Economia

Governo publica regras para pente-fino no BPC

Nesta sexta-feira (26), o governo federal anunciou novas regras para revisão dos cadastros do Benefício de Prestação Continuada (BPC) em todo o país. O programa social garante um salário mínimo mensal a idosos ou pessoas com deficiência que atendam aos critérios de renda familiar. Agora, os beneficiários que não estão inscritos no CadÚnico e não atualizaram seus dados no INSS nos últimos dois anos deverão fazer esses procedimentos em 45 dias - se residirem em cidades com até 50 mil habitantes - ou em 90 dias, se em cidades maiores. Caso não atualizem seus cadastros dentro de 30 dias após a notificação, estarão excluídos do programa. Além disso, novas regras de concessão e fiscalização foram estabelecidas, incluindo a inclusão de biometria a partir de 1º de setembro e o cruzamento mensal de dados para verificar o critério de renda dos beneficiários. Nos últimos anos, chamou a atenção o fato do pagamento do BPC crescer rapidamente, representando cerca de 1% do PIB do Brasil. Atualmente, o INSS recebe em média 170 mil novos pedidos de BPC por mês, sendo que o governo aumentou a estimativa de gasto com o programa para R$ 111,5 bilhões para 2024. Com o pente-fino, o governo espera identificar fraudes e irregularidades, economizando bilhões de reais e ajudando a cumprir as metas de redução de despesas do arcabouço fiscal. (g1)

Preços de gastos com consumo sobem 0,1% nos EUA; Fed deve cortar juros em setembro

O índice de preços de gastos com consumo (PCE) dos Estados Unidos subiu 0,1% no mês de junho e ficou em 2,5% no ano, em linha com o consenso da LSEG. Já o núcleo, quando se retira itens voláteis, como alimentos e energia, registrou um aumento de 0,2% em junho, após uma elevação de 0,1% em maio, segundo informações do Departamento de Comércio dos EUA (veja). No acumulado de 12 meses, o núcleo manteve-se em 2,6%, acima da expectativa de 2,5% dos analistas. O núcleo do PCE é a medida de inflação preferida pelo Federal Reserve (Fed) para tomar a decisão sobre a política de juros do país e o cenário sugere que a política de aperto do Fed está conseguindo conter a inflação sem impactar tanto a economia. Com isso, é amplamente esperado que o Fed mantenha a taxa de juros de referência inalterada na reunião da próxima semana, mas corte já em setembro, sendo que a ferramenta Fed Watch, do grupo CME, sequer possui apostas de manutenção de juros para a reunião seguinte. (InfoMoney)

Governo central tem déficit de R$38,8 bilhões, maior que o esperado

O governo central registrou um déficit primário de R$ 38,8 bilhões em junho, segundo os dados divulgados pelo Tesouro Nacional. Com isso, o déficit acumulado nos últimos 12 meses chega a R$ 260,7 bilhões, representando 2,29% do Produto Interno Bruto (PIB). Além do próprio Tesouro, os números também incluem o resultado da Previdência Social e do Banco Central, mas excluem as despesas com a dívida pública. No mês, o Tesouro Nacional obteve um superávit primário de R$ 6,2 bilhões, mas o Banco Central e a Previdência Social registraram déficits de R$ 152 milhões e R$ 44,8 bilhões, respectivamente. Em junho do ano passado, o déficit foi de R$ 45 bilhões, enquanto no acumulado de 2023 o déficit totalizou R$ 230,5 bilhões, equivalente a 2,12% do PIB. Recentemente, o governo anunciou previsão de déficit primário de R$ 28,8 bilhões, que está no limite permitido pelo novo arcabouço fiscal, representando um déficit de 0,25% do PIB, sendo que no relatório anterior, a previsão de déficit para o ano era de R$ 14,5 bilhões. (Valor Investe)

Lucro da Vale dispara 210% no segundo trimestre

A mineradora Vale apresentou um lucro líquido de US$ 2,76 bilhões no segundo trimestre de 2024, superando as expectativas do mercado, que projetavam US$ 1,7 bilhão. O valor representa um crescimento anual de 210%, puxado por desinvestimentos e menores gastos com impostos. A receita líquida da empresa foi de US$ 9,9 bilhões, um aumento de 3% em relação ao ano anterior, e a produção de minério de ferro alcançou um recorde de mais de 80,5 milhões de toneladas, o que permitiu uma alta de 2,4%, nas vendas. Por outro lado, os gastos financeiros aumentaram significativamente, totalizando US$ 1,2 bilhões, principalmente devido a maiores despesas com derivativos e com a depreciação do real. No balanço, a companhia ainda pontua que continua avançando nas reparações dos desastres de Brumadinho e Mariana. O acordo de Brumadinho está 75% concluído, com R$ 3,6 bilhões pagos em compensações individuais desde 2019, e no caso de Mariana, as negociações com a Samarco e a BHP estão próximas de um acordo, com R$ 37 bilhões já desembolsados pela Fundação Renova. (InfoMoney)

Ibovespa cai pelo terceiro dia consecutivo

O Ibovespa encerrou a quinta-feira em baixa pelo terceiro dia consecutivo, o que não acontecia desde junho. A bolsa recuou 0,37%, aos 122.954,09 pontos, menor patamar desde o último dia 3. O dólar também caiu, fechando a R$ 5,64, com redução de 0,16%. Nos EUA, houve uma divisão no mercado. Mais impactado pelas empresas da “velha economia”, o Dow Jones subiu 0,20%, impactado pelo PIB que veio acima das expectativas. Enquanto isso, os índices onde pesam as empresas de tecnologia recuaram, com o S&P 500 perdendo 0,51% e o Nasdaq 0,93%. (InfoMoney)

PIB dos EUA cresce acima do esperado no segundo trimestre

A economia dos Estados Unidos cresceu 2,8% no segundo trimestre deste ano, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Departamento de Comércio. O resultado do PIB surpreendeu o mercado, que estimava um crescimento de 2%, já acima do 1,4% do primeiro trimestre. O aumento foi puxado principalmente pela alta nos gastos dos consumidores e pelo índice de investimentos. Entre os gastos de consumidores destacados no trimestre, o Departamento do Comércio citou especialmente serviços de assistência médica, habitação e recreação. Entre os bens, os itens cujo consumo mais cresceu foram veículos e peças, móveis e equipamentos domésticos duráveis, além de gasolina e outros bens energéticos. Também foi identificado aumento na renda pessoal dos cidadãos. (InfoMoney)

Governo quer recadastrar beneficiários do BPC para cortar gastos

O governo federal vai recadastrar a partir de setembro os inscritos no Benefício de Prestação Continuada (BPC), com o objetivo de controlar o aumento de concessões e despesas com o auxílio. O BPC é um programa social que paga um salário mínimo mensal, hoje em R$ 1.412, para idosos a partir de 65 anos ou pessoas com deficiência, com renda familiar per capita de até R$ 353. A última vez que foi feita uma revisão de cadastros foi entre 2008 e 2009. As novas medidas podem incluir a exigência de biometria dos pais em casos de autismo para concessão do benefício e a atualização dos documentos para renovação no Cadastro Único (CadÚnico). A implementação dessas ações será feita pelo Ministério do Desenvolvimento Social e a Previdência, com apoio das prefeituras. O assunto se tornou pauta após os gastos com o BPC alcançarem mais de R$ 44 bilhões no primeiro semestre de 2024, um aumento de 19,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto o número de concessões subiu 40%. (Globo)

Confiança do Consumidor sobe pelo segundo mês no Brasil

Otimismo com a economia do país para os próximos meses. Essa foi a detecção do Índice de Confiança do Consumidor, divulgado pela FGV, que registrou alta de 1,8 ponto em julho, atingindo 92,9 pontos. Esta foi a segunda elevação consecutiva do índice, que em médias móveis trimestrais, se manteve praticamente estável. De acordo com Anna Carolina Gouveia, economista do FGV, o aumento da confiança foi impulsionado principalmente pela melhoria nas expectativas para os próximos meses - de médio prazo, portanto -, principalmente com a forte alta no indicador de situação financeira futura das famílias, no maior patamar desde agosto de 2023. O otimismo de curto prazo, no entanto, se manteve estável, e o de longo prazo, caiu. (Meio)

Prévia da inflação de julho desacelera a 0,30%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação cheia de julho, por captar os primeiros 15 dias do mês e os últimos 15 do mês anterior, registrou uma inflação de 0,30% em julho, abaixo dos 0,39% observados em junho, segundo o Índice Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE (íntegra). Ainda assim, o número ficou acima do consenso de mercado, que esperava uma desaceleração maior, na faixa dos 0,23%, e o acumulado nos últimos 12 meses marca inflação de 4,45%. No período contemplado pela pesquisa, o grupo Transportes apresentou a maior variação, com 1,12%, e o maior impacto no índice, puxado pela forte alta das passagens aéreas e reajuste nos combustíveis. Habitação e Saúde e Cuidados Pessoais vêm logo na sequência. Por outro lado, Alimentação e Bebidas e Vestuário tiveram variações negativas. Dentro do grupo dos alimentos, destaca-se a queda de preços da cenoura, tomate e cebola. O leite longa vida e o café moído foram os que mais subiram no grupo. Pensando regionalmente, Brasília foi a capital que apresentou a maior variação, com 0,61%, enquanto Recife teve o menor resultado, de -0,05%. (Meio)

Haddad diz que enviará a Lula reforma tributária da renda no segundo semestre

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista à GloboNews que apresentará ao presidente Lula cenários para uma reforma do Imposto de Renda no segundo semestre. Ele destacou que a reforma da renda é ainda mais complexa que a do consumo e firmou o compromisso com a promessa de campanha do presidente de isentar quem ganha até R$ 5 mil do pagamento de Imposto de Renda. Sobre a reforma do consumo, Haddad entende que a regulamentação seja aprovada ainda neste ano pelo Congresso Nacional e reconheceu que o Senado queira dedicar o segundo semestre à discussão do texto, com audiências públicas e passagem pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes da votação em plenário, mas destacou que a alíquota média ficará entre 21% e 22%. (Valor)