Política

Plataformas mudam suas políticas de impulsionamento de conteúdo eleitoral

As novas regras do Tribunal Superior Eleitoral, o TSE, sobre impulsionamento de conteúdo político e eleitoral em redes sociais entraram em vigor na quarta-feira, dia 1, e as plataformas começaram a se adequar. De um lado, Google e X deixaram de oferecer a opção desse tipo de anúncio. Já a Meta, dona de Facebook, Instagram e WhatsApp, não divulgou mudanças nesse sentido. E o Kwai lançou no fim de abril um repositório para se adequar aos novos critérios. O prazo para as empresas que oferecem esse tipo de serviço disponibilizarem repositório com os conteúdos político-eleitorais que tiverem sido impulsionados, seguindo uma série de requisitos estabelecidos pelo TSE, era de 60 dias e venceu no dia 1º. As plataformas devem informar, no repositório, em tempo real, o conteúdo, os valores, os responsáveis pelo pagamento e as características dos grupos populacionais que compõem a audiência da publicidade contratada. A Meta tem uma biblioteca de anúncios, mas alguns pontos da resolução não parecem estar sendo cumpridos à risca, como a disponibilização de "informações precisas" sobre os valores dos anúncios e a quantidade de pessoas atingidas. O Kwai também está oferencendo os dados de maneira incompleta. Procurados pela Folha, a Meta disse que não se manifestaria e o Kwai informou que seus processos estão em revisão. (Folha)

Hamas e CIA se reúnem hoje no Egito para buscar trégua em Gaza

Membros do Hamas e da agência de inteligência americana, a CIA , devem se reunir hoje com autoridades egípcias que buscam mediar o acordo para uma trégua e a libertação de reféns israelenses na Faixa de Gaza. As informações são de uma fonte egípcia para a CNN. Na sexta-feira, dia 3, o Hamas anunciou que enviaria uma delegação ao Cairo. Horas antes, William Burns, diretor da CIA, havia chegado à capital do Egito. Não foi confirmado se cada delegação se reunirá separadamente com os mediadores ou em conjunto. O Hamas sinalizou que seus delegados estariam com um “espírito positivo” depois de estudar a proposta mais recente de um acordo de trégua. Fontes egípcias dizem que tanto o Hamas quanto Israel fizeram algumas concessões recentes, embora Israel continue alertando que uma operação em Rafah, cidade ao Sul de Gaza que abriga mais de 1 milhão de palestinos, é iminente. (CNN Brasil)

Pacheco apresentou três preocupações a Lula na conversa do Alvorada

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentou três preocupações a Lula no encontro que tiveram na quinta-feira. A primeira, conta Vera Rosa, foi a tentativa do governo de reoneração da folha de pagamento dos municípios; a segunda, o esforço da equipe econômica para aumentar a alíquota da contribuição previdenciária de 17 setores da economia e a terceira, a renegociação da dívida dos estados. Pacheco destacou que ministros e líderes do governo têm de ficar mais atentos ao “componente político” das questões e não apenas ao aspecto fiscal. Para ele, o Executivo deve apresentar soluções rápidas para esses três problemas, que causam impacto direto na relação entre governo, Congresso, prefeitos, governadores e empresários, podendo ter efeitos negativos para o Planalto nas eleições municipais. (Estadão)

Governo terá de abrir mão de R$ 4,3 bi para manter isenção do IR em 2025

Para manter a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos em 2025, o governo federal terá de abrir mão de mais R$ 4,3 bilhões da arrecadação. O cálculo foi feito pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco) a pedido da Coluna do Estadão. Considerando a proposta de reajuste no salário mínimo para 2025, que propõe aumentar o piso salarial de R$ 1.412 para R$ 1.502, seria preciso elevar o limite de R$ 2.824 para R$ 3.004 para manter a atual política de isenção do IR. Fontes da Esplanada dizem que um novo reajuste da tabela do IR será uma “necessidade política” do Palácio do Planalto e está no radar da equipe econômica. (Estadão)

Lula pede atenção a projetos de reconstrução no RS

O presidente Lula pediu aos ministros da área de infraestrutura que se antecipem e se preparem para os trabalhos de reconstrução devido aos estragos provocados pelas chuvas no Rio Grande do Sul, conta Clarissa Oliveira. A ideia é que os ministérios já comecem a identificar obras na região, de forma a eliminar entraves e agilizar a liberação de recursos. Segundo interlocutores, o balanço da viagem de Lula ao estado foi positivo, deixando claro que o governo federal apoiará todos os esforços do estado para enfrentar a tragédia. (CNN Brasil)

Defesa diz que Moraes determinou soltura de Mauro Cid

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou nesta sexta-feira que o tenente-coronel Mauro Cid seja solto, informou a defesa do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele foi preso em 22 de março após a divulgação de áudios criticando a forma como a Polícia Federal conduziu sua delação premiada. A liberdade provisória foi concedida, mas mantendo as medidas cautelares definidas no processo, como não falar sobre as investigações – motivo que gerou a prisão. Moraes manteve integralmente o acordo de colaboração premiada firmado pelo militar com a PF. (g1)

Conservadores sofrem derrota séria nas eleições locais britânicas

Atualmente governando a duras penas o Reino Unido, os Conservadores sofreram uma séria derrota nas eleições locais, realizadas na noite de quinta-feira. Com os resultados de 55 dos 107 conselhos municipais (equivalente a nossas câmaras de vereadores) já apurados, partido do primeiro-ministro Rishi Sunak perdeu 228 vagas, conquistando ou mantendo 197 cadeiras. Já os Trabalhistas, favoritos às eleições gerais que devem acontecer ainda este ano, elegeram até o momento 562 conselheiros, 99 a mais que no pleito anterior. Sunak sofreu uma derrota pessoal, com o trabalhista David Skaith conquistando a prefeitura de York, onde fica Richmond, distrito do premiê. Apesar disso, ele afirmou acreditar, contrariando as pesquisas, que o britânicos vão continuar com os Conservadores na hora de renovar o Parlamento. (BBC)

Ministro leva culpa por fracasso do ato de 1º de Maio com Lula

O entorno do presidente Lula já escolheu um culpado pelo fracasso da manifestação de 1º de Maio na Arena Corínthians, o ministro da Secretaria-Geral, Márcio Macêdo, responsável pela coordenação com movimentos sociais. Na avaliação da equipe, houve uma sucessão de erros, como a escolha de local longe do centro de São Paulo e a falta de apoiadores de peso do presidente, como parlamentares. Macêdo teria convencido Lula a comparecer sem que se soubesse o risco de esvaziamento. Com pouco mais de duas mil pessoas presentes, o evento acabou dando munição para a direita nas redes sociais. (Folha)

Já estava assim quando eu cheguei

MP precisa de autorização da Justiça para prorrogar investigações, decide STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu que o Ministério Público (MP) tem de pedir autorização ao juiz responsável para prorrogar investigações de pessoas em liberdade. Já havia consenso nesse sentido em casos com investigados ou réus presos. Os ministros também concluíram que o MP deve justificar a instauração do procedimento investigatório sempre que houver suspeita de envolvimento de agentes de órgãos de segurança pública em infrações penais ou sempre que houver mortes ou ferimentos graves em virtude do uso de armas de fogo por eles. Quando houver representação sobre a conduta, a não instauração do procedimento investigatório também deve ter a formalização do motivo. A corrente majoritária entendeu que é preciso que a atuação do Ministério Público, mesmo para investigados ou réus soltos, precisa passar pelo controle judicial e ter autorização prévia. Essa é uma forma de evitar apurações que se estendem de forma indefinida, sem conclusão. “É um tema difícil, incontrovertido, que muitas vezes contrapõe MP e autoridade policial. Mas acho que ficou bem arrumado aqui, esse tema da investigação pelo MP, mantendo a autonomia da instituição e sua autoridade própria, porém preservando o controle judicial na medida do que o tribunal considerou necessário”, disse o presidente da Corte Luís Roberto Barroso. (Folha)