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Política

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PF encontra ordens de Moro para grampos ilegais

A investigação da Polícia Federal na 13ª Vara Federal de Curitiba encontrou provas de que o então juiz e hoje senador Sérgio Moro (União-PR) mandou grampear ilegalmente autoridades com prerrogativa de foro, em casos sem relação com a Lava Jato. Em 2005, Moro mandou um colaborador gravar uma conversa com Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR), Heinz Herwig. Também houve monitoramento de desembargadores do TRF4, responsáveis por rever as decisões do juiz. Em ambos os casos, caberia ao STJ investigar essas autoridades. A despeito dos documentos obtidos pela PF, Moro nega as acusações. (UOL)

Trump ordena ‘bloqueio total’ a petroleiros da Venezuela

A tensão entre Estados Unidos e Venezuela chegou a um ponto ainda mais crítico na noite desta terça-feira, quando Donald Trump anunciou em sua rede Truth Social o “bloqueio total e completo” a navios petroleiros alvos de sanções que tentem deixar o país caribenho. Pela primeira vez o presidente americano deixou claro que a motivação para o cerco à Venezuela não é o combate às drogas. Segundo ele, o bloqueio vai continuar até que Caracas “devolva o petróleo, as terras e os bens” que, nas palavras dele, “roubou” dos EUA. As empresas americanas exploravam o petróleo do país sem qualquer controle até a década de 1970, quando foi criada a estatal PDVSA. O governo de Nicolás Maduro classificou o anúncio como uma “ameaça grave e irresponsável”. (CNN)

Haddad sai da Fazenda em fevereiro, mas descarta candidatura em 2026

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem resistido a disputar as eleições de 2026 mas planeja deixar o cargo em fevereiro. Apesar de ser cotado para concorrer ao governo de São Paulo ou ao Senado, Haddad tem dito a interlocutores que não pretende se candidatar. A prioridade, segundo relatos, é lançar um livro já concluído e atuar na coordenação da campanha de reeleição de Lula. Mas o ministro é tratado internamente pelo PT como peça-chave para as eleições do próximo ano. Publicamente, Lula tem dito que Haddad será “o que quiser” em 2026. Nos bastidores, porém, interlocutores relatam que o presidente considera essencial ter o ministro no tabuleiro eleitoral, especialmente diante da dificuldade do PT em montar palanques competitivos nos principais colégios eleitorais do país. (g1 e Estadão)

Moraes diz que desembargador preso no RJ cometeu ao menos cinco crimes

O ministro Alexandre de Moraes justificou por que decidiu pedir a prisão do desembargador do TRF-2 Macário Ramos Júdice Neto. O ministro do STF afirmou haver indícios suficientes de que o desembargador cometeu ao menos cinco crimes, entre eles organização criminosa armada, obstrução de investigação e violação de sigilo funcional. Júdice Neto foi preso nesta terça-feira em sua casa, na Barra da Tijuca, no Rio. Segundo Moraes, a prisão é necessária para garantir a ordem pública e preservar a instrução criminal, diante da gravidade dos fatos e da infiltração do crime organizado em instituições do Estado. O ministro destacou que o desembargador seguia atuando como relator de processos ligados à investigação que levou à prisão do ex-deputado TH Jóias, acusado de ligação com o Comando Vermelho. Na mesma decisão, Moraes determinou a transferência de TH Jóias para um presídio federal. (Globo)

Genial/Quaest: Flávio supera governadores e aparece atrás só de Lula

O Centrão e os governadores de direita tiveram uma dupla má notícia com a pesquisa Genial/Quaest (íntegra) divulgada nesta terça-feira. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera as simulações de primeiro e segundo turno, enquanto o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), ungido candidato pelo pai, surge em segundo lugar, à frente dos demais candidatos conservadores. Nos diversos cenários de primeiro turno, Lula varia entre 41% e 34%, enquanto Flávio vai de 27 e 21%, superando os governadores Ratinho Júnior (PSD-PR), com 13%; Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), com 10%; Romeu Zema (Novo-MG), 6%; e Ronaldo Caiado (União-GO), 4%, e o ex-governador Ciro Gomes (PSDB-CE), com 8%. No segundo turno, Lula venceria Flávio por 46% a 36%, Tarcísio por 45% a 35% — a mesma diferença em relação a Ratinho —, Caiado por 44% a 33%; Zema por 45% a 33%. Além da fragmentação da direita, a Genial/Quaest trouxe alguns alentos para o governo, cuja desaprovação recuou de 50% para 49%. A aprovação foi de 47% para 48%. Ambas as variações estão dentro da margem de erro de dois pontos percentuais. Na percepção do cenário econômico, embora os números globais ainda sejam ruins para o governo, houve uma melhora. Os que percebem piora na economia caíram de 43% para 38%; os que veem melhora subiram de 24% para 28%; e os que não veem mudança recuaram ligeiramente, de 32% para 31%. A expectativa é de que a economia melhore para 44% (42% em novembro), piore para 33% (35%) e fique igual para 19% (21% no mês passado). (Meio)

Cá entre Nós: a dificuldade de separar pessoas de instituições

Flávia Tavares: “O vídeo de Zezé di Camargo contra o SBT por ter convidado Lula e Alexandre de Moraes para um evento reacendeu uma velha confusão no Brasil: a dificuldade de separar pessoas de instituições. A partir de um resumo da polêmica, é importante entender por que esse debate vai muito além de um especial de Natal — e diz muito sobre democracia, radicalização e o desafio político que o país enfrenta às vésperas de 2026”. Veja a análise completa no Cá entre Nós. (Meio)

Genial/Quaest: Lula lidera com Flávio em segundo

O Centrão e os demais partidários de uma candidatura de direita não bolsonarista para as eleições presidenciais de 2026 tiveram uma má notícia dupla na pesquisa Genial/Quaest (íntegra) divulgada no início da tarde desta terça-feira. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece liderando em todas as simulações, enquanto o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), ungido candidato pelo pai, surge em segundo lugar em todos os cenários de primeiro turno e tem uma performance ligeiramente melhor que a dos demais postulantes de direita no segundo. Além disso, o senador é o único nome, além de Lula e de Jair Bolsonaro, que está inelegível, a aparecer na pesquisa espontânea de intenção de votos — o presidente é mencionado por 20% dos entrevistados, Flávio e o pai têm 5% cada e 65% estão indecisos.

Líder do PT diz que relação com Hugo Motta está “ruim”

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, afirmou que 2026 será um ano de pauta restrita no Congresso, com foco apenas em projetos “estritamente necessários”. Segundo ele, o governo deve concentrar seu capital político no fim da escala 6x1 e na tarifa zero no transporte público, em um Legislativo mais lento por causa do ano eleitoral. Lindbergh reconheceu derrotas do Planalto em 2025, como a queda do IOF e o esvaziamento do PL Antifacção, e admitiu que a relação com o presidente da Câmara, Hugo Motta, “está ruim”. Para 2026, disse apostar na mobilização da base social e ironizou a oposição, afirmando torcer por disputas internas entre Flávio Bolsonaro e Tarcísio de Freitas. (Meio)

Mau menino

Mau menino

Em ano eleitoral, Planalto reduz ambições no Congresso e foca em duas pautas

“Ano que vem não é ano de inventar muita moda no Congresso. Não temos a ilusão de aprovar projetos de todo o tipo, apenas os extremamente necessários.” A frase saiu da boca do deputado Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara, durante um café da manhã com jornalistas nesta terça-feira. O fim da escala 6x1 e a tarifa zero no transporte público são a menina dos olhos do governo no ano de disputa presidencial. É nessas duas frentes que devem se concentrar a energia e o capital político do Planalto no Legislativo em 2026. Trata-se de uma aposta calculada em um Congresso que, como de praxe em ano eleitoral, anda em marcha lenta. Deputados medem cada passo, evitam votações espinhosas e fogem do risco de se queimar diante do eleitorado. Nesse ambiente de cautela, a relação deteriorada do governo com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), funciona como mais um freio às ambições legislativas do Planalto. "Está ruim, a relação está ruim", confirma.