As notícias mais importantes do dia, de graça

Cotidiano Digital

Assine para ter acesso básico ao site e receber a News do Meio.

Demissões no regulador financeiro dos EUA levantam preocupações sobre big techs

Por volta de 20 tecnólogos do Consumer Financial Protection Bureau (CFPB) foram demitidos, desmantelando uma equipe especializada em analisar a entrada das big techs no setor financeiro, segundo informações confirmadas pelo The Verge. O órgão é uma agência independente do governo e é responsável pela proteção ao consumidor no setor financeiro. Musk, que lidera o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), está à frente da redução da força de trabalho federal, conforme ordem executiva do ex-presidente Donald Trump. Ex-funcionários alertam que a remoção desses especialistas pode enfraquecer a fiscalização de práticas potencialmente prejudiciais das gigantes de tecnologia, dificultando investigações. Além disso, há preocupações sobre o acesso do DOGE a informações sigilosas coletadas pelo CFPB. Segundo um documento interno citado pelo The Verge, os dados incluem detalhes de investigações e informações de mercado que podem beneficiar empresas privadas – como a própria X, de Musk. (The Verge)

Airbnb anuncia uso de IA para atendimento, mas adia planejamento de viagens

O CEO do Airbnb, Brian Chesky, revelou que a empresa começará a usar inteligência artificial em seu sistema de suporte ao cliente ainda este ano. A revelação foi feita durante a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2024. Chesky afirmou que, apesar do potencial da IA, a tecnologia ainda está “muito no início” para auxiliar no planejamento de viagens, comparando o momento atual da IA com a internet nos anos 90. A empresa, que registrou lucro de US$ 2,48 bilhões no último trimestre, prevê que a IA ajude a melhorar a eficiência no atendimento e, futuramente, atue como um concierge digital. No entanto, o impacto mais amplo na produtividade, segundo ele, ainda deve levar alguns anos para se concretizar. (TechCrunch)

Apple e Google restauram TikTok nos EUA após suspensão da proibição

Apple e Google voltaram a disponibilizar o TikTok em suas lojas de aplicativos nos EUA na noite de ontem, quase um mês depois da remoção do app em cumprimento a uma lei de segurança nacional que previa sua proibição. A decisão veio após a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, afirmar que a restrição não seria aplicada de imediato. Além do TikTok, outros aplicativos da ByteDance, como o editor de vídeo CapCut e a rede social Lemon8, também foram restaurados. Apesar da Suprema Corte ter mantido a legislação, Donald Trump, ao assumir a presidência, assinou uma ordem executiva adiando a proibição e dando à ByteDance um prazo adicional de 75 dias para encontrar um comprador. Desde então, o ex-presidente sugeriu que os EUA poderiam adquirir 50% do TikTok por meio de uma joint venture com empresas de tecnologia. Oracle e Microsoft estariam na disputa pela compra do aplicativo. Mesmo em meio às incertezas, o TikTok popular nos EUA e foi o segundo app mais baixado no país em 2024, com 52 milhões de downloads. (TechCrunch)

Apple apresenta novo iPhone SE em 19 de fevereiro

Em um post no X, o CEO da Apple anunciou que a companhia lançará seu novo dispositivo em 19 de fevereiro. A expectativa é de que a empresa revele a nova geração do iPhone SE, que não é atualizada desde 2022. Rumores indicam mudanças importantes no modelo, como uma tela maior, remoção do botão home, adoção do Face ID e inclusão do chip A18, que dará suporte ao Apple Intelligence. Além disso, o aparelho pode estrear o primeiro modem celular desenvolvido internamente pela Apple, trazer um botão de ação e uma única câmera traseira. (The Verge)

YouTube Shorts lança recurso com IA para gerar vídeos

Os criadores de conteúdo do YouTube Shorts nos EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia poderão gerar videoclipes com inteligência artificial por meio do Veo 2, um modelo de vídeo do Google DeepMind. A novidade, que deve ser expandida para outros países futuramente, é integrada ao recurso Dream Screen e permite criar vídeos autônomos com comandos de texto, além de aplicar estilos e efeitos cinematográficos. Os vídeos gerados serão marcados com a ferramenta SynthID, que insere marcas d’água invisíveis para identificar conteúdo criado por IA. Apesar da sinalização, há o desafio de evitar que o conteúdo engane os espectadores. (TechCrunch)

Sony reverte queda global e vendas do PS5 disparam

A Sony vendeu 9,5 milhões de consoles PlayStation 5 em todo o mundo durante os últimos três meses de 2024, mais de um milhão a mais do que no ano anterior, revertendo sua tendência de queda. No total, a gigante japonesa já vendeu mais de 75 milhões de consoles PS5 desde seu lançamento, no fim de 2020. As vendas de software e os números de assinantes também subiram, com os lucros na divisão de jogos crescendo 37%. A Sony não anunciou quantas dessas vendas foram do PS5 Pro, lançado em novembro. Além disso, o número de usuários ativos mensais na PlayStation Network foi recorde: 129 milhões no último trimestre. (Verge e Eurogamer)

Adobe aposta em IA generativa com nova assinatura do Firefly

A Adobe anunciou um novo serviço de assinatura para sua linha de IA generativa Firefly, permitindo que usuários tenham acesso aos modelos de geração de imagens, vetores e vídeos da empresa. O plano Standard custará US$ 9,99 por mês, oferecendo 2 mil créditos mensais, suficientes para criar até 20 vídeos de cinco segundos gerados por IA. Já o plano Pro, de US$ 29,99 por mês, permite a criação de 70 vídeos no mesmo período. Um plano Premium também está em desenvolvimento, mas ainda sem preço definido. O novo modelo de vídeo da Firefly permite transformar textos e imagens em vídeos curtos e oferece personalização de ângulos de câmera, movimento e proporção de tela. A tecnologia competirá diretamente com o Sora, da OpenAI, e o Gen-3 Alpha, da Runway, além do Veo, do Google DeepMind. Diferente de alguns concorrentes, a Adobe destaca que seu modelo foi treinado com um banco de dados licenciado, sem conteúdo protegido por direitos autorais ou imagens impróprias. (TechCrunch)

Apple lança estudo de saúde com dados de iPhones, Apple Watches e AirPods

A Apple anunciou o lançamento do Apple Health Study, um estudo que coletará dados de usuários de iPhones, Apple Watches e AirPods para investigar novas relações entre diferentes áreas da saúde, tanto física quanto mental. A pesquisa será conduzida em parceria com o Brigham and Women’s Hospital, afiliado à Harvard Medical School, e terá duração inicial de cinco anos. Diferente de estudos anteriores da empresa, que focavam em temas específicos como saúde cardíaca, o novo projeto analisará uma ampla gama de fatores, incluindo atividade física, cognição, saúde cardiovascular, sono, audição, mobilidade e saúde menstrual. O objetivo é aproveitar a escala massiva de dados coletados pelos dispositivos da Apple para identificar padrões e possíveis novas descobertas científicas. Apesar do potencial, a vice-presidente de saúde da Apple, Sumbul Desai, disse que os insights do estudo podem levar anos até se transformarem em novos recursos. (The Verge)

Em meio a polêmicas com X e Meta, usuários buscam alternativas

Com as grandes plataformas envoltas em polêmicas, cada vez mais usuários estão migrando para redes sociais alternativas. O êxodo foi impulsionado por recentes movimentos, como a remoção da verificação de fatos no Facebook e Instagram e a instabilidade do TikTok nos EUA. A proibição temporária da rede, em janeiro, levou milhares de americanos a se inscreverem no RedNote, plataforma chinesa semelhante ao Pinterest e TikTok. Outras redes descentralizadas também estão ganhando espaço. O Pixelfed, alternativa ao Instagram que prioriza a privacidade e um feed cronológico, viu um aumento expressivo de usuários após a Meta dificultar o compartilhamento de links para a plataforma. O Bluesky, impulsionado pelo declínio do X, também continua crescendo. Artistas que rejeitam o uso de inteligência artificial na arte estão migrando para o Cara, rede criada especificamente para protegê-los contra a apropriação de seus trabalhos por IA. A plataforma já ultrapassou 600 mil usuários desde meados de 2024. (Hyperallergic)

Google e SoftBank apostam em startup de computação quântica

A QuEra Computing, startup de computação quântica surgida no MIT, levantou US$ 230 milhões em uma nova rodada de investimentos que inclui nomes de peso como Google e SoftBank. Antes vista como um experimento distante, o crescente interesse pela tecnologia quântica agora atrai bilhões de dólares em investimentos e pode se tornar um mercado de US$ 173 bilhões até 2040, segundo a McKinsey. A startup aposta nos qubits de átomo neutro, tecnologia que, segundo seu CEO interino, Andy Ory, tem vantagens sobre outras abordagens por operar em temperatura ambiente, sem a necessidade de resfriamento criogênico. A empresa já gera receita com clientes como o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Industrial Avançada do Japão e pretende dobrar sua equipe para cerca de 130 pessoas até o fim do ano. Hartmut Neven, líder da divisão de IA quântica do Google, acredita que aplicações comerciais da tecnologia chegarão ao mercado em cinco anos. Para Yuval Boger, diretor comercial da QuEra, a revolução quântica pode seguir um caminho semelhante ao da IA: “Assim como o ChatGPT pareceu um sucesso da noite para o dia após 30 anos de desenvolvimento, estamos há 43 anos construindo essa tecnologia. Outra revolução está chegando”. (Bloomberg Línea)

Já é assinante? Faça login.

Assine para ter acesso ao site e receba a News do Meio