Donald Trump disse que, se fosse presidente, Hillary Clinton estaria na cadeia. A senadora afirmou que o milionário não cumpre os requisitos básicos para a presidência. Logo ao chegar no palco para o segundo de três debates, não se apertaram as mãos, como de praxe. Estava dado o tom. Foi um encontro acirrado, agressivo, tenso. E não à toa.
Ao longo do sábado, um deputado republicano após o outro foi retirando o apoio formal a Trump, candidato à presidência de seu partido. O senador John McCain, ele próprio ex-candidato à Casa Branca, os acompanhou. (Uma lista.)
Na sexta-feira, o Washington Post trouxe a público um vídeo de 2005 no qual Trump diz que agarra mulheres a força, e que elas deixam por ele ser uma estrela. Foi, para muitos, a gota d’água após mais de um ano de declarações grotescas. O candidato vinha sofrendo nas pesquisas. Levou para o debate mulheres que acusam Bill Clinton de assédio. “No meu caso eram palavras, no dele, ações.” Hillary respondeu citando a primeira-dama Michelle Obama. “Quando eles vão baixo, nós seguimos por cima.”
Hillary foi criticada por emails pessoais vazados pelo Wikileaks, no qual afirma a banqueiros que políticos têm de ter uma postura em público e outra em privado. Segundo ela, estava citando Abraham Lincoln, que fazia uso de argumentos distintos para cada parlamentar durante a aprovação da abolição da escravatura. Trump ironizou. Foi o debate com mais tweets da história. Em geral, é preciso esperar alguns dias para que as pesquisas indiquem o vencedor. Mas é o fim de campanha mais turbulento das últimas décadas.
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