UE multa Apple e Meta por violar nova lei de concorrência digital
A Comissão Europeia multou a Apple em € 500 milhões (mais de R$ 3 bilhões) e a Meta em € 200 milhões (mais de R$ 1 bilhão) por violarem a Lei dos Mercados Digitais, aprovada em 2022. A norma regula práticas anti concorrência das big techs. Segundo os reguladores, a Apple restringiu a comunicação direta entre desenvolvedores e usuários na App Store, enquanto a Meta forçou seus clientes a escolher entre aceitar o uso de dados para anúncios ou pagar por versões sem publicidade de Facebook e Instagram. Ambas as empresas anunciaram que vão recorrer. As punições ocorrem em um momento de tensão nas relações comerciais entre Estados Unidos e Europa, reacendidas com as novas tarifas de Donald Trump. Apesar disso, Bruxelas afirma que as sanções têm caráter técnico. A Apple e a Meta têm agora 60 dias para se adequar às exigências ou poderão sofrer novas penalidades. (New York Times)
Redes sociais podem apoiar saúde mental de jovens, mostra estudo
Apesar de críticas e alertas crescentes sobre os danos das redes sociais à saúde mental de jovens, uma nova pesquisa do Pew Research Center mostra resultados ambíguos. Segundo o levantamento, 74% dos adolescentes nos EUA afirmam que as plataformas os fazem sentir mais conectados aos amigos, e 63% dizem que os espaços online são importantes para expressar sua criatividade. Muitos jovens enxergam as redes como aliadas, especialmente os LGBTQIA+ não brancos, os quais 53% dizem se sentir seguros e compreendidos no TikTok. Mais de um terço dos adolescentes também afirmaram usar redes para pesquisar sobre saúde mental, mas o estudo não aprofundou se essas informações são confiáveis. Por outro lado, o uso excessivo impacta negativamente o sono (45%) e a produtividade (40%). Para 48%, as redes fazem mal para os colegas, mas só 14% acham que afetam a si próprios da mesma forma. Embora apenas uma minoria diga ser afetada negativamente, quase metade reconhece passar tempo demais conectada. (TechCrunch e Globo)
O sistema espanhol que prometeu proteger mulheres, mas não salvou Lina
VioGén. Esse é o nome de um sistema baseado em algoritmos, usado na Espanha desde 2007 para monitorar casos de violência de gênero contra a mulher. Quando uma vítima chega à delegacia para denunciar um agressor, responde a 35 perguntas que avaliam o tipo de violência sofrida, a frequência, a gravidade, se o agressor tem acesso a armas, entre outros fatores. Com base nas respostas, o sistema define o risco de reincidência — "insignificante", "baixo", "médio", "alto" ou "extremo" — e determina o tipo de acompanhamento policial necessário. A ferramenta, desenvolvida por acadêmicos e pela polícia espanhola, é considerada essencial na gestão de cerca de 10 denúncias diárias em cidades como Málaga. Mas o caso de Lina, morta em janeiro após denunciar o ex-companheiro, coloca em xeque os limites do sistema.
Google é condenado por monopólio em tecnologia de anúncios nos EUA
Um tribunal federal dos EUA condenou o Google por violar leis antitruste ao manter, de forma deliberada, monopólio no setor de tecnologia de publicidade online. A decisão dá razão ao Departamento de Justiça, que acusou a empresa de práticas anticompetitivas nos mercados de servidores e bolsas de anúncios. Segundo a juíza Leonie Brinkema, o Google usou integrações tecnológicas e contratos para proteger seu domínio no setor por mais de uma década, prejudicando editores e usuários. A empresa, em resposta, disse ao Verge ser parcialmente vitoriosa, por vencer pontos do processo, e prometeu recorrer da outra parte, em que foi derrotada. O caso marca mais uma derrota judicial relevante para o Google, que também enfrenta ações semelhantes envolvendo suposto monopólio de seu buscador. (The Verge)
Blue Origin lança primeira tripulação exclusivamente feminina em 60 anos
A Blue Origin lançou seu 11º voo espacial tripulado nesta segunda-feira com uma equipe exclusivamente feminina, incluindo a cantora Katy Perry e a jornalista Gayle King. O foguete New Shepard decolou em uma rápida viagem de subida e descida de 105 quilômetros de altura, em um passeio de 10 minutos com gravidade zero. A tripulação de seis pessoas também incluía Lauren Sanchez, ex-jornalista e noiva do CEO Jeff Bezos, a ex-cientista de foguetes da Nasa Aisha Bowe, a cientista Amanda Nguyen e a produtora de cinema Kerianne Flynn. Esse foi o primeiro voo espacial exclusivamente feminino desde 1963, quando a cosmonauta soviética Valentina Tereshkova decolou sozinha, tornando-se a primeira mulher no espaço, ficando três dias fora da Terra. (CNBC)
X é investigado na Europa por usar postagens públicas para treinar IA
A rede social X, de Elon Musk, está sendo investigada por autoridades da União Europeia por usar dados públicos em seus modelos de inteligência artificial. O alerta veio da Comissão Irlandesa de Proteção de Dados, que atua na privacidade digital no bloco. O foco da investigação é o Grok, o chatbot da empresa, que estaria sendo treinado com base em publicações feitas por usuários na plataforma. A questão levantada é que mesmo as postagens sendo públicas, a coleta em massa desses dados para alimentar uma IA, desrespeita transparência, consentimento e o uso ético da informação. Segundo o comunicado oficial, a investigação cobre conteúdos acessíveis no X, postados por usuários que estão tanto na União Europeia quanto no Espaço Econômico Europeu. (UOL e AFP)
Meta amplia medidas de proteção e restrições para adolescentes
A Meta anunciou nesta terça-feira que está expandindo o recurso “Contas de Adolescentes” para o Facebook e o Messenger, após implementá-lo no Instagram no ano passado. A novidade, que chega inicialmente aos EUA, Reino Unido, Austrália e Canadá, inscreve automaticamente usuários com menos de 16 anos em uma experiência com proteções reforçadas, com restrições de mensagens, marcações e comentários. A intenção é limitar a exposição a conteúdos inapropriados e interações indesejadas, em meio à crescente pressão de autoridades para maior responsabilidade das redes sociais na proteção da saúde mental dos jovens. Entre as novas funcionalidades, adolescentes receberão lembretes para saírem dos apps após uma hora de uso diário e terão as contas colocadas automaticamente em “modo silencioso” à noite. No Instagram, menores de 16 anos também precisarão da autorização dos pais para realizar lives ou desativar o filtro que desfoca imagens com nudez suspeita. A Meta informou que já moveu 54 milhões de contas para o novo modelo e que 97% dos adolescentes entre 13 e 15 anos mantêm as proteções ativas. (TechCrunch)
Como provar ser humano na era da IA, mas sem abdicar da privacidade?
Em janeiro de 2024, uma selfie de verificação de identidade, gerada por inteligência artificial, viralizou no Reddit e conseguiu driblar redes sociais. Mesmo em um fórum especializado, usuários ficaram confusos e houve um debate sobre a foto ser ou não verídica e tirada por humanos. A postagem já foi apagada, mas a discussão segue atual à medida que semanalmente as atualizações e sofisticações das empresas de IA impressionam pela qualidade.
Meta lança nova coleção de modelos de IA com Llama 4
A Meta lançou neste sábado uma nova coleção de modelos de IA, o Llama 4, nas versões Scout, Maverick e Behemoth. Enquanto os dois primeiros estão disponíveis no Llama.com e nos parceiros da Meta, incluindo a plataforma de desenvolvimento de IA Hugging Face, o último ainda está em treinamento. A companhia afirma que o Meta AI, seu assistente com tecnologia de IA em aplicativos como WhatsApp, Messenger e Instagram, foi atualizado para usar o Llama 4 em 40 países. Por enquanto, os recursos multimodais estão limitados aos EUA e em inglês. Os pontos fortes do Scout estão em tarefas como resumo de documentos e raciocínio sobre grandes bases de código, chegando a 10 milhões de tokens, executado em uma única GPU Nvidia H100. (TechCrunch)