Olavo David
Produtor e repórter multimídia do Meio. Formado em jornalismo, passou pelas redações do Jornal de Brasília e Metrópoles. É apaixonado por política, história e esportes - não necessariamente nessa ordem.
Produtor e repórter multimídia do Meio. Formado em jornalismo, passou pelas redações do Jornal de Brasília e Metrópoles. É apaixonado por política, história e esportes - não necessariamente nessa ordem.
A Polícia Federal saiu às ruas bem cedinho, na quinta, para deflagrar mais uma fase da Operação Lesa Pátria. Essa aí, você sabe, é aquela que não tem data para acabar e que tem como alvos partícipes e financiadores dos atos golpistas de 8 de janeiro do ano passado. Desta vez, quem recebeu um bom dia bem especial foi o deputado bolsonarista e líder da oposição na Câmara Carlos Jordy, do PL do Rio, investigado pelas relações que mantém com um dos organizadores da ‘Festa da Selma’ que os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) promoveram na Praça dos Três Poderes.
Ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal, Corte que também presidiu, Ricardo Lewandowski é o mais novo ministro da Justiça e Segurança Pública. Lewandowski assume no lugar de Flávio Dino, que deixou o Palácio da Justiça justamente para ir ao STF. A troca já era ventilada nos bastidores desde o fim do ano passado, mas ganhou ares públicos neste início de 2024. Agora, o presidente Lula anunciou de vez a ida de Lewandowski ao governo. É a segunda vez que o agora ministro da Justiça é indicado por Lula a um cargo. Em 2006, ainda no primeiro mandato do petista, o jurista foi o nome do presidente à Suprema Corte.
Num dia marcado pelas notas de apoio ao pe. Júlio Lancellotti e por derrotas sucessivas do presidente argentino, Javier Millei, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou as diretrizes para as Eleições Municipais de outubro deste ano. Além de cuidados e limites ao uso de Inteligência Artificial, como a obrigatoriedade de identificação das peças feitas com o recurso tecnológico, a Corte eleitoral estipulou também as punições para o uso indevido das ferramentas.
Na Argentina das últimas décadas, a pior crise econômica é sempre a seguinte. Após a eleição do extremista Javier Milei, a inflação, que batia na casa dos três dígitos há muitos anos, agora parece correr a galope solto. Em 15 dias de mandato, o novo ocupante da Casa Rosada aplicou medidas econômicas que dobraram os preços de produtos básicos, como as fraldas descartáveis, e já alcançaram cerca de 60% de incrementos em itens como a carne vermelha – um dos principais produtos de importação do país.
Tomou posse neste domingo o agora novo presidente da Argentina, Javier Milei. Ele, que é um populista de extrema-direita, chegou à Casa Rosada falando em “acabar com o populismo”. Em Buenos Aires, Milei recebeu a faixa do agora ex-presidente Alberto Fernandez, do espectro derrotado nas eleições de novembro, o peronismo. Logo na sequência, o novo chefe de Estado desprezou o tradicional discurso no Parlamento para falar com as massas, do lado de fora da sede do Legislativo.
Militares dos Estados Unidos e da Guiana realizaram exercícios aéreos conjuntos na região de Essequibo. Segundo a embaixada americana em Georgetown, as operações são de rotina e têm o objetivo de aprimorar a parceria militar e “fortalecer a cooperação regional”. Os exercícios estão em linha com as declarações do presidente guianense, Mohamed Arfaan Ali, de busca por aliados para assegurar a defesa da região no “pior cenário possível”. O Conselho de Segurança da ONU vai se reunir hoje para abordar o conflito territorial.
Na Câmara dos Deputados, recinto de muitos pré-candidatos às Prefeituras de suas cidades no ano que vem, uma parte dos parlamentares discute há algum tempo o aumento da verba disponível a quem desejar se candidatar nas Eleições Municipais de 2024. Para a próxima festa da democracia, parte da Câmara quer algo próximo a 4,9 bilhões de reais, o dobro do que foi disponibilizado nas eleições de 2020. Enquanto isso, uma maioria no Senado e alguns deputados de estados menores querem manter os 2,5 bilhões gastos no último pleito do tipo, com pequenas correções em face da inflação. O Congresso também avalia como irrigar o fundo eleitoral com dinheiro público. Uma proposta é reduzir a verba de alguns ministérios na votação do Orçamento de 2024, transferindo o dinheiro para o fundão.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, propôs ontem à Assembleia Nacional do país a criação de leis para estabelecer uma província venezuelana em Essequibo, área que hoje é da Guiana. Também ordenou que a estatal petroleira PDVSA conceda licenças para a exploração de petróleo e gás na região.
Diante da tensão na fronteira com a Venezuela, que pode se agravar devido ao plebiscito em que 95% dos eleitores aprovaram a anexação da região de Essequibo, que pertence à Guiana, o Exército brasileiro prepara o envio de 20 blindados a Pacaraima (RR). Se o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, levar adiante a invasão do território vizinho, obrigatoriamente teria de passar por Roraima.
Após se reunir com Lula, no sábado, o presidente da França, Emmanuel Macron, disse ser contra o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul, por entender que ele é “antiquado”, “mal remendado”. O francês argumentou que não há como defender esse modelo perante agricultores europeus, que cumprem metas de descarbonização. Eles não aceitariam, por exemplo, a derrubada de tributos para a entrada de produtos de agricultores que não cumprem essas metas em seus países. Lula, por sua vez, disse que a França sempre teve uma postura protecionista, mas que essa posição é minoritária entre dos demais países do bloco europeu.