Trump quer seu muro

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26 de janeiro de 2017

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Trump quer seu muro

Se havia dúvidas de que as promessas feitas em campanha por Donald Trump eram literais ou metafóricas, não mais. O novo presidente americano assinou ontem uma ordem autorizando a construção de um muro para separar os EUA do México. Estima-se um custo entre US$ 8 e US$ 10 bilhões, que os EUA pagariam inicialmente e que, de acordo com a Casa Branca, depois seriam reembolsados. O presidente mexicano Henrique Peña Nieto nega que tenha planos de financiar a obra.
 
Um muro já existe em boa parte da fronteira com o Novo México e Arizona. De resto, é um desafio de engenharia ou política. Não é possível murar o rio Grande, que separa os dois países por quase dois mil quilômetros – quase dois terços da fronteira. Neste trecho, o muro teria de ser mais afastado, cortando propriedades particulares. Em outros trechos da fronteira, o território é indígena e as leis americanas proíbem o governo federal de intervir sem autorização dos comandos tribais.

Trump definiu, também, que todos aqueles que ultrapassarem a fronteira sem documentos deverão ser imediatamente presos. Atualmente, pelo menos metade dos detidos são ou famílias, ou menores de idade. A ordem do presidente determina ainda que todo imigrante ilegal que tenha sido julgado e condenado, que seja réu ou mesmo que seja apenas acusado de um crime, pode ser deportado imediatamente.

Refugiados sírios serão proibidos de entrar nos EUA. Ao menos, é assim que está no momento o rascunho de outra ordem, que vazou para a imprensa. Asilo para outros refugiados será suspenso por 120 dias. Toda imigração de Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen, suspensa por 30 dias até que novas regras sejam estabelecidas. Trump criticou países europeus por receber refugiados vindos do Oriente Médio.

A nova fase da Operação Calicute, a mesma que levou à prisão o ex-governador fluminense Sérgio Cabral, saiu às ruas pela manhã, durante o fechamento desta edição do Meio. Seu principal objetivo era a prisão do empresário Eike Batista. Ontem, US$ 63 milhões do ex-bilionário foram congelados em contas das Ilhas Cayman.

As delações de executivos da Odebrecht não envolvem apenas políticos. Sergio Andrade, principal acionista da empreiteira Andrade Gutierrez, e Luiz Nascimento, da Camargo Corrêa, também aparecem envolvidos em práticas criminosas. (Folha)

Há pelo menos 15 nomes em avaliação pelo Planalto para substituir o ministro Teori Zavascki, no STF. Um dos candidatos fortes, o presidente do TST Ives Gandra Filho, ligado à Opus Dei, vem sendo pesadamente criticado por posições ultra-conservadoras. (Globo)

O desastroso uso de Photoshop no recorte do rosto da fotografia oficial do presidente Michel Temer virou piada nas redes.

A ex-primeira dama Marisa Letícia está em coma induzido enquanto os médicos avaliam a extensão do AVC que sofreu, na terça-feira.

Cultura

Aquarius é indicado ao César, o Oscar da França. O longa concorre como melhor filme estrangeiro e disputa com títulos como Eu, Daniel Blake e Manchester à Beira-Mar. Outros dois filmes brasileiros foram selecionados para o Festival de Berlim. (Folha)

Ministério da Cultura deve anunciar mudanças na Lei Rouanet ainda neste mês. Segundo o ministro Roberto Freire, discute-se a “limitação em termos de valor e de participação, não permitindo a cartelização”. Sem detalhes, ele propõe a “democratização” da lei para atender projetos fora do Sudeste, que atualmente concentra os investimentos.

Em protesto contra Trump, o artista Christo desiste de um de seus mais ambiciosos projetos, o de cobrir um rio dos Estados Unidos com quilômetros de tecido. Conhecido por obras do tipo, Christo diz ter gasto US$ 15 milhões de seu bolso para a obra de arte pública. Mas agora se recusa a negociar com o dono das terras, o governo federal — trocando em miúdos, Donald Trump.

Van Gogh não pode se tornar um clichê da cultura pop. A defesa é do crítico de arte do Guardian, que se opõe ao filme Loving Vincent, animação que tenta imitar o estilo do pintor. O crítico aponta falhas no roteiro, que inclui um caso de amor — algo que, diz ele, nunca existiu. Trata-se de “um insulto de mau gosto” à obra de Van Gogh.

Aliás, Loving Vincent já tem trailer que vem rodando a internet. O filme parte de mais de 62 mil pinturas, animadas frame a frame.

Viver

O repórter e cadeirante Jairo Marques faz defesa de João Doria, que andou pela cidade de cadeira de rodas – depois de se vestir de gari e de “ajudar” a apagar grafites pela cidade. “Tenho de discordar de muitos que espinafraram e desaprovaram o prefeito”, escreveu. “E eu quero é mais! Quero que Doria use a cadeira de rodas para pegar ônibus coletivo, às 18h de uma sexta, saindo da zona sul rumo à zona leste.” (Folha)

O que acontece no cérebro quando a vida “passa” diante de nossos olhos? Um estudo recém-publicado se dedica ao assunto – e prova que, de fato “revemos” a vida em momentos decisivos. Mas não há nada de místico no acontecimento. Não se trata de uma resposta do cérebro a uma ameaça de morte, mas apenas de uma versão super concentrada de um processo mental que, basicamente, acontece todos os dias.  

A maioria dos pratos que conhecemos é legado de guerras. Soldados invasores de outros países ajudaram a espalhar alimentos e temperos pelo mundo. Nos quartéis japoneses, as comidas eram testadas, aprovadas e, depois, migravam para a rotina civil. Foi assim com o curry, que só entrou na culinária japonesa no século XIX – e pelo império britânico, não via Índia.

Os 165 anos de anúncios de casamentos no New York Times. Veja o especial, que traz desde o primeiro anúncio, em 1851, e outras histórias.

O Brasil venceu a Colômbia por 1 a 0, em jogo amistoso de arrecadação de fundos para a Chapecoense. A Seleção comandada por Tite segue invicta.

Cotidiano Digital

Brasileiro é novo chefe de realidade virtual no Facebook. Um dos pais do Android, Hugo Barra deixou a chinesa Xiaomi na segunda e migrou para o Vale do Silício, para ocupar o novo cargo.  

Em nome da nostalgia: fãs de videogame podem gastar pequenas fortunas por modelos antigos— sobretudo o japonês Neo Geo, lançado em 1991 e, claro, fora de linha. Um usuário nostálgico da Tailândia chegou a gastar US$ 200 mil em jogos do extinto game.

Órgãos impressos estarão disponíveis para transplantes em breve. Orelhas e até ovários já foram impressos e ‘instalados’ em animais e, segundo a Economist, empresas estão formando equipes de cientistas para lidar com a tecnologia das bioimpressões e iniciar transplantes em humanos. A L’Oréal, por exemplo, já imprime cinco metros quadrados de pele humana por ano.

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