Meio

Um grupo de hackers da Coreia do Norte conseguiu infiltrar um spyware para Android na loja de aplicativos Google Play, enganando usuários para que o baixassem. A descoberta foi feita pela empresa de segurança Lookout, que atribui a campanha de espionagem ao governo norte-coreano. O spyware, chamado KoSpy, foi identificado em diversos aplicativos, incluindo um que esteve disponível na Google Play e teve mais de 10 downloads antes de ser removido. Esse programa era capaz de coletar dados sensíveis, como mensagens SMS, registros de chamadas, localização, teclas digitadas e até ativar câmeras e microfones dos dispositivos infectados. O Google confirmou que removeu os aplicativos identificados e desativou os projetos do Firebase usados pelos hackers, mas não comentou se concorda com a atribuição à Coreia do Norte. Além da Play Store, algumas versões do spyware também foram encontradas na loja de aplicativos de terceiros APKPure. (TechCrunch)

Usar IA para investir, é bom negócio? Pequenos operadores na China estão lotando cursos e treinamentos para aprender a usar ferramentas como o DeepSeek na tentativa de um bom desempenho no mercado de ações. A crescente popularidade do DeepSeek está transformando o setor de hedge funds do país e impulsionando corretoras e gestores de patrimônio a se adaptarem. A adoção da tecnologia ocorre mesmo após o governo chinês ter reprimido, há um ano, grandes operadores que usavam robôs para negociar ações. Embora investidores vejam a inteligência artificial como um atalho para operações mais estratégicas, especialistas alertam para os riscos. “As pessoas confiam mais nos modelos de IA do que nos consultores financeiros, o que provavelmente é uma confiança equivocada, pelo menos neste estágio”, afirma Larry Cao, analista da FinAI Research. (InfoMoney e Reuters)

O governo espanhol aprovou um projeto de lei para impor multas pesadas a empresas que utilizarem conteúdo gerado por IA sem o sinalizar corretamente. A medida busca coibir sobretudo o avanço dos deepfakes. A proposta segue diretrizes da Lei de IA da União Europeia, considerada uma das mais rígidas do mundo. O Ministro da Transformação Digital, Oscar Lopez, afirmou que a tecnologia pode ser usada para melhorar a vida da população ou para espalhar desinformação. Se aprovado pelo Parlamento, o projeto prevê multas de até 35 milhões de euros ou 7% do faturamento global das empresas que descumprirem a regra. Além disso, a legislação proíbe práticas como o uso de IA para influenciar grupos vulneráveis, incentivar vícios ou manipular crianças. A fiscalização ficará a cargo da recém-criada agência espanhola de supervisão de IA, a AESIA, em parceria com outros órgãos reguladores. (Reuters)

Em um movimento para reduzir a dependência de fornecedores externos como a Nvidia, a Meta está testando seu primeiro chip interno para treinamento de sistemas de inteligência artificial. Fontes ouvidas pela Reuters disseram que a big tech iniciou uma pequena implantação do chip e planeja aumentar a produção para uso em larga escala, caso o teste seja bem-sucedido. O novo processador da Meta é projetado para lidar apenas com tarefas específicas de IA, podendo torná-lo mais eficiente em termos de energia do que as unidades de processamento gráfico integradas (GPUs) geralmente usadas para esse trabalho. A Meta prevê despesas totais entre US$ 114 bilhões e US$ 119 bilhões em 2025, impulsionadas principalmente por gastos em infraestrutura de IA. (Reuters)

O TikTok anunciou um pacote de novas ferramentas voltadas para a proteção de adolescentes na plataforma. Entre as novidades, os pais agora poderão definir horários específicos em que seus filhos podem acessar o aplicativo, além de visualizar suas listas de seguidores e contas bloqueadas. Uma das principais atualizações é o recurso “Hora do Sono”, que exibe lembretes em tela cheia e com música relaxante caso um adolescente com menos de 16 anos continue no TikTok após as 22h. Se o aviso for ignorado, um segundo alerta será disparado. A rede social também pretende testar a inclusão de exercícios de meditação para incentivar hábitos digitais mais equilibrados. Outro destaque é a “Pausa Programada”, que permite aos responsáveis bloquear o acesso ao aplicativo em momentos específicos, como no período escolar ou durante reuniões familiares. Os jovens podem solicitar tempo extra, mas cabe aos pais aprovar ou negar a solicitação. A medida já passa a valer hoje no Brasil. (TechCrunch e g1)

A TikTok Shop, funcionalidade que permite a venda de produtos diretamente na rede social, deve estrear no Brasil em abril, apenas um mês depois do lançamento no México. A chegada do novo player pode movimentar o comércio eletrônico do país, e bancos já analisam quais empresas podem ser mais ou menos impactadas. Relatórios do Santander e do Itaú indicam que a ferramenta estará disponível no próximo mês, citando informações do site chinês DSB. O TikTok, no entanto, não confirmou a data. O Santander destaca que, no México, a TikTok Shop apostou em parcerias com empresas estabelecidas. Com isso, algumas marcas são vistas como mais preparadas para competir na nova plataforma, entre elas C&A, Magazine Luiza, Mercado Livre, Natura e Renner. Por outro lado, o banco avalia que Azzas (fusão da Arezzo e Grupo Soma), Guararapes (Riachuelo), Grupo SBF e Vulcabras ainda precisam desenvolver estratégias específicas para o ambiente do TikTok. A expectativa é que os primeiros 90 dias no Brasil tragam benefícios como isenção de comissão para vendedores, frete grátis e restrições para joias, alimentos e produtos usados. O Santander estima que, em três anos, a TikTok Shop pode capturar de 5% a 9% do e-commerce nacional. O Brasil é o terceiro maior mercado da plataforma, com 111 milhões de usuários, atrás apenas da Indonésia e dos Estados Unidos. (CNN Brasil)

Segundo a Bloomberg, a Apple deve anunciar mudanças significativas no design de seus sistemas operacionais para iPhone, iPad e MacBook. A atualização, prevista para o iOS 19, iPadOS 19 e macOS 16, trará novos ícones, menus, aplicativos e botões, além de melhorias na navegação e controle dos dispositivos. O novo visual será inspirado no visionOS, sistema do headset Vision Pro, e deve incluir ícones circulares e painéis translúcidos. As mudanças estão sendo lideradas por Alan Dye, vice-presidente de design de interface humana da Apple e devem ser apresentadas oficialmente durante a Worldwide Developer Conference (WWDC), em junho. (Bloomberg e TechCrunch)

Elon Musk utilizou sua conta no X para dizer que a instabilidade geral apresentada na rede social nesta segunda-feira foi causada por um “ataque cibernético massivo”. “Somos atacados todos os dias, mas isso foi feito com muitos recursos. Ou um grupo grande e coordenado e/ou um país está envolvido”, afirmou. Em entrevista ao canal americano Fox Business, o bilionário disse que o ataque partiu de dispositivos na Ucrânia. Desde o início da manhã, usuários de diversos países relataram indisponibilidade da rede pelo site Downdetector. Em países como Brasil, Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido, Índia e Austrália, os picos de variação ocorreram por volta das 7h e 11h (horário de Brasília), com cerca de 4 mil notificações apenas no Brasil em cada um dos horários. (g1)

Com o envelhecimento da população e a escassez de mão de obra, o Japão tem recorrido cada vez mais a robôs de serviço para manter setores como restaurantes e varejo funcionando. Segundo a empresa de pesquisa Fuji Keizai, esse mercado deve quase triplicar até 2030, atingindo ¥ 400 bilhões (cerca de US$ 2,7 bilhões). A necessidade de automação fica evidente diante da projeção de um déficit de 11 milhões de trabalhadores até 2040 e de um país onde 40% da população terá mais de 65 anos até 2065. Empresas já vêm se adaptando a essa nova realidade, sobretudo a Skylark, maior rede de restaurantes de serviço de mesa do Japão, já conta com cerca de 3 mil robôs para levar comida às mesas. (TechCrunch)

A Meta aproveitou a Paris Fashion Week para lançar uma edição limitada dos seus óculos inteligentes em parceria com a marca francesa Coperni. O modelo Ray-Ban Meta x Coperni Limited Edition foi apresentado durante o desfile e terá apenas 3.600 unidades disponíveis para venda. O acessório mantém o design icônico dos Ray-Ban Wayfarer, com armação Transparent Black, lentes espelhadas Grey Mirrored e o logotipo da Coperni nas hastes. Durante o evento, as modelos usaram os óculos para gravar diretamente da passarela, destacando o recurso de captura de vídeo sem as mãos. Além do design sofisticado, o modelo traz todas as funcionalidades dos óculos inteligentes da Meta, como suporte ao Shazam, controle por voz para Spotify e Amazon Music, e integração com a Meta AI para lembrar compromissos ou traduzir conversas em tempo real. A novidade chega ao mercado nesta segunda-feira, com vendas online nos sites da Meta, Ray-Ban e Coperni por US$ 549. O produto estará disponível em países como EUA, Canadá, Reino Unido, França, Itália, Alemanha, Espanha e Austrália. (Meio)