Saudades do que não ouvi
Em alguma tarde solar de meados da década de 1980, eu me vejo ainda menino atravessando os quarteirões que separam a rua Sá Ferreira, em Copacabana, da Praça General Osório. Fazia esse trajeto para gastar os trocados da mesada em algum LP na Motodiscos. Até que fosse autorizado a pegar condução, aquela era a loja mais próxima e, portanto, minha escolha estava restrita ao seu acervo. Mobilizado por dicas de familiares ou alguma informação extraída de jornais ou revistas, cada compra precisava ser muito refletida e ponderada. Cada LP era uma conquista.