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Enquanto a aguardada cerimônia do Oscar não chega, em 2 de março, o longa de Walter Salles, Ainda Estou Aqui, segue sua trajetória vitoriosa recebendo três novos prêmios nesta semana: o de Filme Mais Valioso do Ano, no Cinema for Peace, em Berlim; Melhor Filme em Língua Não Inglesa no Latino Entertainment Film Awards; e de melhor atriz para Fernanda Torres pela Associação de Jornalistas Latinos de Entretenimento (LEJA). As honrarias chegam no momento em que o filme é lançado em parte da América Latina e é bem recebido pelo público, que expressa nas redes sociais o reconhecimento da representatividade da produção para a população latina.

Os 50 brasileiros que votam no Oscar possuem um grupo de WhatsApp onde organizam estratégias para ampliar o número de conterrâneos na Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pela maior honraria do cinema mundial. Para participar da Academia, é necessário ter sido indicado ao Oscar ou ter o respaldo de dois membros. No segundo caso, dois integrantes de uma mesma categoria recomendam à Academia a sugestão de novo membro, que ainda passa por uma avaliação. Apesar de o propósito do grupo ser a inclusão de mais brasileiros na Academia, a comunidade ficou em êxtase com as três indicações de Ainda Estou Aqui. “Nosso mercado está numa vibração unânime pela Fernanda Torres e pelo filme”, conta o diretor Daniel Rezende, indicado ao Oscar em 2004 pela montagem de Cidade de Deus e que integra a Academia desde então. (Estadão)

Entre esta terça-feira e 17 de março estão abertas as inscrições para o Prêmio Oceanos, que elegerá os melhores romances, livros de poesia, crônicas, dramaturgia e contos publicados no ano passado, em formato impresso ou digital, originalmente em língua portuguesa. Também podem concorrer obras autopublicadas ou lançadas por editoras de qualquer lugar do mundo. Autores e editores podem inscrever quantas obras quiserem, devendo anexar o livro em formato PDF no formulário do site da premiação. Os vencedores das categorias de poesia e de dramaturgia e prosa receberão R$ 150 mil cada. (Globo)

GNX, álbum de Kendrick Lamar, voltou ao topo do ranking Billboard 200, alcançando a primeira posição entre os 200 álbuns mais populares dos Estados Unidos. É a semana segunda consecutiva do álbum na lista, graças ao sucesso do show do rapper no intervalo do Super Bowl, no dia 9 de fevereiro, e ao lançamento do álbum em formatos físicos. Além disso, outros dois álbuns de Lamar retornaram ao top 10 após o Super Bowl: o aclamado DAMN., de 2017, subiu da 29ª para a 9ª posição, enquanto good kid, m.A.A.d city, de 2012, saltou da 27ª para a 10ª posição. Lamar é o primeiro artista de rap a ter três álbuns entre os dez mais populares simultaneamente desde que a lista começou a ser publicada, de forma regular e semanal, em março de 1956. Ele é o primeiro artista masculino vivo a alcançar esse feito desde Herb Alpert no Natal de 1966. A artista mais recente com pelo menos três álbuns no top 10 é Taylor Swift, em no início de dezembro de 2023, com cinco álbuns. Antes, apenas Prince teve três ou mais álbuns no top 10, após sua morte, em 2016, quando teve cinco na lista. (Billboard)

Aquisições são comuns em qualquer museu, e o próprio Reina Sofía, em Madri, um dos mais importantes do mundo, compra e recebe como doação cerca de 300 obras de arte por ano. Desta vez, o museu espanhol que é a casa de Guernica, de Pablo Picasso, expandiu sua coleção com 470 novas obras focadas em aumentar o número de artistas mulheres e a diversidade racial no acervo de 25 mil peças, das quais menos de 20% são de mulheres. Mais da metade das aquisições (56%) são de mulheres e uma proporção significativa de artistas jovens e de origens étnicas pouco representadas. As obras somam um investimento total de quase € 8 milhões. “Estamos preparando novas narrativas”, disse Manuel Segade, diretor do museu, ao The Art Newspaper. “Isso requer que novas histórias da arte sejam contadas de maneiras diferentes, então foi o momento perfeito para incluir muitos artistas mais jovens e figuras menos comuns.” Segade quer alinhar o acervo do museu ao espírito da lei de igualdade de gênero da Espanha de 2007, que exige, entre outras coisas, que as autoridades públicas promovam as mulheres na cultura. O diretor pretende “chegar mais perto de 40% em dez anos”. (The Art Newspaper)

O francês ‘Emilia Pérez’ derrotou ‘Ainda Estou Aqui’, de Walter Salles, e levou o prêmio de melhor filme em língua não inglesa no Bafta, considerado o Oscar inglês. O diretor e a atriz Fernanda Torres estavam presentes na cerimônia da premiação. Zoe Saldana, que atua em ‘Emilia Pérez’, foi premiada na categoria de atriz coadjuvante. A conquista do filme acontece em meio ao escândalo envolvendo a protagonista, Karla Sofía Gascón. Karla foi alvo de críticas por posts de teor racista e xenofóbico feitos por ela entre 2020 e 2021. Além disso, Karla concedeu entrevistas sem consultar a coordenação do filme e foi retirada da campanha de divulgação. (UOL)

A sexta temporada de ‘Cobra Kai’, série da Netflix inspirada em ‘Karatê Kid’, trouxe uma surpresa para os fãs: a volta do lendário Sr. Miyagi, interpretado por Pat Morita, falecido em 2005. Usando inteligência artificial, a produção recriou a voz e os trejeitos do personagem para uma cena marcante no 13º episódio. No momento em que Daniel LaRusso (Ralph Macchio) enfrenta uma crise após um torneio, ele sonha com Miyagi, que surge da escuridão para inspirá-lo. Segundo o produtor Hayden Schlossberg, a equipe usou um dublê de corpo e combinou a voz real de Morita com tecnologia de IA. “Foi a realização de um desejo vê-los juntos na tela novamente”, afirmou. (Omelete)

A jornalista Juliana Dal Piva lança o livro  ‘Crime Sem Castigo’, que revisita a busca por justiça no caso do ex-deputado Rubens Paiva, morto pela ditadura militar em 1971. A obra segue a trajetória de investigações que se estenderam por 40 anos, desde o inquérito militar até os avanços das Comissões da Verdade e do Ministério Público Federal. A jornalista enfatiza a importância de não se limitar ao filme ‘Ainda Estou Aqui’, que já trouxe o caso à tona, e propõe ampliar a discussão, especialmente em tempos de tensões políticas no Brasil. Dal Piva destaca a relevância do caso, que expõe a violência do regime e desmascara mitos sobre a repressão. O livro também debate a interpretação atual da Lei de Anistia e sua limitação para investigar crimes contra a humanidade. (Folha)

Morreu neste domingo, 16, Mauro Santa Cecília, compositor e poeta, aos 63 anos. Ele lutava contra um câncer desde 2018. Autor das letras de ‘Por Você’ e ‘Amor pra Recomeçar’, sucessos imortalizados por Frejat e o Barão Vermelho, Mauro teve sua morte anunciada pelo próprio cantor nas redes sociais. ‘‘Vai amigo, vá na fé! Você traçou seu caminho na ética, na integridade dos seus princípios, no amor à arte e na sua poesia. Saudades vai deixar muitas, foram muitos anos de convivência, amizade, parceria e alegrias. Vai no teu caminho de luz. Descansa em paz’’, escreveu Frejat. Vencedor do Prêmio Stanislaw Ponte Preta e autor de oito livros, Mauro teve canções gravadas por grandes nomes da música brasileira. (Globo)