Lula amplia vantagem sobre adversários para 2026, mostra Genial/Quaest
Receba as notícias mais importantes no seu e-mail
Assine agora. É grátis.
A um ano da eleição presidencial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua sendo o nome mais forte da política brasileira. Uma nova pesquisa divulgada agora há pouco pela Genial/Quaest mostra que Lula lidera todos os cenários de primeiro e segundo turno, refletindo tanto a resiliência de sua base quanto a dificuldade da oposição em construir uma alternativa competitiva.
Nos oito cenários testados para o primeiro turno, o presidente aparece com entre 35% e 43% das intenções de voto. O ex-presidente Jair Bolsonaro, ainda inelegível, seria seu principal adversário caso conseguisse reverter a decisão da Justiça Eleitoral: ele aparece com 26%. Em seguida vêm a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (21%) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (18%), cotados como os possíveis herdeiros eleitorais de Bolsonaro.
Em todos os cenários de segundo turno, Lula mantém vantagem confortável. Suas intenções de voto variam entre 41% e 47%, e nenhum adversário alcança diferença inferior a um dígito. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) é o que mais se aproxima, com 32%, uma distância de nove pontos percentuais.
A margem mais ampla é contra o governador gaúcho Eduardo Leite (PSD), que registra 22% — sete pontos abaixo da soma de eleitores que afirmam votar em branco, anular ou se abster. Caso o embate fosse com Bolsonaro, Lula venceria por 46% a 36%. Contra Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas, o petista manteria a mesma vantagem, 12 pontos percentuais, com placares de 46% a 34% e 44% a 33%, respectivamente. Já o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), recuou sete pontos desde maio e aparece com 31%, perdendo para Lula por 44% a 31%.
Apesar da liderança, a pesquisa revela sinais de fadiga em relação à permanência de Lula no poder. Mais da metade dos eleitores (56%) dizem que o presidente não deveria concorrer à reeleição, enquanto 42% defendem que ele busque um novo mandato. A diferença, de 14 pontos, é a menor desde maio, quando era de 34 pontos — um indício de que a rejeição à reeleição começa a ceder lentamente. O mesmo sentimento de saturação atinge o campo bolsonarista. Setenta e seis por cento dos entrevistados acreditam que Jair Bolsonaro deveria apoiar outro candidato ao invés de tentar ser o candidato da direita, repetindo o índice de setembro.
Na pesquisa espontânea, em que os eleitores mencionam nomes sem estímulo, Lula ampliou sua vantagem. Ele passou de 11% em maio para 19% nesta rodada, enquanto Bolsonaro recuou de 11% para 6% no mesmo período. O percentual de indecisos permanece alto (69%), sugerindo que grande parte do eleitorado ainda não definiu suas opções para 2026.


