Moraes anula decisão da Câmara, manda cassar Carla Zambelli e Hugo Motta enfraquece

No Central Meio de hoje, Pedro Doria, Luiza Silvestrini, FLávia Tavares e Magno Karl conversam sobre a disputa entre Legislativo e Judiciário - personificados nas figuras do presidente da Câmara, Hugo Motta, e do ministro do STF Alexandre de Moraes - envolvendo a cassação do mandato da deputada Carla Zambelli.
Haddad vai deixar Fazenda para auxiliar Lula nas eleições de 2026
O ano nem acabou, e as eleições de 2026 já estão movimentando de forma acelerada o mundo político. Nesta quinta-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que pode deixar o governo em 2026 para colaborar diretamente com a campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas descartou concorrer a algum cargo eletivo. “Eu não pretendo ser candidato em 2026, mas quero dar uma contribuição para pensar o programa de governo, para pensar como estruturar a campanha [de Lula]”, disse o ministro, que afirmou já ter discutido o assunto com o presidente. (Globo)
Moraes anula decisão da Câmara e determina cassação do mandato de Zambelli
A tentativa de reduzir as tensões entre o STF e o Congresso parece ter ido por água abaixo. No mesmo dia em que a Câmara dos Deputados rejeitou a cassação de Carla Zambelli (PL-SP), o ministro Alexandre de Moraes anulou a decisão e decretou a perda imediata do mandato da parlamentar. Na ordem, Moraes afirmou que a Constituição determina que, em caso de condenação criminal transitada em julgado, cabe ao Judiciário declarar a perda do mandato, restando à Mesa da Câmara apenas formalizar o ato. Para o ministro, a votação da madrugada de quinta-feira — que teve 227 votos pela cassação, abaixo dos 257 necessários — foi “nula” e afrontou os incisos III e VI do artigo 55 da Constituição. Moraes apontou violação aos princípios da legalidade, moralidade e impessoalidade e determinou que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), dê posse ao suplente no prazo máximo de 48 horas. A Primeira Turma do STF deve decidir ainda hoje, no plenário virtual, se mantém a ordem do ministro. (Metrópoles)
Lira ataca Motta e presidente da Câmara fica ainda mais isolado
O presidente da Câmara, Hugo Motta, está cada vez mais isolado. Depois de entrar em crises consecutivas com os partidos da base do governo, da oposição e do Centrão, agora Motta tem sido criticado pelo seu padrinho político e antecessor, Arthur Lira (PP-AL). A aliados, Lira afirmou que Motta “está perdido”, que foi “humilhado por Glauber [Braga (PSOL-RJ)]” e que não recebeu solidariedade de parlamentares durante a sessão. O deputado fluminense, acusado de agredir um militante do MBL dentro do Plenário, chegou a ocupar a cadeira de Motta para obstruir a sessão que votaria sua cassação, foi retirado à força pela Polícia Legislativa e, no fim, sofreu apenas uma suspensão por seis meses. Segundo interlocutores, Lira criticou especialmente a decisão de Motta de pautar, sem acordo prévio, as representações contra Glauber e Carla Zambelli (PL-SP). (Globo)
Tensão entre EUA e Venezuela faz Lula se reaproximar de Maduro
Depois de um afastamento após o Brasil não reconhecer o resultado das eleições venezuelanas em 2024, Lula voltou a se aproximar de Nicolás Maduro. Os dois conversaram por telefone para tratar da crescente pressão militar dos Estados Unidos sobre a Venezuela, no primeiro diálogo desde a eleição. Assessores de Lula afirmam que a retomada do diálogo pode ter papel importante caso o Brasil seja solicitado a intermediar algum entendimento entre o regime chavista e o governo de Donald Trump. (Globo)
Câmara salva mandatos de Carla Zambelli e Glauber Braga

No Central Meio de hoje, Luiza Silvestrini e Flávia Tavares recebem o editor-executivo do Meio Leonardo Pimentel e o colunista, analista político e CEO da Dharma, Creomar de Souza. Entre os assuntos, estão a preservação dos mandatos dos deputados Glauber Braga e Carla Zambelli e a relação dessa decisão com a gestão de Hugo Motta na Presidência da Câmara.
Senado aprova PL Antifacção, mas texto volta para a Câmara
O Senado aprovou por unanimidade na noite de quarta-feira o texto-base do PL Antifacção, mas o texto terá de ser apreciado novamente pela Câmara devido a alterações. O relator Alessandro Vieira (MDB-SE) descartou a criação de uma nova lei específica para punir integrantes de facções, uma das peças cruciais do projeto, defendendo atualizar a Lei das Organizações Criminosas. Vieira manteve pontos como o aumento das penas e a restrição à progressão de regime para os membros dessas quadrilhas. (CNN Brasil)
EUA apreendem petroleiro venezuelano no mar do Caribe
O presidente Donald Trump confirmou nesta quarta-feira que os Estados Unidos apreenderam um navio petroleiro na costa da Venezuela, uma ação que mostra a disposição dos EUA em ampliar a pressão sobre o regime de Nicolas Maduro. “Como vocês provavelmente sabem, acabamos de apreender um petroleiro na costa da Venezuela”, disse Trump. “Um petroleiro enorme, muito grande — na verdade, o maior já apreendido.” Mais tarde, a procuradora-geral Pam Bondi publicou no X um vídeo mostrando agentes armados descendo de rapel de um helicóptero para o convés do navio e avançando com armas em punho. O governo venezuelano classificou a tomada do navio como um “ato de pirataria internacional”. (CNN)
Câmara salva os mandatos de Carla Zambelli e Glauber Braga
O corporativismo falou mais alto. Mesmo condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão, foragida e detida na Itália, a deputada Carla Zambelli (PL-SP) teve o mandato preservado pela Câmara na madrugada de hoje. Sua cassação teve 227 votos, 30 a menos que o mínimo necessário, enquanto 170 parlamentares votaram contra. Zambelli foi condenada em maio por ter comandado uma invasão a sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em seguida fugiu para a Itália, onde tem cidadania, foi presa a pedido do governo brasileiro e aguarda o julgamento da extradição. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), disse que vai recorrer ao STF contra a decisão do Plenário, uma vez que a corte determinara a perda automática do mandato por conta da ausência de Zambelli no Congresso desde a fuga. (g1)