Operação Lava Jato

Poder de Moraes preocupa ala do governo, que tem reservas sobre delação de Cid

Embora tenha como alvo Jair Bolsonaro (PL) e o bolsonarismo, a atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes não é vista com bons olhos por uma ala do governo. O grupo teme o fortalecimento excessivo do ministro, lembrando que, indicado por Michel Temer, ele tem origem na centro-direita. Além disso, preocupa essa ala a forma como foi obtida a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, antigo ajudante de ordens de Bolsonaro, num método semelhante ao usado pela Operação Lava Jato. Na avaliação desses governistas, caso os relatos do militar não tragam provas muito robustas, a oposição bolsonarista pode sair fortalecida. (Folha)

Ações contra Bolsonaro resgatam métodos da Lava-Jato

Longas prisões preventivas culminando em delações premiadas, concentração de poderes em um único juiz, cruzamento de investigações, “pescaria de provas”. Métodos da operação Lava-Jato, já criticados à época, estão sendo retomados nas investigações sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu entorno. Um exemplo é o tenente-coronel Mauro Cid, preso em maio por inserção de dados de vacinação falsos de Bolsonaro no sistema do Ministério da Saúde. O antigo ajudante de ordens só deixou a prisão em setembro, após um acordo de delação premiada supostamente citando o ex-presidente nua série de outros crimes. Advogados também reclamam que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que concentra praticamente todas as ações contra o grupo, expede mandados de busca e apreensão relativos a fatos antigos com objetivo de coletar provas para outras ações, a chamada “pescaria de provas”. (Folha)