As cartas do pai de Anne Frank
Ryan Cooper era um jovem inseguro, 20 e poucos anos, quando começou a trocar cartas na década de 70 com Otto Frank, pai da jovem vítima do Holocausto, Anne Frank. A amizade durou até a morte de Frank, aos 91 anos, em 1980. Os dois acabaram ficando amigos. Agora com 73 anos, Cooper doou uma coleção de cartas e lembranças de Frank para o U.S. Holocaust Memorial Museum, em Washington. Ele quer que os relatos sejam compartilhados para que as pessoas tenham uma compreensão mais profunda sobre o pai de Anne, cujo diário é considerado uma das obras mais importantes do século XX. “Ele era muito parecido com Anne; era um otimista”, disse Cooper. “Ele sempre acreditou que, no final, tudo daria certo”. Em suas cartas, que estão sendo digitalizadas, Frank se concentrou nas suas próprias lutas cotidianas.
Hoje Anne Frank completaria 90 anos. Enquanto o exército alemão ocupava a Holanda, os Franks se esconderam no sótão do escritório de Otto, em Amsterdã, mas foram descobertos e enviados para campos de concentração, onde Anne, sua irmã mais velha e sua mãe morreram – entre cerca de 6 milhões de judeus mortos pelos nazistas. Otto Frank foi o único membro da família a sobreviver.