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Cotidiano Digital

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OpenAI enfrenta nova queixa na Europa por alucinações do ChatGPT

A OpenAI está sendo alvo de mais uma reclamação de privacidade na Europa devido à tendência do ChatGPT de gerar informações falsas. A queixa foi apresentada pelo grupo de defesa dos direitos de privacidade Noyb, que representou um cidadão norueguês surpreendido ao descobrir que o chatbot havia inventado que ele foi condenado pelo assassinato de dois filhos e pela tentativa de matar um terceiro. Segundo a Noyb, além de não garantir a precisão dos dados pessoais gerados, a OpenAI não permite que os usuários corrijam informações incorretas. A prática fere o direito de retificação previsto na legislação europeia, argumenta a organização. O caso norueguês não é isolado. O ChatGPT já foi acusado de criar alegações falsas contra um major australiano e um jornalista alemão, associando-os, sem provas, a crimes como suborno e abuso infantil. Recentemente, uma atualização do modelo de IA parece ter eliminado a falsidade específica sobre o cidadão norueguês, possivelmente devido à nova capacidade do ChatGPT de buscar informações na internet. A queixa foi apresentada à autoridade norueguesa de proteção de dados, que agora decidirá se tem competência para investigar o caso ou se ele será transferido para a supervisão irlandesa, onde a OpenAI tem sua sede europeia. (TechCrunch)

Uber é condenada a indenizar cliente com deficiência visual que levava cão-guia

A Uber foi condenada a pagar R$ 10 mil em indenização a Maria Stockler Carvalhosa, cliente com deficiência visual que enfrentou sucessivas recusas de motoristas ao tentar utilizar o serviço acompanhada de seu cão-guia. A decisão foi proferida pela 7ª Câmara Cível, que rejeitou o recurso da empresa. Enquanto isso, a empresa alegou que seus motoristas são microempreendedores sem vínculo empregatício com a plataforma, o que a isentaria de responsabilidade sobre a conduta deles. No entanto, os desembargadores entenderam que a empresa tem responsabilidade perante os passageiros e que a discriminação fere a legislação federal. (Globo)

Google é acusada de violar regras antitruste da UE com Pesquisa e Play Store

O Google se tornou alvo novamente da União Europeia nesta quarta-feira, após a Comissão Europeia afirmar que o serviço de buscas e a Play Store são suspeitos de violar a Lei de Mercados Digitais (DMA) do bloco. Uma investigação preliminar aponta que a companhia está violando a exigência da DMA de não tratar seus próprios serviços de forma mais favorável do que os dos concorrentes. Em comunicado, a Comissão afirma que a Alphabet privilegia seus próprios serviços nos resultados da Pesquisa em detrimento de serviços semelhantes oferecidos por terceiros, ao apresentá-los no topo da página ou em espaços dedicados. Outra suspeita é de que a big tech está impedindo que os desenvolvedores de aplicativos direcionem os clientes para as ofertas e canais de distribuição de sua escolha. Se confirmadas as violações, o Google pode receber sanções de até 10% de seu faturamento anual global. (TechCrunch)

UE quer fazer com que dispositivos que não são da Apple funcionem bem no iPhone

A Comissão Europeia decidiu descrever medidas concretas para que a Apple faça com que o iOS funcione melhor em dispositivos de terceiros, como smartwatches e fones de ouvido. O órgão adotou duas decisões juridicamente vinculativas sob a Lei de Mercados Digitais (DMA) da União Europeia. Enquanto a primeira dá aos desenvolvedores e fabricantes mais acesso aos principais recursos do iPhone para que seja mais fácil para gadgets de terceiros parear, transferir dados ou exibir notificações, a segunda exige que a Apple seja mais transparente em geral em relação à interoperabilidade, dando aos desenvolvedores acesso à documentação técnica sobre como fazer seus serviços funcionarem com iPhones e iPads. A big tech disse que as decisões desaceleram sua capacidade de inovar, “nos forçando a dar nossos novos recursos de graça para empresas que não precisam seguir as mesmas regras”. (The Verge)

IA se recusa a ajudar programador e viraliza nas redes

“Não posso gerar código para você, pois isso seria concluir o seu trabalho”. Foi isso que ferramenta de inteligência artificial Cursor AI disse a um desenvolvedor que viralizou nas redes ao contar o relato de quando teve o pedido de ajuda recusado quando queria completar o código de um jogo de corrida. Após gerar cerca de 800 linhas, a plataforma interrompeu o processo e exibiu a mensagem. Além da recusa, a IA ainda sugeriu que o usuário desenvolvesse a lógica por conta própria para garantir o entendimento do sistema. O relato gerou debate em fóruns de tecnologia, onde programadores compartilharam experiências semelhantes e discutiram os limites da IA no suporte ao desenvolvimento de software. Lançada em 2023, a Cursor AI é usada para sugerir melhorias e otimizar códigos, mas o caso levantou questionamentos sobre até que ponto a inteligência artificial pode substituir o trabalho humano. Situações parecidas já ocorreram com outras plataformas, como o ChatGPT, que em 2023 recebeu críticas por recusas inesperadas e respostas “preguiçosas”. (UOL)

Nvidia e Google DeepMind trabalham para construir robô para Disney

A Nvidia anunciou uma parceria com o Google DeepMind e a Disney Research para desenvolver o Newton, um mecanismo de física que simula a movimentação de robôs em ambientes reais. O anúncio foi feito pelo CEO da Nvidia, Jensen Huang, durante a GTC 2025. A Disney será uma das primeiras a utilizar a tecnologia, aplicando o Newton em seus robôs de entretenimento, incluindo os droides BDX inspirados em Star Wars, que devem estrear em parques temáticos a partir de 2026. A empresa já havia realizado testes com esses robôs em eventos como o SXSW 2025, mas agora considera a tecnologia madura o suficiente para interações diretas com o público. O Newton foi projetado para tornar os robôs mais expressivos e precisos ao realizar tarefas complexas, permitindo simulações detalhadas de interações com objetos como alimentos, roupas e areia. O motor será compatível com o ecossistema do Google DeepMind que simula movimentos de robôs multiarticulados. A Nvidia planeja lançar uma versão inicial de código aberto do Newton já no final de 2025. (TechCrunch)

IA pode aumentar desigualdade de gênero no trabalho

A crescente adoção da inteligência artificial e o retorno ao trabalho presencial podem acentuar as desigualdades de gênero no mercado de trabalho. Um estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) aponta que até 38% dos empregos na América Latina podem ser impactados pela IA generativa, com 5% sob risco de automação total. Mulheres em setores formais e com maior nível educacional estão mais expostas a essas mudanças. Para Angelica Mari, CEO da Futuros Possíveis, a IA pode ampliar a disparidade se não houver governança para mitigar vieses e garantir inclusão. A sub-representação feminina no desenvolvimento dessas tecnologias também pode perpetuar discriminações, como visto no caso da ferramenta de recrutamento da Amazon, que penalizava candidatas mulheres. Além disso, o modelo de trabalho também influencia essa desigualdade. Um estudo do International Workplace Group (IWG) mostra que o trabalho híbrido favorece a ascensão profissional feminina. Já a exigência do retorno presencial tem sido apontada como um fator que dificulta esse equilíbrio. (Valor)

Nvidia anuncia seus próximos ‘superchips’ e ‘supercomputadores’ de IA

A Nvidia anunciou nesta terça-feira seus próximos chips de IA, que chegam ao mercado nos próximos anos para ampliar sua liderança de mercado. A GPU Blackwell Ultra GB300 será lançada no segundo semestre deste ano, enquanto a Vera Rubin está prevista para o segundo semestre do ano que vem e a Rubin Ultra, que chegará no segundo semestre de 2027. A companhia afirma que seu novo Blackwell Ultra pode processar 1.000 tokens por segundo, dez vezes mais do que os chips H100, que ajudaram a fazer a fortuna da empresa. A Nvidia também revelou seus novos “supercomputadores de IA pessoal”, DGX Spark e DGX Station, ambos equipados com a plataforma Grace Blackwell. O Spark é alimentado pelo GB10 Blackwell Superchip, capaz de fornecer “até 1.000 trilhão de operações por segundo (TOPS) de computação de IA. Já a DGX Station, com seu tamanho maior, acomoda o novo superchip de desktop GB300 da série Blackwell Ultra. (The Verge)

‘Coachbots’ com IA ganham espaço, mas são questionados por privacidade

Chatbots especializados em coaching profissional estão sendo testados em empresas como a HubSpot, ajudando funcionários a treinar conversas difíceis e a desenvolver habilidades interpessoais. A tecnologia consiste em avatares capazes de se comunicar por voz e texto. Startups como CoachHub, Valence e Ezra apostam em inteligência artificial para oferecer aconselhamento sobre negociações salariais, desenvolvimento profissional e simulação de interações no trabalho. Essas plataformas prometem reduzir custos em até 98%. No entanto, especialistas alertam para desafios éticos e riscos da substituição de coaches humanos. Há preocupações sobre transparência nos algoritmos e a segurança dos dados dos usuários. Defensores da tecnologia, por outro lado, destacam que a IA oferece acesso imediato e imparcial, ajudando profissionais a relatar problemas sem medo de julgamento. (Financial Times)

Google negocia compra da Wiz por US$ 30 bilhões

A Alphabet, controladora do Google, está em negociações avançadas para adquirir a startup de cibersegurança Wiz por cerca de US$ 30 bilhões, segundo fontes próximas ao assunto informaram ao Wall Street Journal. Se concretizado, o acordo seria o maior da história da empresa. No ano passado, a Alphabet havia tentado comprar a Wiz por US$ 23 bilhões, mas as negociações fracassaram devido a preocupações com questões antitruste. Agora, a gigante da tecnologia voltou com uma oferta ainda maior, e um acordo pode ser fechado em breve. Fundada por ex-membros da unidade de inteligência cibernética de elite de Israel, a Wiz fornece serviços de segurança na nuvem para quase metade das 100 maiores empresas dos EUA. Em 2024, atingiu US$ 500 milhões em receita anual recorrente e projeta dobrar esse valor em 2025. O negócio, no entanto, pode enfrentar resistência do governo Trump. O novo presidente da Federal Trade Commission, Andrew Ferguson, manteve diretrizes que dificultam fusões bilionárias, e o vice-presidente JD Vance já expressou preocupações sobre o poder das big techs. (Wall Street Journal)

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