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‘Derrotamos Bolsonaro, não o bolsonarismo’, diz Lula

Jair Bolsonaro foi derrotado em 2022, mas os bolsonaristas seguem ativos. A avaliação foi feita pelo presidente Lula na tarde de ontem durante um evento com metalúrgicos em São Bernardo do Campo (SP), berço do PT. Segundo ele, a presença de “malucos na rua ofendendo pessoas” é uma indicação de que o efeito social do governo anterior ainda é sentido. “Nós vamos dizer pra eles que queremos fazer com que esse país volte a ser civilizado”, afirmou. O presidente citou especificamente o incidente em que um apoiador de Bolsonaro teria ofendido o ministro do STF Alexandre de Moraes e agredido o filho deste em Roma. O caso está sendo investigado pela Polícia Federal. (UOL)

Lula deve se submeter até o fim do ano a uma cirurgia no quadril, segundo informação divulgada ontem pela assessoria do Planalto. O presidente tem artrose, um desgaste precoce das cartilagens que ocasiona dores. Ele ontem fez um procedimento em São Paulo para aliviar os efeitos da doença. A cirurgia não é considerada de urgência. (Poder360)

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Geraldo Alckmin (PSB), que acumula a vice-presidência com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, prepara uma “agenda positiva” para fazer frente à demanda do Centrão por cargos. Segundo a Coluna do Estadão, ele deve anunciar amanhã investimentos de R$ 727 milhões na Zona Franca de Manaus em projetos que podem gerar mil empregos na região. O anúncio vem num momento em que se fala em substitui-lo (no ministério, claro) pelo também socialista Márcio França, que passaria a pasta dos Portos e Aeroportos para o Centrão. O PSB, porém, resiste à mudança, que diminuiria seu espaço no primeiro escalão. Paralelamente, os constantes encontros de Alckmin com prefeitos e políticos paulistas levantam a especulação de que ele poderia se candidatar novamente ao governo de São Paulo em 2026. Embora o assunto não seja tratado abertamente, é dado como certo que a candidatura só aconteceria com o apoio do presidente Lula e do PT. (Estadão)

Enquanto isso... O presidente vem tentando ganhar tempo antes de fechar a reforma ministerial que levará o Centrão oficialmente para dentro do governo. Lula busca, ao mesmo tempo, serenar os ânimos com quem vai perder o cargo e garantir que as nomeações se traduzam de fato em votos no Congresso. (Metrópoles)

Formalmente, Valdemar Costa Neto é o presidente do PL, mas ele admite que as cartas no partido hoje são dadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro a quem chamou de “máquina de votos”. O (não mais) mandachuva da legenda, porém, avalia que este errou “na comunicação” ao ficar contra a reforma tributária na Câmara, e estima que é possível mudar essa posição quando a matéria for analisada no Senado. Sobre as brigas constantes nos grupos de WhatsApp do partido, Costa Neto diz que houve uma “explosão da direita” e que vai conversar com grupos dentro do partido para buscar uma convivência mais harmoniosa. (Folha)

Mas o clima continua quente dentro do bolsonarismo. Da prisão, o ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) escreveu uma carta desmentindo o senador Marcos do Val (Podemos-ES) e negando ter tratado com este e com Bolsonaro sobre um plano golpista. Val, chamado de “maluco” por Silveira, diz que os três discutiram gravar conversas com Alexandre de Moraes, presidente do TSE, que pudessem soar comprometedoras. (CNN Brasil)

Para ler com calma. Em tese, o teto para a remuneração de um servidor público é o salário dos ministros do STF, R$ 41,6 mil brutos. Porém, em maio, 12,2 mil juízes, desembargadores, ministros e conselheiros de cortes — mais da metade dos 24 mil magistrados do país — ganharam acima desse valor. O desrespeito ao teto acontece por meio de penduricalhos como diárias, auxílios e licenças convertidas em dinheiro. Os valores mais altos, chegando a R$ 677 mil em um único mês, foram pagos pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. (UOL)

O tradicional Partido Popular (PP), da direita moderada espanhola, recebeu mais votos nas eleições nacionais, realizadas ontem, mas não conseguiu formar maioria no Parlamento. O partido liderado por Alberto Núñez Feijóo obteve 136 cadeiras, 47 a mais do que nas eleições de 2019, porém o Vox de extrema direita perdeu 19 cadeiras, ficando com 33. Com isso, a coalizão não obteve os 176 assentos necessários para formar um novo governo. O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), do atual presidente Pedro Sánchez, ficou com 122 lugares, enquanto o outro partido de esquerda, o Sumar, teve 31. Caso o PP não consiga formar uma aliança mais ampla nas próximas semanas, a Espanha terá novas eleições, o que garante sobrevida política a Sánchez. (g1)

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Viver

Com moral em alta e muita expectativa, o Brasil estreia hoje na Copa do Mundo 2023. A Canarinha conta com a motivação da multicampeã Marta para ganhar o primeiro título da competição, que chega à nona edição na Austrália e na Nova Zelândia. A Copa da Oceania vem depois de dois recordes de audiência, em 2015, no Canadá, e 2019, na França, e promete ser a maior da história do torneio. A Seleção Brasileira está alocada no grupo F e dá o primeiro pontapé no certamente frente ao Panamá, a partir das 8h. A partida será transmitida pela Globo, na TV aberta, pelo SporTV, nos canais por assinatura, e pela CazéTV, no Youtube. (Globo Esporte)

Um estudo da ONU e do Global Health Impact Group publicado na revista Lancet afirma que portadores de HIV com baixa carga viral - ainda que detectável - e que fazem uso de retrovirais têm risco quase nulo de contaminar seus parceiros sexuais. Segundo a publicação, o risco de transmissão é perto de zero quando o patógeno é suprimido, ou seja, há menos de 1 mil cópias de vírus por ml de sangue. Já os pacientes que têm carga viral indetectável por testes não correm risco de transmitir o vírus pelo sexo. Em 2022, 76% das 39 milhões de pessoas que viviam com HIV faziam tratamento retroviral. Destas, 71% estavam com o vírus suprimido. (Globo)

Cotidiano Digital

Adeus, passarinho. O bilionário Elon Musk anunciou ontem no Twitter que a rede deixaria de se chamar Twitter — anunciou ontem e já implementou, agora pela manhã de segunda, a transformação. O pássaro azul, que inspira o nome do Twitter em inglês, deu lugar ao X, nome da preferência de Musk e onipresente em todas suas companhias. Em uma série de postagens com a letra X, o empresário pediu que os usuários da rede social mudassem a cor padrão da plataforma para preto. (The Verge)

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A chegada do Threads, lançado pela Meta, agitou a internet e acendeu uma briga com o Twitter. Entretanto, segundo dados divulgados pelo The Wall Street Journal, a plataforma perdeu fôlego e enfrenta queda de usuários e engajamento apenas duas semanas após ser aberto ao público. A Meta afirmou que esperava um declínio depois que o aplicativo chegou a 100 milhões de usuários inscritos. A empresa disse que não vê a queda com preocupação e que trabalha para lançar novos recursos para o Threads. (g1 e The Wall Street Journal)

O governo dos EUA firmou um acordo com gigantes de tecnologia para criar novas medidas de controle e fiscalização ao uso da Inteligência Artificial (IA). O anúncio veio após reunião da Casa Branca com sete empresas líderes em IA: Amazon, Anthropic, Alphabet (Google), Inflection, Meta, Microsoft e OpenAI. As companhias concordaram em respeitar mecanismos para garantir que os produtos com IA sejam seguros antes de apresentá-los ao público, permitindo que especialistas de segurança independentes testem seus sistemas antes de serem lançados. O acordo também prevê que sejam criadas marcas d’água em conteúdos com IA para reduzir a desinformação, entre outras obrigações. O acordo, no entanto, é voluntário e uma maneira imediata de lidar com os riscos da IA. Especialistas defendem que o Congresso aprove leis que regulem a tecnologia. (Estadão)

Cultura

A era dos crooners na música dos EUA chegou ao fim na sexta-feira com a morte, aos 96 anos, de Tony Bennett (Spotify), classificado pelo rival e amigo Frank Sinatra (1915-1998) como “o maior cantor popular do mundo”. Nascido Anthony Dominick Benedetto, em Nova York, estreou em 1951 com o compacto Because of You (Spotify) e, 11 anos, depois, lançou seu maior sucesso, I Left My Heart In San Francisco (Spotify). Ao contrário de outros veteranos, soube fazer uma ponte com as novas gerações, fazendo duetos de sucesso com Amy Winehouse, Diana Krall e Lady Gaga. Era um admirador da música brasileira, e sua versão para Corcovado, do Tom Jobim, está entre suas gravações essenciais. Dono de 18 Grammys, continuou a se apresentar e gravar até 2021, mesmo diagnosticado com a doença de Alzheimer. A comoção com a morte de Bennett atingiu do presidente Joe Biden a astros pop como Elton John. (Variety)

O fenômeno ‘Barbieheimer’, que começou como preocupação pelo lançamento no mesmo dia de dois dos filmes mais aguardados do ano, virou jogada de marketing e rendeu frutos no primeiro fim de semana de exibição nos EUA. Barbie (trailer), de Greta Gerwig, mais “diversão familiar” e em cartaz em um número maior de salas, liderou a bilheteria com US$ 115 milhões. Mas Oppenheimer (trailer), de Christopher Nolan, um drama denso sobre o criador da bomba atônica com três horas de duração, abiscoitou US$ 80 milhões, quase o dobro do que esperavam seus produtores. Quem se deu mal foi Tom Cruise. Seu Missão: Impossível: Acerto de Contas - Parte 1 (trailer), que estreou uma semana antes, viu sua arrecadação desabar 64% com a chegada dos concorrentes. (Globo)

A ditadura islâmica do Irã proibiu neste fim de semana o 13ª edição do Festival de Curtas-metragens de Isfa. O motivo foi um cartaz de divulgação com evento com uma foto da atriz Susan Taslimi sem o véu cobrindo os cabelos. A imagem é do filme A Morte de Yazdguerd, lançado em 1982, um ano antes da lei que tornou o véu obrigatório para mulheres de qualquer religião. (Estadão)

Já a Malásia, outro país de maioria muçulmana, interrompeu o festival Good Vibes, que acontecia em sua capital, Kuala Lumpur, após o show da banda inglesa The 1975 (Spotify). O vocalista Matt Healy deu um beijo na boca do baixista Ross MacDonald no palco em protesto contra a legislação homofóbica do país. A comunidade LGBTQIA+ malaia, porém, não apoiou o grupo, dizendo o ato pode aumentar a perseguição. (CNN)

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