Luciana Lima

Repórter especial do Meio. Jornalista formada pela UFES. Adora política e, desde que chegou a Brasília, vive reportando fatos e bastidores do Congresso Nacional, Planalto e Judiciário, campanhas presidenciais e a relação do Brasil com a Europa, Asia e América Latina.

Um ano depois, o que o 8 de janeiro causou ao Brasil?

Na rampa do Palácio do Planalto, uma cadeira de praia verde e amarela virou arma nas mãos de um bolsonarista. O golpe foi contra um cavalo. O bicho sentiu a batida do ferro no seu dorso traseiro. A dor da pancada fez o animal perder o controle das pernas traseiras e arriar, trançando os cascos sobre a superfície lisa de mármore branco, ao mesmo tempo que ainda sustentava um policial militar em seu dorso. O agente tentou manter o animal perfilado aos mais quatro conjuntos de cavaleiro e cavalo que ali estavam, vulneráveis à multidão em fúria. Diante dos golpes vindos de todos os lados, a tropa precisou bater em retirada para evitar mais dores. A crueza da cena impacta e inaugura o filme No Céu da Pátria Nesse Instante, de Sandra Kogut, exibido na telona, no 56º Festival Brasília do Cinema Brasileiro, quase um ano depois do fatídico 8 de janeiro de 2023.

Em um ano, Moares tomou, sozinho, mais de 6 mil decisões sobre 8 de janeiro