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A música brasileira perdeu um de seus maiores representantes com a morte do cantor e compositor Lô Borges, em Belo Horizonte, aos 73 anos. Sua família informou nesta segunda-feira que o óbito ocorreu na noite de domingo por falência múltipla de órgãos. Desde 17 de outubro Lô estava internado na UTI devido a uma intoxicação por medicamentos. Ao lado de Milton Nascimento, seu amigo de infância, Lô foi um dos fundadores do Clube da Esquina, movimento musical que virou disco (Spotify) em 1972, sendo considerado por especialistas como o maior álbum brasileiro de todos os tempos. Também é o nono melhor em todo o mundo no ranking da revista norte-americana Paste Magazine. É de lá que vem algumas das faixas mais memoráveis do artista, como Trem Azul e Um Girassol da Cor do Seu Cabelo. Artistas e famosos lamentaram a morte nas redes. (g1)

Apesar da parceria de sucesso com Bituca, Beto Guedes e Toninho Horta no Clube da Esquina, na década de 1970, Lô Borges seguia em plena atividade em seus últimos anos. Em 2023, contou em uma entrevista para a Folha que vivia seu momento mais prolífico como artista, compondo sete discos de faixas inéditas entre 2019 e aquele ano. “Nunca tive uma fase com tanta inspiração como a atual. Isso é um presente. Se o universo quer me dar uma música, eu aceito”, contou. Seu último lançamento foi em agosto deste ano, quando produziu o álbum Céu de Giz (Spotify), em parceria com Zeca Baleiro. (Folha)

Para ler com calma. Por décadas, o disco Clube da Esquina ganhou o mito de ter sido criado em Santa Tereza, bairro de Belo Horizonte onde moravam Lô Borges e Milton Nascimento, mais precisamente na esquina entre as ruas Divinópolis e Paraisópolis, onde foi afixada uma placa para indicar o local da criação do lendário álbum. “Onde a gente se reunia de fato era num bar do Centro chamado Saloon”, contou Lô. As casas dos Borges e de Fernando Brant também foram importantes no processo. (piauí)