Cultura

Morre John Amos, ator de ‘Raizes’ e ‘Um Príncipe em Nova York’

Morreu o veterano do cinema John Amos, aos 84 anos, em Los Angeles, nos Estados Unidos, de causas naturais. Apesar de o óbito ter ocorrido em 21 de agosto, a família só divulgou a informação nesta terça-feira. “É com profunda tristeza que compartilho com vocês que meu pai fez sua passagem”, disse o filho Kelly Christopher Amos. Mais conhecido por sua atuação em filmes como Um Príncipe em Nova York, com Eddie Murphy, e Duro de Matar 2, fez parte do elenco da série de sucesso Good Times, que o tornou uma estrela, mas acabou saindo por não concordar com os estereótipos raciais impostos pelos produtores do programa. Foi indicado ao Emmy em 1977 por seu trabalho na minissérie histórica Raízes, baseado no livro homônimo de Alex Haley, sobre um personagem sequestrado na África e escravizado nos Estados Unidos. (CNN)

National Book Award anuncia Salman Rushdie entre os finalistas de 2024

A National Book Foundation anunciou nesta terça-feira seus 25 finalistas ao National Book Award 2024, um dos prêmios de literatura mais tradicionais dos Estados Unidos. Entre os principais concorrentes estão Knife, o livro de Salman Rushdie com suas memórias sobre o atentado que sofreu quando foi esfaqueado no palco, quando dava uma palestra, e James, de Percival Everett, que faz uma releitura das Aventuras de Huckleberry Finn na perspectiva de um homem escravizado. A premiação é dividida em cinco categorias: ficção, não ficção, poesia, literatura traduzida e literatura juvenil. Os vencedores serão anunciados em novembro. (New York Times)

Audible lança audiolivro nacional com série gravada por Alice Braga

A atriz Alice Braga dá voz à série Yawara: Uma História Oculta do Brasil que estreia na Audible, plataforma de audiolivros da Amazon, nesta terça-feira. A obra conta os crimes praticados contra povos indígenas durante a ditadura militar entre 1966 e 67, como usurpação de terras, estupros, torturas e assassinatos, muitos deles praticados pelo antigo Serviço de Proteção ao Índio (SPI), que deveria proteger os povos originários. Também foram lançados outros títulos Audible Originals, produzidos para fidelizar o público brasileiro, como Por que Mudei?, escrito e narrado por Lázaro Ramos, que traz histórias reais; Ninguém com Esse Nome, com Cláudia Abreu e Eduardo Moscovis sobre crianças trans; e Nem Só de Pão, sobre a trajetória da chef Paola Carosella. Outras obras devem chegar nos próximos meses, como o documentário O Maníaco do Parque, com o ator Silvero Pereira. (Globo)

Possível obra de Picasso é descoberta após 50 anos em casa na Itália

Especialistas em arte identificaram uma obra do pintor Pablo Picasso, que passou despercebida por quase 50 anos, na residência de um comerciante de objetos usados na Itália. O retrato cubista de Dora Maar, musa de Picasso, estava pendurado na sala de estar da família, que desconhecia o valor histórico e artístico da peça. A obra foi resgatada de um porão em Capri nos anos 1960 e, apesar de carregar a assinatura de Picasso, permaneceu como uma simples decoração até que um dos filhos da família decidiu investigar sua origem. Agora, a pintura está sob análise da Administração Picasso, responsável pela autenticação das obras do artista. Se confirmada como original, o valor da peça pode atingir 12 milhões de euros. A grafóloga forense Cinzia Altieri, que analisou a assinatura da pintura, afirmou que os traços correspondem ao estilo de Picasso, mas a decisão final sobre a autenticidade da obra deve ser divulgada em breve. (Globo)

Começa produção de filme adaptado da série ‘Peaky Blinders’ com Cillian Murphy

Vencedor do Oscar com Oppenheimer, Cillian Murphy voltou a viver o personagem Tommy Shelby, nesta segunda-feira, com o início da produção do filme Peaky Blinders no Reino Unido. A adaptação para o cinema da série vencedora do BAFTA recebeu sinal verde da Netflix em junho e desde então vem tendo os detalhes do roteiro mantidos em segredo, além da informação de que a história se passa durante a Segunda Guerra Mundial. A série dramática de seis temporadas da BBC chegou ao fim em abril de 2022. Além de Murphy, o longa é estrelado por Rebecca Ferguson, Barry Keoghan e Tim Roth. Steven Knight, criador da saga, é o roteirista do filme, que será dirigido por Tom Harper. (Deadline)

Chris Martin revela que Coldplay vai lançar apenas 12 álbuns como banda

Depois que lançar seu 10º álbum, Moon Music, em 4 de outubro, o Coldplay deve lançar apenas mais dois álbuns de estúdio antes de encerrar as atividades. Em entrevista à Apple Music, Chris Martin contou que a banda pretende lançar apenas 12 “álbuns de verdade” antes de parar de criar material novo. Para justificar a decisão, ele explica que “menos é mais” e comparou a trajetória do grupo com a de outros artistas admirados. “Há apenas 12 álbuns e meio dos Beatles. Há quase o mesmo do Bob Marley”, comentou. Apesar do limite de discos, não quer dizer o fim das apresentações ou da parceria. “Então, se fizermos algo criativo juntos depois disso, além de uma turnê, será algo diferente, ou será algo paralelo, ou será uma compilação de coisas que não tínhamos finalizado.” (People)

Netflix não consegue encerrar processo por ‘Bebê Rena’

A Netflix sofreu uma derrota séria nos tribunais. A Justiça da Califórnia negou o pedido da plataforma para anular o processo de difamação movido por Fiona Harvey, que serviu de inspiração para a stalker Martha na série Bebê Rena, um dos maiores sucessos do ano. Criada e estrelada pelo comediante escocês Richard Gadd, a história fala de uma mulher que passa a persegui-lo obsessivamente. Na montagem teatral, ele deixava claro que a trama era “inspirada em fatos reais”, com passagens que não haviam acontecido de fato, como a condenação da perseguidora. Harvey, identificada pelos fãs como a personagem Martha, alega que a Netflix, ao promover a série como “uma história real” divulgou “mentiras sem fundamento” para milhões de espectadores e provocou danos a sua imagem. Em sua decisão, o juiz Gary Klausner reconheceu que há uma diferença profunda entre ser acusada de perseguição e ser condenada por um tribunal e manteve o processo. (BBC)

YouTube bloqueia vídeos de artistas famosos devido a disputa por direitos autorais

Desde sábado, vários vídeos de artistas renomados como Adele, Green Day, Bob Dylan, Nirvana e REM estão indisponíveis nos Estados Unidos. Ao tentar reproduzir faixas como Like A Rolling Stone de Dylan, usuários recebem a mensagem de que o conteúdo não está disponível devido a restrições da SESAC, uma organização que representa mais de 35.000 artistas e editoras musicais e que coleta royalties para compositores e editores. Apesar do bloqueio, alguns vídeos desses artistas permanecem acessíveis, gerando incertezas sobre se estão isentos da disputa atual ou se simplesmente foram ignorados. O YouTube explicou que a situação decorre de negociações fracassadas sobre direitos autorais.(TechCrunch)

‘Megalópolis’ de Coppola fracassa nas bilheterias no fim de semana de estreia

Flopou? O filme Megalópolis, dirigido por Francis Ford Coppola, dos clássicos O Poderoso Chefão e Apocalipse Now, teve uma estreia decepcionante, arrecadando apenas US$ 4 milhões entre quinta-feira e domingo na América do Norte, segundo analistas de bilheteria. O projeto, que custou aproximadamente US$ 120 milhões para ser produzido, além de outros US$ 20 milhões investidos em marketing e distribuição. Além disso, os espectadores atribuíram ao filme uma nota D+ nas pesquisas de saída do CinemaScore, um resultado muito abaixo do comum para grandes produções ou para filmes de diretores consagrados. Coppola passou décadas desenvolvendo este filme e até vendeu parte de seus negócios de vinhos para financiar o projeto. Apesar do fracasso nas bilheterias, Adam Fogelson, executivo da Lionsgate, que distribuiu Megalópolis, elogiou Coppola e expressou orgulho em apoiar o lançamento do filme. (The New York Times)

Por que algumas músicas não saem na cabeça

Certamente, todo mundo já passou pela situação de se pegar com uma música que não sai da cabeça. Chamados coloquialmente de “vermes de ouvido”, pesquisas demonstram que esse fenômeno pode acontecer com pessoas semanalmente ou até diariamente. Apesar de os cientistas ainda não entenderem completamente porque é tão difícil se livrar dessas músicas - nem sempre agradáveis aos nossos ouvidos - certas canções têm mais chances de se instalarem em nossas mentes do que outras. Isso depende do que estamos fazendo e do que ouvimos recentemente. Para Callula Killingly, pesquisadora de pós-doutorado na Universidade de Tecnologia de Queensland, na Austrália, é comum que as faixas que grudam como chiclete sejam aquelas recém-executadas, mas também é possível que ocorra uma associação entre uma palavra ou som com uma música específica. Também é possível que elas causem “vermes de ouvido” quando se está fazendo atividades que fazem a mente divagar. (Folha)