Em depoimento, Bacellar admite ter conversado com ex-deputado ligado ao CV
Preso por suspeita de vazar informação ao ex-deputado estadual TH Joias (MDB), o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar (União), admitiu em depoimento ter conversado com o colega na véspera da operação da Polícia Federal contra ele por associação com Comando Vermelho. No depoimento obtido pelo Fantástico, Bacellar negou, porém, ter alertado TH sobre a ação. A Alerj fará uma sessão na manhã de hoje para decidir se revoga a prisão de seu presidente. (g1)
Toffoli viajou em jatinho com advogado de diretor do Banco Master
O ministro Dias Toffoli, relator do caso do Banco Master no Supremo Tribunal Federal (STF), viajou para assistir à final da Libertadores entre Flamengo e Palmeiras, em Lima, no Peru, no mesmo jatinho onde estava Augusto Arruda Botelho, ex-secretário nacional de Justiça do governo Lula e atual advogado de Luiz Antônio Bull, diretor de compliance do Master. A informação é de Lauro Jardim, no Globo, e foi confirmada por Valdo Cruz, do g1. O avião particular é do empresário e ex-senador Luiz Oswaldo Pastore e no voo também estava o ex-deputado Aldo Rebello. A final foi no dia 29 de novembro. Na véspera, dia 28, Toffoli foi sorteado para ser relator do caso Master. O primeiro recurso de Botelho no caso, no Supremo, foi em 3 de dezembro. Nesse mesmo dia, Toffoli decidiu colocar o caso em sigilo e transferiu o inquérito para o STF, sob sua relatoria. (Globo e g1)
Flávio Bolsonaro diz que tem ‘preço’ para desistir de candidatura presidencial
Durou até menos do que costumam durar os balões de ensaio políticos. Anunciado oficialmente por si mesmo na sexta-feira como o escolhido por Jair Bolsonaro para ser candidato ao Planalto, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) fez sua primeira aparição pública em pré-campanha neste domingo em Brasília. Em entrevista depois de um culto evangélico, admitiu que pode não levar a empreitada a cabo. “Tem uma possibilidade de eu não ir até o fim e eu tenho um preço para isso, que eu vou negociar. Eu tenho um preço, só que eu só vou falar para vocês amanhã.” Em seguida, indicou o que pode ser o pedágio. “Espero que a gente paute essa semana a anistia. Espero que os presidentes da Câmara e do Senado cumpram o que prometeram, que pautariam a anistia, e deixem o pau cantar no voto no plenário – que é o que a gente sempre quis”, confessou, referindo-se ao projeto de anistia aos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pela trama golpista, o que beneficiaria diretamente seu pai, que está preso. Na sexta, o anúncio da candidatura de Flávio abalou o mercado financeiro. (g1)
O generalato da Venezuela
As ruas do centro de Caracas seguem cheias nestes dias de incerteza na Venezuela. Funcionários públicos sobem e descem a Plaza Bolívar como se nada estivesse acontecendo ou prestes a acontecer no país. As lojas seguem abertas, os restaurantes oferecem o pabellón criollo como sempre aos trabalhadores que parecem já acostumados a viver num estado permanente de carestia. Em volta dos ministérios, palácios e pontos importantes da cidade, muita polícia, muitos agentes de inteligência, muita gente que sempre usou a força para manter o regime de pé. As piadas e brincadeiras seguem, mas falar de política, uma paixão venezuelana, e sobre o estado das coisas desapareceu das ruas caraquenhas.
Senado prepara lei para reagir a Gilmar Mendes e rebater blindagem do STF

No Central Meio de hoje, Luiza Silvestrini, Flávia Tavares e o colunista do Meio e diretor-executivo do Livres, Magno Karl, conversam sobre a reação do Senado à liminar de Gilmar Mendes que retirou da Casa o poder de abrir processos de impeachment contra ministros do STF.
Sabatina de Jorge Messias só ocorrerá em 2026
Alcolumbre também indicou que a votação da indicação de Jorge Messias para o Supremo Tribunal Federal deve ficar para 2026. Questionado por jornalistas se a sabatina do advogado-geral da União seria pautada apenas no próximo ano, Alcolumbre permaneceu em silêncio. Diante da insistência, limitou-se a responder: “Este ano, só Orçamento”. O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), também reconheceu que o debate está adiado: “Será um debate para o próximo ano. Acho que está pacificado”, disse. (InfoMoney)
EUA recomenda que cidadãos americanos saiam “imediatamente” da Venezuela
O Departamento de Estado americano reforçou o alerta contra viagens para a Venezuela e recomendou que cidadãos americanos que já estejam no país saiam “imediatamente”. O aviso contra viagens a Caracas cita risco de “detenção injusta, tortura, terrorismo, sequestro, aplicação arbitrária de leis locais, crime, agitação civil e infraestruturas de saúde precárias”. A notificação dos EUA é feita após um alerta do presidente americano, Donald Trump, de que o espaço aéreo da Venezuela deve ser considerado fechado. (CNN Brasil)
Lula ataca Congresso e Supremo e amplia crise institucional
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu ficar longe da polêmica entre o STF e o Congresso, mas acabou entrando na briga com acusações contra os dois poderes. Lula disse que considera as emendas impositivas — de execução obrigatória — um “grave erro histórico” e criticou o peso que elas impõem ao Orçamento. Segundo ele, o mecanismo, que destina recursos definidos por parlamentares, representa um “sequestro” de 50% do orçamento da União. “Eu, sinceramente, não concordo com as emendas impositivas. Acho que o fato de o Congresso sequestrar 50% do orçamento é um grave erro histórico”, disse Lula, durante reunião do Conselhão, em Brasília. Lula também atacou a possibilidade de ministros do STF, juízes e parlamentares atuarem remotamente, inclusive votando fora do país. Para ele, a prática compromete a seriedade das decisões públicas. Segundo Lula, a ausência física de autoridades “incomoda a sociedade” e mina a confiança na democracia. (g1)
Gilmar Mendes nega pedido da AGU, mantém liminar e dá “pito” em Jorge Messias
A reação do Legislativo à liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes que dificultou o caminho para o impeachment de integrantes da corte não deve se limitar à irritação. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), quer acelerar um projeto sobre os crimes de responsabilidade de autoridades como o presidente da República e os ministros do STF, substituindo a lei de 1950 cujos trechos foram considerados inconstitucionais por Gilmar. O projeto permite que partidos, sindicatos e a OAB apresentem denúncias contra autoridades e limita o prazo para que os pedidos de impeachment sejam analisados. Na quarta-feira, Gilmar determinou que só a Procuradoria-Geral da República pode pedir o impeachment dos integrantes do Supremo e elevou o número de votos necessários para que o Senado inicie o processo. (Folha)
