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Apenas um rapaz e seu dragão

Soluço (Mason Thames) e Banguela na versão com atores de “Como Treinar seu Dragão”. Foto: Reprodução

Embora já esteja em pré-estreia desde o último sábado, oficialmente chega hoje aos cinemas a versão live action de Como Treinar Seu Dragão, já clássica animação de 2010. O diretor é o mesmo, Dean Deblois, o que garante respeito à trama original: o jovem Soluço (Mason Thames) é o filho do chefe de uma aldeia viking assolada por dragões, mas ao contrário dos demais, não tem vocação para caçar os monstros. Até que, por acidente, trava contato com o mais terrível deles, a Fúria da Noite, ou, cá entre nós, o fofo Banguela. Essa dupla inusitada vai contar com a ajuda de Astrid (em versão mais esperta vivida por Nico Parker), interesse romântico de Soluço, para resolver o “problema dos dragões”. Diversão garantida, com direito a Gerald Butler vivendo em carne e osso o chefe Stoico, a quem deu voz na primeira versão.

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E a semana está farta de boas opções para rir nos mais diversos idiomas. Embora falado em inglês, June e John é uma produção francesa dirigida por Luc Besson, que nos deu, entre outros, O Quinto Elemento. O John do título é um sujeito que leva uma vida besta até que, em um dia no qual tudo dá errado, conhece June, uma garota que é seu extremo oposto, aventureira, inconsequente e não convencional. Ela vai tirá-lo a fórceps de seu mundinho chato e seguro, fazendo-o descobrir que a vida tem mais a oferecer. John vai entender quer estar com June até o últimos dos seus dias… que podem não ser muitos.

Ainda no terreno da galhofa, como diria Tia Zulmira, Na Teia da Aranha, do sul-coreano Kim Jee-Woon, tem o próprio cinema como tema. Ambientado na Seul dos anos 1970, traz Song Kang-ho, astro de Parasita, como um cineasta de sucesso, mas deprimido por críticas à qualidade artística de seus filmes, feitos para agradar o estúdio e o público comum. Ele decide então refazer o final de seu longa em produção, desafiando a censura (o país era então uma ditadura de direita), o estúdio e até o elenco, confuso com o novo roteiro. Conforme avança em seu projeto, ele começa a perder a noção de limites.

Outra comédia ambientada no passado recente é O Grande Golpe do Leste, estrelada por Sandra Hüller, indicada ao Oscar por Anatomia de uma Queda. Em 1990, após a queda do Muro de Berlim, uma família do lado comunista encontra um cofre abarrotado de dinheiro. O problema é que a fortuna vai perder todo o valor com a iminente reunificação da Alemanha, o que os coloca numa corrida contra o tempo para, com a ajuda da vizinhança, transformar as notas com o retrato de Marx em bens de consumo. Isso, claro, não vai passar despercebido aos olhos das autoridades. O pior é que, segundo a produção, tudo é baseado em fatos reais.

Igualmente inspirado na realidade, mas sem qualquer toque de humor, o drama Síndrome da Apatia retrata uma família russa que, perseguida pelo regime de Vladimir Putin, tenta asilo na Suécia. Apesar de todos os esforços, o pedido é negado, detonando na filha caçula, Katja, uma doença rara, mas que vem crescendo entre crianças refugiadas. Incapazes de lidar com a desesperança, elas entram em coma. A situação começa a preocupar médicos e autoridades, enquanto a família tenta de tudo para salvar a menina e se vê diante de dilemas profundos.

Sem qualquer relação com a realidade (ao menos assim o esperamos) é o brasileiro Prédio Vazio, escrito e dirigido por Rodrigo Aragão. Quando a mãe “hiponga” desaparece com o namorado durante o Carnaval em Guarapari, a jovem Luna viaja com o namorado para a cidade capixaba a fim de localizá-los. A busca os leva até o misterioso e aparentemente abandonado Edifício Magdalena, último local onde casal esteve. Lá vão encontrar uma zeladora sombria e um segredo terrível. Sim, são sustos à brasileira.

Da Itália vem Segredos, de Daniele Luchetti. Um professor do tipo gente boa da periferia de Roma começa um relacionamento, digamos, inapropriado com uma aluna dez anos mais nova. Um dia, sob a justificativa de se conectarem de forma mais profunda e permanente, a jovem propõe que cada um conte seu segredo mais obscuro. Certas coisas, porém não devem jamais ser reveladas, e esse conhecimento irá marcá-los dali em diante.

Fechando a semana vem o documentário brasileiro Eros, de Rachel Daisy Ellis, onde frequentadores de motéis dos mais diversos níveis de sofisticação e nos mais diferentes lugares do Brasil relatam suas experiências. São casais, trisais e até pessoas sozinhas explicando in loco o que os atrai e como se sentem nesses lugares de prazer.

Confira a programação completa nos cinemas da sua cidade. (AdoroCinema)

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