Política

Procuradoria Eleitoral pede cassação de Cláudio Castro, vice e presidente da Alerj

A Procuradoria Eleitoral do Ministério Público Federal apresentou nesta segunda-feira seu parecer final no processo que investiga possíveis desvios no Ceperj e na Uerj, defendendo a cassação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), de seu vice, Thiago Pampolha (MDB), e do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil). De acordo com o parecer, os envolvidos praticaram atos “ilícitos eleitorais de abuso de poder político, econômico e condutas vedadas (...), a fim de utilizar a máquina pública, à exclusiva disposição dos investigados, para obter vantagens financeiras ilícitas com recursos públicos e lograrem êxito na reeleição ao Governo do Estado, nas Eleições Gerais de 2022”. Outras seis pessoas também foram citadas e o MPF pede que todos os citados, com exceção do vice-governador, fiquem inelegíveis por oito anos, a partir das eleições de 2022. O Ceperj foi alvo de uma série de denúncias de pagamentos irregulares. Segundo o MP, funcionários sacaram mais de R$ 220 milhões em espécie na boca do caixa. Os advogados de Castro informaram que não foram apresentados elementos novos que sustentem as denúncias. A Alerj afirmou que não há nenhuma conduta a ser imputada a Bacellar. (g1)

Relatório da PF usado contra juíza da Lava Jato põe em xeque todas as delações

O relatório de um delegado da Polícia Federal utilizado pelo corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, para pedir o afastamento da juíza Gabriela Hardt põe em xeque o modelo dos acordos de colaboração premiada firmados na Lava Jato. Assinado pelo delegado Élzio Vicente da Silva, o documento afirma que os repasses de bilhões em multas à Petrobras e os outros bilhões que iriam para a criação de uma fundação privada foram resultado de acordos que usavam a mesma metodologia das delações premiadas, que, na visão dele, são problemáticas. Durante a Lava Jato, foram fechados 209 acordos de colaboração e 17 de leniência. De acordo com o delegado, os procuradores transformaram o instrumento que serviria como um meio de obtenção de provas, como previsto em lei, em uma “espécie mista de acordo de não persecução penal (não existente na legislação da época) e de transação penal”. O foco dos acordos, diz, deixou de ser a “contribuição do colaborador para a apuração em si” e passou a ser ajustes nos “efeitos da condenação, que unificavam e antecipavam penas, estabeleciam multas e as consequências de uma eventual sentença condenatória”. (Folha)

Hamas aceita proposta de cessar-fogo elaborada por Egito e Catar

O Hamas anunciou nesta segunda-feira que aceitou um acordo de cessar-fogo proposto por Egito e Catar para interromper a guerra em Gaza. Não está claro, no entanto, se o grupo terrorista concordou com a proposta de cessar-fogo mais recente, da semana passada, ou com uma nova versão. Israel ajudou a elaborar a última proposta, apesar de não concordar totalmente com os termos, que preveem a libertação de entre 20 e 33 reféns sequestrados em 7 de outubro em troca de um cessar-fogo temporário e da libertação de prisioneiros palestinos. Após a troca inicial, em meio a uma “restauração de uma calma sustentável”, os demais reféns, os soldados israelenses sequestrados e os corpos dos que morreram em cativeiro seriam trocados por mais prisioneiros palestinos. O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a operação militar em Rafah continuará enquanto responde à proposta de cessar-fogo. “Embora a proposta do Hamas esteja longe dos requisitos necessários de Israel, o país enviará uma delegação de trabalho”, acrescentou o comunicado. Os Estados Unidos também estão mediando as conversas por um cessar-fogo. (CNN)

Israel ordena que população deixe parte de Rafah

As Forças Armadas de Israel ordenaram que a população “evacue imediatamente” o leste de Rafah, uma das mais importantes cidades do sul da Faixa de Gaza e onde estão abrigados cerca de um milhão de refugiados que fugiram da destruição no restante do território palestino. O aviso veio um dia depois de Israel fechar a passagem por onde entrava ajuda humanitária à população e de seu ministro da Defesa, Yoav Galant, ter dito às tropas que esperassem “intensa atividade em Rafah dos próximos dias”. (CNN)

Os financiadores das manifestações pró-Palestina nos EUA e os traumas dos estudantes que também enfrentaram a pandemia

Para ler com calma. Mais de 2,2 mil pessoas já foram presas em manifestações pró-Palestina em universidades dos Estados Unidos desde o dia 18 de abril, segundo levantamento da CNN. As prisões aconteceram em mais de 45 campi em 25 estados. Embora um dos principais alvos dos protestos seja o presidente Joe Biden, chamado de "Genocide Joe" em cartazes, uma análise do Politico revela que o financiamento de fundações que organizam as manifestações vem justamente de filantropos que bancam também a campanha de Biden à reeleição. Sobrenomes notórios por seu apoio ao Partido Democrata, como Gates, Soros, Rockefeller e Pritzker, estão associados aos de fundações e organizações que financiam os protestos. Na Universidade de Columbia, por exemplo, as organizadoras são a Jewish Voice for Peace e a IfNotNow. Ambas recebem recursos da Fundação Tides, apoiada por George Soros e pela Fundação Bill e Melinda Gates. Os protestos vêm sendo fortemente reprimidos e algumas universidades decidiram cancelar as formaturas previstas para esse período. O Axios aponta como esses formandos viveram uma experiência universitária absolutamente fora do comum, que se iniciou com a pandemia de covid-19 e acaba, agora, sob a forte divisão em torno da guerra em Gaza. (CNN, Politico e Axios)

Hamas assume ataque a israelenses no Sul de Gaza e negociações de cessar-fogo não avançam

Ao menos três soldados israelenses morreram e nove ficaram feridos em um ataque reivindicado pelo Hamas em uma área perto da Faixa de Gaza no domingo, levando as Forças de Defesa Israelenses a fechar uma importante passagem fronteiriça de caminhões de ajuda humanitária. O Hamas disse ter lançado uma série de foguetes de curto alcance contra uma base de tropas israelenses perto da comunidade de Kerem Shalom, no sul, e que a intenção não era atingir a passagem. Durante uma visita ao centro da Faixa de Gaza, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse que Israel acredita que o Hamas não está interessado num acordo de reféns e as IDF lançariam a ofensiva em Rafah num “futuro muito próximo”. (Times of Israel)

Plataformas mudam suas políticas de impulsionamento de conteúdo eleitoral

As novas regras do Tribunal Superior Eleitoral, o TSE, sobre impulsionamento de conteúdo político e eleitoral em redes sociais entraram em vigor na quarta-feira, dia 1, e as plataformas começaram a se adequar. De um lado, Google e X deixaram de oferecer a opção desse tipo de anúncio. Já a Meta, dona de Facebook, Instagram e WhatsApp, não divulgou mudanças nesse sentido. E o Kwai lançou no fim de abril um repositório para se adequar aos novos critérios. O prazo para as empresas que oferecem esse tipo de serviço disponibilizarem repositório com os conteúdos político-eleitorais que tiverem sido impulsionados, seguindo uma série de requisitos estabelecidos pelo TSE, era de 60 dias e venceu no dia 1º. As plataformas devem informar, no repositório, em tempo real, o conteúdo, os valores, os responsáveis pelo pagamento e as características dos grupos populacionais que compõem a audiência da publicidade contratada. A Meta tem uma biblioteca de anúncios, mas alguns pontos da resolução não parecem estar sendo cumpridos à risca, como a disponibilização de "informações precisas" sobre os valores dos anúncios e a quantidade de pessoas atingidas. O Kwai também está oferencendo os dados de maneira incompleta. Procurados pela Folha, a Meta disse que não se manifestaria e o Kwai informou que seus processos estão em revisão. (Folha)

Hamas e CIA se reúnem hoje no Egito para buscar trégua em Gaza

Membros do Hamas e da agência de inteligência americana, a CIA , devem se reunir hoje com autoridades egípcias que buscam mediar o acordo para uma trégua e a libertação de reféns israelenses na Faixa de Gaza. As informações são de uma fonte egípcia para a CNN. Na sexta-feira, dia 3, o Hamas anunciou que enviaria uma delegação ao Cairo. Horas antes, William Burns, diretor da CIA, havia chegado à capital do Egito. Não foi confirmado se cada delegação se reunirá separadamente com os mediadores ou em conjunto. O Hamas sinalizou que seus delegados estariam com um “espírito positivo” depois de estudar a proposta mais recente de um acordo de trégua. Fontes egípcias dizem que tanto o Hamas quanto Israel fizeram algumas concessões recentes, embora Israel continue alertando que uma operação em Rafah, cidade ao Sul de Gaza que abriga mais de 1 milhão de palestinos, é iminente. (CNN Brasil)

Pacheco apresentou três preocupações a Lula na conversa do Alvorada

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentou três preocupações a Lula no encontro que tiveram na quinta-feira. A primeira, conta Vera Rosa, foi a tentativa do governo de reoneração da folha de pagamento dos municípios; a segunda, o esforço da equipe econômica para aumentar a alíquota da contribuição previdenciária de 17 setores da economia e a terceira, a renegociação da dívida dos estados. Pacheco destacou que ministros e líderes do governo têm de ficar mais atentos ao “componente político” das questões e não apenas ao aspecto fiscal. Para ele, o Executivo deve apresentar soluções rápidas para esses três problemas, que causam impacto direto na relação entre governo, Congresso, prefeitos, governadores e empresários, podendo ter efeitos negativos para o Planalto nas eleições municipais. (Estadão)

Governo terá de abrir mão de R$ 4,3 bi para manter isenção do IR em 2025

Para manter a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos em 2025, o governo federal terá de abrir mão de mais R$ 4,3 bilhões da arrecadação. O cálculo foi feito pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco) a pedido da Coluna do Estadão. Considerando a proposta de reajuste no salário mínimo para 2025, que propõe aumentar o piso salarial de R$ 1.412 para R$ 1.502, seria preciso elevar o limite de R$ 2.824 para R$ 3.004 para manter a atual política de isenção do IR. Fontes da Esplanada dizem que um novo reajuste da tabela do IR será uma “necessidade política” do Palácio do Planalto e está no radar da equipe econômica. (Estadão)