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Com apoio da base, Câmara aprova urgência para analisar MP do IOF

Imagem: Reprodução/TV Câmara

O governo até que tentou, mas no final sofreu uma dura derrota no Congresso na noite desta segunda-feira. Mesmo com a promessa de liberação rápida de emendas parlamentares, a Câmara aprovou o pedido de urgência para analisar a medida provisória com propostas para ampliação da arrecadação, como o aumento do IOF. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, chegou a ir ao Congresso para informar pessoalmente aos líderes partidários que o governo estava disposto a liberar R$ 2 bilhões em emendas até o fim deste mês. Não adiantou. O pedido de urgência foi aprovado com facilidade (346 votos a favor e 97 contra) com apoio de partidos da base aliada como PDT, PP, Republicanos, PSD e União Brasil, cujas bancadas votaram inteiramente pelo projeto. No MDB, apenas um deputado, Hildo Rocha (MA), votou contra. (g1)

Durante a investida da tarde, o governo chegou a acreditar que havia conseguido convencer os parlamentares a adiar a votação. Extraoficialmente, os deputados prometeram ampliar o prazo para “analisar” o projeto. Segundo acordo que chegou a circular entre os governistas, o tema não seria debatido por duas semanas, bem no meio das festas juninas, que paralisam a Câmara e o Senado. Depois das quadrilhas, dos quentões e das cocadas, o assunto voltaria à pauta. (Globo)

Mais cedo, Gleisi saiu em defesa do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), alvo de críticas constantes de integrantes do governo por suas idas e vindas nas negociações sobre o aumento do IOF. Segundo ela, Motta e Lula têm tido uma relação respeitosa, marcada pela responsabilidade e pela firmeza. (Folha)

O Planalto parecia tão confiante, que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, decidiu tirar seu time de campo. Literalmente. Haddad saiu de férias nesta segunda-feira e, em seu lugar, ficou o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan. Lula, por sua vez, viajou para o Canadá onde vai participar da reunião de Cúpula do G7 como convidado. Haddad volta a Brasília na próxima segunda. (UOL)

Mas, ao final, o governo parece ter se dado por vencido. O próprio líder do governo na Câmara, o deputado José Guimarães (PT-CE), liberou a bancada para votar como achasse melhor. Os parlamentares prometeram que apenas a urgência seria votada essa semana. A ver. (Globo)

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deve manter aberto o inquérito que investiga as milícias digitais pelo menos até 2026. De acordo com ministros e interlocutores com acesso ao Supremo, Moraes vem afirmando que o inquérito não pode ser encerrado por conta das eleições do ano que vem. A avaliação do ministro é de que 2026 será um ano tão ou mais conturbado no cenário político do que foi 2022. (Folha)

Qual o papel dos BRICS em um mundo multipolar? Esta é a pergunta a que se propõe responder a segunda temporada da minissérie Vale a Pena Perguntar, da Fundação FHC, que estreia hoje no YouTube. Tendo como pano de fundo a cúpula do bloco, em 6 e 7 de julho, no Rio, sob a presidência do Brasil, a série aborda as vantagens, os dilemas e os desafios que a participação neste nesse grupo traz para o país.

Em uma guinada de 180 graus, o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou na noite de ontem uma declaração conjunta dos países do G7 reafirmando o direito de defesa de Israel e classificando o Irã como “principal fonte de instabilidade e terror” no Oriente Médio. Os dois países estão em conflito aberto desde a última quinta-feira, quando Israel bombardeou alvos militares e nucleares iranianos. Mais cedo, Trump havia rejeitado o documento. Em seguida, o americano deixou antecipadamente a cúpula no Canadá, onde permaneceria até hoje para tratar da guerra entre Rússia e Ucrânia. Ele negou, porém, que tenha voltado para casa mais cedo para negociar um cessar-fogo entre Teerã e Tel Aviv. (New York Times)

Antes de deixar a cúpula, Trump usou sua rede social própria, o Truth Social, para recomendar que os iranianos abandonassem sua capital. “O Irã não pode ter uma bomba nuclear, eu já disse repetidas vezes. Todos devem evacuar Teerã imediatamente”, escreveu ele. (Haaretz)

No quinto dia de conflito, um bombardeio israelense matou o major-general Ali Shadmani, comandante das Forças Armadas iranianas, que estava havia apenas quatro dias no cargo. Ele substituía Gholam Ali Rashid, morto no primeiro ataque israelense. Segundo o governo de Israel, o Irã disparou pelo menos 30 mísseis contra o país nesta manhã, com explosões ouvidas em Tel Aviv e Jerusalém, deixando cinco pessoas com ferimentos leves. (BBC)

Em meio à escalada de ataques israelenses contra sua infraestrutura civil e militar, o Irã anunciou que pode estar próximo de deixar o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, do qual é signatário desde 1970. Em comunicado enviado pelo Ministério das Relações Exteriores, o país afirmou que prepara uma lei a ser enviada ao Congresso para sair do acordo criado em 1968. Ao todo, 189 países ratificaram o tratado, e, ao longo de mais de 50 anos, apenas a Coreia do Norte o abandonou. Israel, Índia e Paquistão nunca o assinaram e possuem hoje bombas atômicas, embora o governo israelense não o admita oficialmente. (Reuters)

Mesmo sem ter seus principais centros de enriquecimento de urânio comprometidos, o país dos aiatolás deu indícios de que estaria disposto a voltar para a mesa de negociação para encerrar ou, ao menos, reduzir a intensidade do conflito. De acordo com uma reportagem exclusiva do Wall Street Journal, o Irã teria buscado canais indiretos para informar a Israel e aos Estados Unidos que não tem interesse em manter as hostilidades. Países do Golfo, como o Catar, estariam atuando como interlocutores entre a nação persa e os Estados Unidos. (WSJ)

Sem poder de reação contra os caças israelenses, que sobrevoam livremente o país, Teerã tenta contabilizar os estragos contra sua infraestrutura, o número de vítimas em áreas civis e, principalmente, o impacto político que isso pode ter sobre sua população. Ainda não há sinais de revolta popular contra o regime dos aiatolás. Mas cenas de caos tomam as principais cidades do país, em especial Teerã, de onde centenas de milhares de pessoas tentam fugir nos últimos dias. A grande dúvida que paira no país é até quando o regime conseguirá manter o controle sobre seus dissidentes. (Economist)

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Viver

Museu mais visitado do mundo, o Louvre fechou suas portas temporariamente, nesta segunda-feira, com o início da greve dos funcionários contra o turismo de massa. Milhares de visitantes foram pegos de surpresa com o impedimento de suas entradas, mesmo com ingressos na mão. Atendentes, bilheteiros e seguranças se recusaram a assumir seus postos, em protesto às multidões incontroláveis e falta crônica de pessoal. (g1)

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A Justiça da Espanha condenou quatro pessoas à prisão, nesta segunda-feira, por pendurar um “boneco enforcado” com a camisa de Vinicius Jr., brasileiro que joga no Real Madrid. Três dos réus receberam pena de 14 meses de prisão por crimes de ódio e ameaça, enquanto um outro teve pena sete meses mais longa por ter divulgado imagens do ato na internet. Eles também terão de ficar longe do jogador e pagar multas, que variam de 720 a 1.084 euros (cerca de R$ 4,6 mil a R$ 7 mil). (UOL)

Mesmo seis meses após a publicação do novo protocolo para tratamento do câncer de mama pelo Ministério da Saúde, os medicamentos recomendados ainda não foram disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Publicado com dois anos e meio de atraso, o documento traz atualizações sobre o manejo da doença no país, como a disponibilização de inibidores de ciclina incorporados pela equipe técnica da pasta, em dezembro de 2021. A política nacional estabelece que um fármaco aprovado pela Conitec deve chegar ao paciente em até 180 dias, o que já configura atraso de três anos. A pasta afirma que “a incorporação dos novos medicamentos segue com prioridade”. (Folha)

O Brasil levou 20 leões, entre eles o Grand Prix e três ouros, no primeiro dia de Cannes Lions, maior premiação publicitária do mundo. O destaque brasileiro foi a campanha One Second Ads, da agência Africa para a Budweiser/Ambev, conquistando ouro e o principal prêmio da categoria Audio & Radio. (Estadão)

Panelinha no Meio. Numa boa festa junina, simplicidade é muitas vezes a melhor estratégia. Um bom exemplo é o amendoim doce, que fica pronto em instantes e pode ser feito com antecedência e guardado para quando a fogueira for acesa.

Cultura

A Academia Brasileira de Cinema anunciou nesta segunda-feira os indicados ao Prêmio Grande Otelo, maior honraria do cinema nacional. Vencedor do Oscar de melhor filme internacional, Ainda Estou Aqui lidera as nomeações desta 24ª edição, em 15 categorias, incluindo melhor filme, direção, ator, atriz e roteiro adaptado. Outros longas de destaque em 2024, como Baby, de Marcelo Caetano; Motel Destino, de Karim Aïnouz; e Malu, de Pedro Freire, também são outros grandes concorrentes. A cerimônia de premiação acontece em 30 de julho, na Cidade das Artes, Rio de Janeiro. (gshow)

O evento era mexicano, mas o Brasil fez a festa no Festival de Cinema de Guadalajara, ao levar os principais prêmios da seção ibero-americana. O longa de Gabriel Mascaro, O Último Azul, venceu a categoria de melhor filme de ficção, e A Melhor Mãe do Mundo, de Anna Muylaert, conquistou os prêmios de melhor roteiro, fotografia e atuação para a protagonista Shirley Cruz. Já a espanhola Eva Libertad recebeu a estatueta de melhor diretora por seu aclamado drama Deaf. A 40ª edição ainda contou com a nova categoria de cinema de gênero, vencida por Los Inocentes, de Germán Tejada. (Variety)

A Biblioteca Britânica anunciou que vai reativar o passe de leitor de Oscar Wilde, 130 anos após ter o direito cancelado, por ter sido condenado a dois anos de prisão com trabalhos forçados por “indecência grave”, em 1895. Naquela época, a homossexualidade era ilegal no Reino Unido, quando foi acusado de sodomia. Em uma cerimônia marcada para 16 de outubro, a biblioteca entregará um novo passe simbólico a seu neto, com a presença do ator Rupert Everett, que interpretou o escritor no filme O Príncipe Feliz, em 2018. Após a prisão de Wilde, sua esposa, Constance, fugiu com os dois filhos do casal e mudou o sobrenome da família para Holland. (Globo)

Cotidiano Digital

Onze anos após ter desembolsado US$ 19 bilhões para comprar o WhatsApp, a Meta anunciou que vai começar a exibir anúncios na aba “Atualizações” do aplicativo de mensagens, um espaço separado das conversas privadas. As campanhas vão aparecer no formato de “status”, semelhante aos stories do Instagram, para estimular a interação dos usuários com as empresas. A companhia também vai monetizar os Canais, liberando anúncios de busca e permitindo que administradores cobrem mensalidades de seguidores, com direito a conteúdo exclusivo. (CNBC)

O Instagram começou a testar um recurso que permite repostar publicações de outros usuários diretamente no feed, algo semelhante ao retweet do X ou ao repost do Threads. A ideia é oficializar uma prática que hoje acontece por outros aplicativos. A novidade, no entanto, vem no momento em que a rede social enfrenta uma crise de confiança entre usuários. Nas últimas semanas, milhares de perfis foram banidos ou suspensos sem explicação, gerando reclamações em massa no Reddit e no X. Muitos apontam a ideia de falhas em sistemas de moderação por inteligência artificial como causa provável, já que a IA poderia estar automatizando a exclusão de perfis. (TechCrunch)

A ideia de que cada país precisa ter sua própria inteligência artificial, com modelos treinados segundo a língua, cultura e contexto local, parecia um devaneio de Jensen Huang, CEO da Nvidia. Mas a Europa começou a levar o conceito de “IA soberana” a sério. Em uma maratona por Londres, Paris e Berlim, Huang anunciou parcerias bilionárias, como a construção de um data center com a francesa Mistral e uma nuvem de IA com a Deutsche Telekom na Alemanha. Além disso, o premiê britânico, Keir Starmer, liberou 1 bilhão de libras para computação de alto desempenho, enquanto Emmanuel Macron chamou a infraestrutura de IA de “nossa luta pela soberania”. (Reuters)

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