Diretor palestino vencedor do Oscar é libertado por Israel após passar noite em prisão
Autoridades israelenses libertaram o diretor palestino Hamdan Ballal, ganhador do Oscar 2025 com o documentário No Other Land, um dia após ele ser espancado por colonos judeus e detido pelo exército no assentamento de Kiryat Arba, na Cisjordânia. Ele contou à agência Associated Press que o espancaram na frente de sua casa. Ballal e os outros diretores do filme, que aborda as dificuldades de viver sob a ocupação israelense, subiram ao palco da 97ª edição do Oscar, em Los Angeles, no início deste mês. Com hematomas no rosto e sangue nas roupas, ele foi liberado de uma delegacia de polícia israelense na Cisjordânia e levado a um hospital próximo. Ballal disse que foi mantido em uma base do exército e forçado a dormir sob um ar condicionado congelante. “Fiquei vendado por 24 horas”, disse à AP. “A noite toda eu estava congelando. Era um quarto, eu não conseguia ver nada... Ouvi a voz dos soldados rindo de mim.” Segundo Lea Tsemel, a advogada que representa o cineasta e mais dois homens detidos nas mesmas circunstâncias, eles receberam apenas cuidados mínimos para os ferimentos do ataque e ela não teve acesso a eles por várias horas após a prisão. Moradores palestinos dizem que cerca de duas dúzias de colonos — alguns mascarados, alguns portando armas e outros vestindo uniformes militares — atacaram a vila de Susiya, na Cisjordânia, ontem à noite, enquanto os moradores quebravam o jejum durante o mês sagrado muçulmano do Ramadã. (AP)
Arquitetos do novo prédio do Masp explicam o conceito do ‘monolito preto’
Com abertura ao público prevista para esta sexta-feira, o novo prédio do Museu de Artes de São Paulo (Masp) ficou pronto, após uma reforma que durou seis anos. O edifício Pietro Maria Bardi ganhou uma estrutura de monolito preto pelos arquitetos Gustavo Cedroni e Martin Corullon, contando com sistemas de ponta de iluminação e climatização, tornando o museu capacitado para receber as obras mais exigentes das artes. Mas, eles explicam que o formato cria “surpresas e estranhamentos”, tirando os transeuntes de um olhar viciado do dia a dia. “Quem passa perto do edifício tem uma leitura completamente diferente, percebe uma certa perenidade, um véu, e aí a impressão que fica é de que aquele preto não é exatamente preto e nem opaco”, completam. (Estadão)
Lizzo interpretará pioneira do rock’n’roll Sister Rosetta em filme da Amazon
Pioneira do rock 'n' roll, que influenciou nomes consagrados como Elvis Presley, Chuck Berry, Little Richard, Johnny Cash e Bob Dylan, a história de Sister Rosetta Tharpe vai ser contada em um novo filme da Amazon MGM Studios. Ela será interpretada pela cantora e atriz Lizzo, vencedora de quatro prêmios Grammy e de um Emmy. Com roteiro de Natalie Chaidez e Kwynn Perry, o longa deve capturar um período crucial na vida de Thrape, quando ela quebrou barreiras musicais e sociais, enquanto escondia seu amor por outra mulher e transformou um casamento em um dos shows mais lendários da história. (Deadline)
Codiretor de ‘Sem Chão’ é atacado por colonos israelenses e segue desaparecido
Codiretor do documentário vencedor do Oscar Sem Chão, Hamdan Ballal está supostamente desaparecido após ser atacado por colonos israelenses, segundo uma série de postagens no X do também codiretor Yuval Abraham. “Eles o espancaram e ele tem ferimentos na cabeça e no estômago, sangrando. Soldados invadiram a ambulância que ele chamou e o levaram. Nenhum sinal dele desde então”, afirma. A AP relata que ativistas do Centro para a Não-Violência Judaica viram Ballal ser espancado, descrevendo como “um grupo de 10 a 20 colonos mascarados” que o atacou “com pedras e paus, e quebrou as janelas de seus carros e cortou seus pneus”. O longa acompanha um grupo de palestinos que luta para viver em suas terras na Cisjordânia, enquanto o Exército de Israel tenta expulsá-los, alegando uso para treinamento militar. (Variety e Meio)
Annie Ernaux: o Nobel, o silêncio e a luta por uma voz genuína na literatura
Annie Ernaux não quer dar mais entrevistas. A revelação ocorreu em uma entrevista exclusiva à ELA, sua primeira com a imprensa brasileira desde novembro de 2022, quando participou da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). Durante a conversa em sua casa, em Cergy-Pontoise, a uma hora de trem de Paris, a única mulher francesa a ganhar o Nobel de Literatura falou sobre as origens humildes, em uma família de ex-operários donos de um café-mercearia, e a trajetória como a primeira a concluir os estudos. Em tom introspectivo, refletiu ainda sobre o futuro, expressando o desejo de que ele seja quieto o suficiente para continuar sua escrita.
Branca de Neve: o maior fracasso de estreia dos live-actions da Disney
A estreia de Branca de Neve, o mais recente remake live-action da Disney, já pode ser considerada um fiasco. O filme arrecadou US$ 43 milhões nos cinemas dos Estados Unidos e US$ 87,3 milhões globalmente, o que o coloca como a pior estreia da Disney para remakes live-action – nem mesmo Dumbo (2019) foi tão mal, e ele já era considerado o maior fracasso do estúdio até agora, com US$ 45 milhões na bilheteria nacional. Apesar das polêmicas que marcaram o lançamento, como as críticas sobre a representação dos sete anões, mudanças no enredo e o boicote relacionado às declarações de Rachel Zegler e Gal Gadot sobre a guerra Israel-Hamas e o ex-presidente Donald Trump, especialistas apontam que o verdadeiro problema foi o cansaço do público com a fórmula saturada dos remakes. As controvérsias ajudaram a piorar a situação, mas não explicam sozinhas o desempenho decepcionante do filme, que teve um orçamento de US$ 250 milhões.
Sidarta, um encontro com o propósito

Há uma frase atribuída ao dramaturgo inglês William Shakespeare que diz “todas as graças da mente e do coração se escapam quando o propósito não é firme”. Ou seja, sem propósito, estamos esvaziados, certo? Não dá pra ser feliz, é isso? É o que ele diz. E então vai cada um atrás do seu propósito — ou fugindo da cobrança interna de tê-lo. Logo vêm as frases motivacionais de coaches de internet, e há quem responda com ideais de família, religião, sonhos de viagens, realizações profissionais. Mas, olha, uma coisa é certa: essa ansiedade que vem quando pensamos "a que viemos" é tão velha quanto o mundo em si.
A mecânica quântica que inspira a arte

Em 1925, os físicos alemães Werner Heisenberg, Max Born e Ernst Pascual Jordan apresentaram ao mundo a mecânica matricial, primeira formulação teórica bem-sucedida que explicava os conceitos e leis da mecânica quântica, que já começava a ser observada nos anos 1900. Esses estudos permitiram vislumbrar um novo olhar sobre o Universo, sobretudo no mundo subatômico. Os avanços que ela permitiu na ciência de partículas e na tecnologia podem ser visíveis no uso de lasers e chips presentes até em celulares.
Netflix vai lançar reality show inspirado na ‘Fantástica Fábrica de Chocolate’
A Netflix deu sinal verde para o lançamento de The Golden Ticket, um reality show inspirado em Willy Wonka. A produção já começou a selecionar os concorrentes para a primeira série inspirada no filme A Fantástica Fábrica de Chocolate. De acordo com a sinopse, os jogadores que encontrarem um cobiçado bilhete dourado ganharão entrada na fábrica, mas somente aqueles que conseguirem se adaptar, criar estratégias e resistir ao desconhecido poderão passar. Situado em um cenário de sonho retrô-futurista, os competidores serão desafiados física e mentalmente, enquanto passam por testes e tentações projetados para sondar seus instintos e resiliência. (Deadline)
Livro com críticas à Meta lidera lista de mais vendidos nos EUA
Mesmo impedida de divulgar seu livro por uma ordem judicial, Sarah Wynn-Williams lidera a lista de best-sellers do New York Times e está em quarto lugar entre os mais vendidos da Amazon, uma semana após lançar uma obra crítica à Meta, nos Estados Unidos. Em Careless People: A Cautionary Tale of Power, Greed and Lost Idealism (Gente Descuidada: Uma História com Moral sobre Poder, Ganância e Idealismo Perdido, em tradução livre), a autora revela detalhes de sua experiência trabalhando no Facebook entre 2011 e 2017. A obra inclui denúncias de assédio sexual contra Joel Kaplan, político republicano aliado de Donald Trump, que assumiu a direção de assuntos globais da Meta este ano. A big tech teve um pedido aceito pela Justiça, para que Sarah não pudesse divulgar seu livro e se retrate de declarações críticas sobre a empresa e seus executivos ao violar um contrato de não difamação assinado por ela quando era funcionária. (Globo)