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O clima de rivalidade eleitoral na Bolívia tem levado até a acusações entre velhos aliados. O ex-presidente Evo Morales acusou o ex-aliado e hoje adversário direto Luis Arce – atual mandatário boliviano – de orquestrar um autogolpe na Bolívia para aumentar sua popularidade.

A Polícia Federal esteve nas ruas ontem para cumprir dois mandados de prisão preventiva e 15 de busca e apreensão contra ex-diretores das Lojas Americanas. A Operação Disclosure mirava o ex-CEO da empresa, Miguel Gutierrez e uma outra diretora, Anna Christina Ramos Saicali, acusados de inside trading, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Lá na Bolívia, o Exército saiu às ruas no início da tarde, no horário de Brasília, e começou a realizar incursões suspeitas pelas ruas da capital. Atento a isso, o presidente Luis Arce foi às redes denunciar as “movimentações irregulares” da Força, que, a determinado momento, fincaram pé na praça Murillo, exatamente em frente ao palácio presidencial.Ex-comandante do Exército, José Juan Zuñiga, que havia sido afastado de seu posto na última semana por suspeita de corrupção e, justamente, de tramar um golpe de Estado, caiu de vez na terça-feira por ameaçar o ex-presidente Morales, que pretende voltar ao poder, como dito anteriormente. Senadores também abriram um processo judicial contra o militar. Após o motim de ontem, Zuñiga foi preso, momento no qual declarou que agiu a mando de Arce, que pretendia, segundo ele, um autogolpe.

O Supremo Tribunal Federal deu fim, ontem, a um julgamento que já durava nove anos.O placar ficou em 6 x 2 x 3. Gilmar Mendes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Rosa Weber e Cármen Lúcia votaram a favor da descriminalização. Dias Toffoli e Luiz Fux votaram no sentido de que a lei atual já não criminalizaria o usuário, de forma que a punição prevista nela não seria de natureza penal e deveria ser mantida. Já os ministros Cristiano Zanin, Nunes Marques e André Mendonça votaram para que o consumo continue a ser criminalizado.

Neste primeiro semestre de 2024, o Pantanal, uma área alagadiça, registrou a maior quantidade de focos de incêndio da história, segundo o Inpe. São 3.262 focos entre 1º de janeiro e 23 de junho, número 22 vezes maior do que o registrado no mesmo período de 2023, sendo que as queimadas no bioma são registradas desde 1988. Também ultrapassou os números do primeiro semestre de 2020, quando houve 2.534 focos, período que até então possuía o recorde de queimadas. A ministra Marina Silva veio a público dizer que a situação “é uma das piores já vistas”. Ontem, Marina ainda participou de uma reunião de emergência com os ministros Waldez Góes, do Desenvolvimento Regional, e Simone Tebet, do Planejamento, para estudar uma ampliação nos recursos para combate aos incêndios no bioma.

A Justiça Federal em São Paulo autorizou, no domingo, a extradição do palestino Muslim Abuumar, que veio ao Brasil com a esposa, o filho e a sogra. Eles desembarcaram em São Paulo na sexta-feira, mas logo foram abordados e retidos pela Polícia Federal do aeroporto de Guarulhos, por suspeita de que o pai seja da frente internacional do Hamas. De acordo com a decisão, o nome de Abuumar consta em lista de terroristas internacionais. Segundo a defesa, Muslim foi interrogado sem direito a tradutor ou contato com um advogado. O episódio de hoje também traz a decisão do STF que pode encerrar mandatos na Câmara e o fim da greve dos professores universitários.

No programa de hoje, a celeridade dada à tramitação do projeto de lei do deputado Sóstenes Cavalcante, (PL-RJ), fez com que o presidente da Casa baixa afrouxasse a corda no Parlamento. Segundo a Folha, Lira disse a interlocutores que vai frear projetos polêmicos nas próximas semanas. Com esse movimento do alagoano, pautas como a proibição de delação premiada a pessoas presas e a anistia a partidos políticos por mau uso da verba partidária devem ficar em suspenso.

O presidente Lula defendeu o ministro Fernando Haddad, chamando-o de “extraordinário”, a quem cabe o mérito de tentar “ajudar os empresários” com a MP da Compensação, devolvida pelo Legislativo. E disse que o debate sobre desoneração agora depende do Senado e dos empresários. E, Genebra para o G7, o presidente ainda defendeu atenção a um novo paradigma global, modificado após a pandemia e nas relações de trabalho. Por aqui, ministro Flávio Dino não se declara suspeito para relatoria do inquérito em cima do ex-colega Juscelino Filho, acusado de corrupção e formação de quadrilha.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a prisão de 208 pessoas acusadas de envolvimento nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Os alvos são investigados ou condenados pela invasão dos prédios dos Três Poderes e estavam em liberdade condicional, mas descumpriram medidas cautelares, como uso da tornozeleira eletrônica ou obrigação de recolhimento noturno.

As chuvas que castigam o Rio Grande do Sul desde o final de abril voltaram com força a Porto Alegre, deixando ruas e avenidas alagadas em diversos bairros e alimentando o medo de novas mortes. Em 15 horas, o volume de águas que caíram na capital gaúcha foi de mais de 100 milímetros, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Apesar do impacto do temporal, o prefeito Sebastião Melo (MDB) disse não ter sido pego de surpresa, mas que “a quantidade de chuva foi excessivamente forte”.