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Política

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‘Nos causaria estranheza se o Brasil sofresse algum tipo de retaliação injustificada’, diz Haddad sobre EUA

Às vésperas do anúncio das novas tarifas dos Estados Unidos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que causaria “estranheza” ver o Brasil como alvo de sanções comerciais. Em Paris, onde cumpre agenda oficial, ele destacou que os EUA têm um superávit de US$ 7 bilhões em 2024 apenas na exportação de bens e que os dois países mantêm diálogo permanente. O governo brasileiro defende que não há justificativa para uma retaliação, sobretudo diante da criação recente de um grupo de trabalho bilateral para discutir tarifas. Segundo Haddad, o país seguirá apostando no fortalecimento do multilateralismo. Ele citou o acordo entre Mercosul e União Europeia como modelo para integrar economias de forma complementar e competitiva. No relatório anual de barreiras comerciais, divulgado nesta semana, os EUA acusaram o Brasil de práticas protecionistas, incluindo tarifas altas, taxação desigual de bebidas e entraves à importação de usados. O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, confirmou que o presidente Donald Trump deve anunciar as novas tarifas às 16h, no horário de Brasília, desta quarta-feira. (CNN Brasil)

Precisamos falar sobre a ditadura

Em março de 1985, a posse do civil José Sarney na presidência da República encerrou oficialmente o ciclo da ditadura implantada no Brasil pelo golpe civil-militar de 1964 – mesmo com o novo presidente sendo, na verdade, vice de Tancredo Neves e eleito de forma indireta. O país saiu da ditadura, mas a rigor a ditadura nunca saiu de fato do país. O processo que viabilizou a redemocratização, conduzido pelo próprio regime, fez, por exemplo com que crimes cometidos pelos agentes do governo jamais fossem punidos, além de manter a sombra dos militares pelo país pelo menos até o fim daquela década. E o governo de Jair Bolsonaro (PL) mostrou o quanto a democracia brasileira ainda estava exposta ao risco da nostalgia autoritária.

Tarifas de Trump teriam impacto financeiro no Brasil; Senado aprova Lei da Reciprocidade

A ofensiva tarifária do presidente americano Donald Trump, marcada para amanhã, pode ter impacto direto no Brasil, mas não pelo aspecto comercial. Segundo o economista Otaviano Canuto, ex-diretor do FMI e do Banco Mundial, o principal impacto será financeiro, pois a política de aumentos tarifários tende a piorar o cenário inflacionário nos EUA e a adiar cortes nos juros básicos. Para o Brasil, isso significa dólar pressionado, juros mais altos e cenário externo menos favorável. “As tarifas definitivamente não são boas para a economia americana, e muito menos para a economia global”, disse Canuto ao InfoMoney. Na avaliação dele, a chamada “reciprocidade tarifária” imposta por Trump rompe o arcabouço multilateral do comércio internacional, ao mirar tarifas de forma bilateral. O Brasil, por ter uma estrutura tarifária elevada, pode entrar na mira, ainda que não esteja entre os alvos prioritários. (InfoMoney)

Desaprovação de Lula vai a 53,6%, aponta pesquisa AtlasIntel

As mudanças na comunicação do governo não conseguiram, até o momento, conter a queda na popularidade do presidente Lula, segundo pesquisa (íntegra) da AtlasIntel divulgada nesta terça-feira. De acordo com o levantamento, a parcela dos entrevistados que desaprova a atuação do chefe do Executivo passou de 53% para 53,6%, enquanto os que aprovam caíram de 45,7% para 44,9%. Ambas as variações estão dentro da margem de erro de 1 ponto percentual, mas confirmam uma tendência que vem sendo percebida desde o fim do ano passado. Já o governo como um todo é considerado ruim ou péssimo por 49,6% (contra 50,8% no levantamento anterior), bom ou ótimo por 37,4% (contra 37,6%) e regular por 12,5% (contra 11,3%).

Farinha pouca, meu pirão primeiro

Trump em busca de terceiro mandato: ‘Não estou brincando’

O presidente Donald Trump disse, durante uma entrevista à NBC, no domingo, 30, que “há métodos” que lhe permitiriam buscar um terceiro mandato — apesar do limite de dois mandatos determinado pela Constituição dos EUA. Perguntado se estaria brincando sobre outra candidatura à Casa Branca, Trump disse: “Não estou brincando”. Segundo relato da emissora, uma das maneiras para driblar a regra seria entrar na eleição como candidato a vice, com o presidente renunciando após tomar posse. Para reformar a Constituição dos EUA ele necessitaria de uma maioria de dois terços tanto na Câmara quanto no Senado, números que o Partido Republicano não tem. Trump disse que “é muito cedo para pensar nisso”, mas que lhe foram apresentados planos.(NBC News e NPR)

Moraes manda mulher que pintou estátua do STF com batom para prisão domiciliar

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a transferência para prisão domiciliar da cabelereira Débora Rodrigues, presa desde março de 2023 por pintar de batom a frase “Perdeu, mané” na estátua “A Justiça”, na porta do Supremo, e participar dos atos de 8 de janeiro. A mudança está condicionada ao uso de tornozeleira eletrônica, proibição de redes sociais e de comunicação com outros investigados. Além disso, ela também não pode dar nenhuma entrevista. A decisão, atendendo a pedido da Procuradoria Geral da República feito nesta sexta-feira, considerou a conclusão das investigações pela Polícia Federal e a suspensão do julgamento, paralisado por pedido de vista do ministro Luiz Fux, que discorda da pena de 14 anos por crimes como dano qualificado ao patrimônio tombado e associação criminosa armada. Débora também deve pagar multa de R$ 50 mil e participar de uma indenização coletiva de R$ 30 milhões, a ser dividida entre os condenados. O descumprimento das medidas resultará no retorno ao regime fechado e perda de dias remidos. O caso aguarda votos de Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin para conclusão. Para justificar a aceitação do pedido da PGR, Moraes – que votou pela pena de 14 anos, assim como o ministro Flávio Dino – destacou que “a ré não pode ser prejudicada pela interrupção do julgamento”. (CNN Brasil)

Anatel intensifica análise sobre expansão da Starlink no Brasil por riscos geopolíticos

A Anatel está avaliando com cautela o pedido da Starlink para lançar mais 7,5 mil satélites no Brasil, o que aumentaria significativamente a presença da empresa de Elon Musk no espaço aéreo nacional. Atualmente com 4,4 mil satélites em operação no país e cerca de 300 mil usuários, o equivalente a 58,6% do mercado de internet via satélite, a companhia enfrenta resistência por potenciais riscos à soberania digital, à segurança cibernética e ao cumprimento da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O temor é que, com a operação independente das redes nacionais, o tráfego de dados brasileiros fique fora do alcance da regulação da Anatel. As preocupações da agência cresceram em 2024, especialmente após o embate entre Musk e o STF, que envolveu a suspensão temporária do X no Brasil. Neste mês, o conselheiro Alexandre Freire pediu pareceres técnicos sobre os impactos geopolíticos e comerciais da ampliação da constelação de satélites. O processo de avaliação segue travado desde o fim de 2023. (Money Times)

PF monitora rotas terrestres

Lula se despede do Japão com acordos comerciais na bagagem

Lula deixou o Japão após quatro dias de agenda no país asiático. Em sua primeira longa viagem após o acidente doméstico que sofreu em outubro, o presidente assinou dez acordos e quase 80 instrumentos de cooperação entre o Brasil e o país asiático. “Foi a visita mais importante das cinco que fiz ao Japão”, resumiu Lula em coletiva de imprensa (íntegra da entrevista) antes de embarcar para o Vietnã, seu segundo destino no continente. O objetivo da viagem foi abrir portas e aumentar o fluxo comercial entre os países, que caiu de US$ 17 bilhões em 2011 para US$ 11 bilhões, sobretudo em áreas como transição energética, agricultura e pecuária, aviação, ciência e tecnologia. A comitiva fechou um acordo de compra de 15 jatos da Embraer pela All Nippon Airways, maior companhia aérea japonesa, um negócio estimado em US$ 1,2 bilhão. Há ainda a chance de um acordo comercial entre Japão e Mercosul, e o potencial de abrir o mercado japonês para a carne brasileira. (Meio)

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