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Viva Beth Carvalho

Beth Carvalho se foi no último dia 30 de abril, vítima de uma infecção generalizada, aos 72 anos. Completaria 73 anos amanhã, dia 5. Prevaleceu como sua alcunha a ‘Madrinha’. Zeca Pagodinho é o exemplo óbvio: o rapaz que um dia apareceu com um cavaquinho na sacola e Camarão que Dorme a Onda Leva na garganta. Caetano Veloso reforçou seu legado dizendo, num vídeo, que Beth foi uma das maiores maravilhas do Brasil. “Ela se tornou a madrinha do renascimento do samba no Rio de Janeiro. Uma das maiores expressões da nossa cultura.” Não só. No disco mais exuberante da carreira, homenageou a Bahia. Beth era muitas: “Você é o samba que nos inspira a resistir, que canta o Brasil mais profundo. Tudo é eterno na sua arte”, escreveu Daniela Mercury, dando uma dimensão maior da sua importância. “Branca de classe média, ela poderia ter ficado na praia da bossa nova e da MPB, que foi gestada em festivais como aquele de 1968 em que ela cantou Andança. Mas escolheu o samba. E uma escolha dessas não pode ser meramente profissional. Virou opção de vida, como o samba costuma exigir que seja”, escreveu Luiz Fernando Vianna (Folha).

Nelson Sargento chamou Beth de “amiga imortal” ao se despedir dela pelas redes sociais. E Fafá de Belém fez um dos comentários mais sensíveis. “Chegou menina, já imortalizando uma grande canção: Andança. Beth chegou chegando e falando para um país, de seu povo, de seu chão, de suas lutas, de sua forma de ser. Beth nunca se calou. Beth nunca deixou de ter posição. Sua voz vai fazer falta. Cantando e falando por este tão amado Brasil. Vá festejar, meu amor. Vá festejar lá em cima com Clara, e de lá torcer pra que este país melhore.” A cantora também militava e usava seu rosto em favor do que acreditava. Seja em o Salário Mínimo ou em Um Saco de Feijão, estava lá cantando as realidades do país. E ainda dizendo que Deus não castiga ninguém. Na política, era apaixonada por Leonel Brizola, para quem gravou um jingle em 2000.

Pra quem não viu… Torcedora ilustre do Botafogo, nunca escondeu sua paixão pelo futebol e, na primeira partida que o time disputou desde a sua morte, uma homenagem rolou no estádio Nilton Santos. Ao invés de um minuto de silêncio, o Botafogo fez um minuto de samba, com o clássico Vou Festejar.

Me dá teu amor… Em sua homenagem, recomendamos ouvir neste sábado o disco Madrinha do Samba ao vivo convida, disponível no Spotify. Ainda é tempo para ser feliz.

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