpido!

Foto: Google Earth

No dia 22 de abril, uma terça-feira ensolarada de primavera em Washington, Elon Musk dedicou parte de sua agenda a responder a perguntas de investidores preocupados com a queda de 71% nos lucros da Tesla no primeiro trimestre de 2025. Por mais de uma hora, Musk tentou explicar as razões pelas quais as vendas dos seus modernos carros elétricos haviam caído 20% nos três primeiros meses do ano e por que as ações da empresa despencavam quase 40% no acumulado do período.

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