Poderes em guerra

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9 de fevereiro de 2017

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Poderes em guerra

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro cassou, na tarde de ontem, os mandatos do governador Luiz Fernando Pezão e de seu vice, Francisco Dornelles. O furo foi de Lauro Jardim. Por 3 votos a 2, os juízes acataram os argumentos do Ministério Público Estadual. Segundo a Folha, o governo concedeu benefícios a empresas que posteriormente fizeram doações. De acordo com o TRE, eleições diretas devem ser convocadas para a escolha de novo governador. Mas o afastamento de Pezão não é imediato: cabe recurso ao TSE.

Pezão, aliás, havia acabado de prometer aumento para a polícia do Rio, para evitar uma greve como a capixaba. (Folha)

O governador Paulo Hartung, que retirou um tumor em cirurgia no sábado, se manifestou pela primeira vez a respeito da paralisação da PM no Espírito Santo. “É uma chantagem”, disse. “Se aceitarmos, é hoje aqui, e amanhã em outros estados.” Para ele, o movimento dos policiais sequestra a liberdade do povo capixaba em troca de um resgate. (Globo)

Enquanto isso… em Brasília, o juiz federal Eduardo Rocha Penteado deu liminar suspendendo a nomeação de Moreira Franco para ministro da Secretaria-Geral da Presidência. O argumento é de que Moreira só virou ministro quando o STF homologou as delações da Odebrecht. Seria um artifício para ganhar foro privilegiado.

A Polícia Federal, por sua vez, acusa o presidente da Câmara Rodrigo Maia de ter recolhido R$ 1 milhão em propina da OAS. Ao Jornal Nacional, o deputado nega.

E o juiz Sérgio Moro tenta intimar o ex-presidente José Sarney faz dois meses. Não consegue. Sarney é testemunha a favor de Lula. (Globo)

Não para: um dos livros de Alexandre de Moraes contém trechos idênticos aos de uma obra do jurista espanhol Francisco Rubio Llorente. O autor está citado na bibliografia, mas não há qualquer alerta ao longo do texto para indicar que se tratam de citações. Moraes é o candidato de Temer ao Supremo. (Folha)

O senador Edison Lobão vai presidir a principal comissão da Casa, a CCJ. É, explica Helena Chagas, mais um tijolo na estratégia do governo para fazer frente à Lava Jato. (Globo)

Eduardo Cunha negou-se a realizar exame para confirmar que tem um aneurisma. O diretor do sistema penitenciário do Paraná considerou o ato uma infração disciplinar. (Estadão)

Mas… sua defesa apresentou atestados assinados por ao menos quatro médicos confirmando o aneurisma. Entre eles, Paulo Niemeyer. (Globo)

Como se o dia tivesse sido normal, o Senado ainda aprovou a MP do Ensino Médio. (Globo)

O que muda na concessão de vistos para brasileiros com Trump no poder. A BBC responde.

A promessa de Donald Trump era clara: repelir o programa Obamacare, que estende seguro de saúde a um bom naco da população americana, logo no início do mandato. Não deu. O plano, agora, é substitui-lo por projeto similar — e mais barato — até o início de 2018. Os republicanos, porém, estão com dificuldade de criar esta nova versão de forma que não afete os beneficiados.

Esquema de corrupção na embaixada venezuelana na Espanha pode ter vendido passaportes e vistos para terroristas.

Em tempo: cá esta newsletter foi tema de reportagem do excelente Projeto Draft.

Cultura

Censura a artistas cresceu 119% em 2016, segundo pesquisa global. O relatório, feito por ONG consultora da ONU, revela que governos pelo mundo praticaram 840 atos de censura, além de prisões e perseguições. A Ucrânia, líder do ranking, por exemplo, proibiu 544 filmes. Já o Irã cometeu as mais graves violações, como a prisão de 19 artistas. (Globo)

Além de curtas, Brasil tem nove longas no Festival de Berlim. (Folha)

Artista transforma galeria em loja de conveniência, no México. O prestigiado Gabriel Orozco recriou uma Oxxo, a popular loja mexicana, em sua nova mostra: há gôndolas, caixa, máquina de café e 300 produtos à venda — de cerveja e camisinha a vela e feijão enlatado. A diferença para um item “normal” são colagens nas embalagens e, claro, os preços. Os valores seguem uma lógica criada por Orozco: começam em US$ 15 mil na abertura da mostra — e caem para US$ 60 no último dia.

Carmen Miranda completaria 108 anos hoje. Veja vídeos da pequena notável e ouça playlist no Spotify.

Netflix anuncia as datas de estreia de 11 séries em 2017.

Disney confirma para 2019 parques de Star Wars. Serão ‘puxadinhos’ gigantescos da Disney e da Disney Hollywood Studios. (Folha)

O ator Jack Nicholson voltará a estrelar filme após hiato de sete anos.

Viver

Gambás foram os bichos mais resgatados no Rio em 2016. São seguidos por gaviões, cobras e capivaras — todos animais silvestres que deixam seu habitat em busca de comida ou melhores condições climáticas. (Globo)

E a Câmara transformou em crime a eutanásia de cães e gatos sadios em todo país. (Estadão)

Papa Francisco critica Donald Trump — e, outra vez, de forma indireta. Em fala no Vaticano, ele não citou o nome do presidente, mas disse que os homens deveriam construir pontes, e não muros. Em janeiro, o pontífice já havia dito que, em tempos de crise, “o perigo é buscar um salvador” que defenda os homens com “muros e arames”. 

Para ler com calma: a mulher que nunca esquece. Alvo de estudos, Jill Price se lembra de tudo desde os 18 meses de idade. É o primeiro caso de “memória autobiográfica altamente superior”, como definem cientistas. Longa reportagem no Guardian trata de estudos sobre a memória e conta como o caso de Jill pode provar uma tese algo simples: a de que humanos são bons mesmo em esquecer.

Galeria: as candidatas ao título de árvore do ano na Europa.

O depoimento de um sobrevivente: o goleiro Jackson Follmann, da Chapecoense, conta à Folha sobre sua vida depois do acidente em que perdeu uma perna, agora substituída por uma prótese.

O Botafogo empatou em 1 x 1 com o Colo Colo e passou à próxima fase da Libertadores.

Cotidiano Digital

Capitalismo na encruzilhada — eis o principal tema do NewCo Shift Forum, nesta semana, em São Francisco. Para um dos fundadores do fórum, John Battelle, o momento é de risco: mudanças profundas trazidas pela tecnologia estão se espalhando de forma acelerada, enquanto o mundo assiste a outras mudanças radicais.

Ainda o NewCo: os destaques do primeiro dia foram Trump e o PIB. No caso do presidente, defendeu-se que as empresas de tecnologia não devem ficar em cima do muro. Já quanto ao PIB, criticou-se o fato de que o ganho trazido pela tecnologia é ignorado na forma de se calcular o número. Ou seja, o PIB talvez já não seja o indicador mais apropriado para decisões econômicas no mundo atual.

Como a tecnologia pode alterar a forma como se faz arquitetura? Drones e robôs já vêm ajudando a concretizar projetos que seria complexos demais para as possibilidades humanas.

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