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Dois meses após anunciar que entraria para a política, Gusttavo Lima afirmou ter desistido de disputar a Presidência da República em 2026. Em entrevista ao Metrópoles, o cantor afirmou que a decisão foi motivada pela oposição de sua família à candidatura e pela dificuldade em lidar com as negociações políticas. “Você tem que sentar para negociar coisas que, às vezes, não são de interesse do Brasil, mas de partidos e de pessoas. Não tenho estômago. Meu negócio é trabalhar e ajudar as pessoas”, disse o artista. Agora, o cantor pretende concentrar esforços na carreira internacional e na criação do Instituto Gusttavo Lima, que promete atender dois mil idosos ainda este ano. O cantor também anunciou uma parceria com a Sony e passará a próxima semana gravando novas músicas em Miami. Sobre a eleição de 2026, ele afirmou que ainda não decidiu se apoiará algum candidato, mas disse que “espera que o povo saiba escolher bem”. (Metrópoles)

O ex-governador de São Paulo Cláudio Lembo (PSD) morreu nesta quarta-feira, aos 90 anos, na capital paulista. A causa da morte não foi divulgada. O velório será realizado na Assembleia Legislativa de São Paulo, e o sepultamento ocorrerá no Cemitério do Araçá. Lembo assumiu o governo paulista em 2006, após a renúncia de Geraldo Alckmin para disputar a eleição presidencial. Sua gestão foi marcada pela onda de ataques do PCC contra forças de segurança. Ele também foi vice-governador, secretário municipal em diferentes gestões e reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Um dos fundadores do antigo DEM, Lembo era filiado ao PSD desde 2011. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) decretou luto oficial de três dias. (g1)

A reprovação ao trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disparou para 58% em março, o maior patamar desde o início do governo, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira. Em dezembro, o índice era de 24%. Já a avaliação positiva despencou de 41% para apenas 10%, enquanto 85% dos entrevistados afirmam que Haddad está mais fraco do que no início da gestão. O levantamento foi realizado entre 12 e 17 de março, com 106 fundos de investimentos sediados em São Paulo e no Rio de Janeiro. Por outro lado, a visão do mercado sobre o governo Lula teve leve melhora: a avaliação negativa caiu de 90% para 88%, enquanto 8% classificam a administração como regular e 4% como positiva. A alta nos preços dos alimentos aparece como o fator mais relevante para a perda de popularidade do presidente, citada por 64% dos entrevistados, seguida por erros na política econômica (56%) e aumento de impostos (41%). O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi considerado o nome mais confiável para 68% do entrevistados, à frente de outros governadores como Romeu Zema (Novo-MG), com 36%, e Ratinho Jr. (PSD-PR), com 23%. Já Lula tem a confiança de apenas 3% dos entrevistados, ficando atrás de Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central (10%), e do próprio Fernando Haddad (5%). A pesquisa também mostrou que 90% do mercado financeiro consideram um erro a nomeação de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais, e 98% afirmam que a reforma ministerial de Lula não resolverá os problemas de governabilidade. (CNN Brasil)

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para os dias 8 e 9 de abril o julgamento da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o núcleo militar da trama golpista, o chamado grupo 3. Haverá três sessões para avaliar se 12 denunciados virarão réus ou não, conta Andréia Sadi. Entre eles há dois generais, três coronéis e cinco tenentes-coronéis. As análises dos grupos 1, no qual estão o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o general Braga Netto, e 2 também serão feitas em três sessões, divididas em dois dias. Na última segunda-feira, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu que o STF transforme em réus os militares acusados de participarem de uma tentativa de golpe de Estado. Esse grupo, segundo a denúncia, ficou responsável por ações como monitorar autoridades e participar do plano que previa até a morte do presidente Lula e de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB). (g1)

O avião que levava o presidente Lula até Sorocaba (SP) arremeteu durante o pouso nesta terça-feira no Aeroporto Bertram Luiz Leupolz. Em seguida, a aeronave voou em círculos e pousou normalmente às 15h33. Ventava muito no momento da arremetida, que é um procedimento considerado seguro e normal na aviação. “O vento de cauda deu-se por alteração nas condições meteorológicas naturais e decorrentes da alteração do tempo na macrorregião de São Paulo”, informou em nota a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Lula foi a Sorocaba para visitar a fábrica da Toyota que, até 2030, investirá R$ 11,5 bilhões no país. (CNN Brasil)

O presidente da Suprema Corte americana, John Roberts, fez uma rara repreensão pública a Donald Trump sobre a ameaça do presidente de pedir o impeachment de juízes federais. A reprimenda ocorreu logo após o republicano atacar um juiz em sua plataforma Truth Social na terça-feira, em resposta a uma decisão para impedir a deportação de supostos membros de gangues venezuelanas. “Por mais de dois séculos, foi estabelecido que o impeachment não é uma resposta apropriada para discordâncias sobre uma decisão judicial”, afirmou Roberts. “O processo normal de revisão de apelação existe para esse propósito”, acrescentou. No sábado, o governo Trump enviou centenas de supostos membros de gangues venezuelanas a El Salvador com base em uma ordem executiva que invocou uma lei de 1798 para acelerar as deportações. Os voos partiram apesar da proibição do juiz federal do Distrito de Columbia de James Boasberg, que ordenou que aviões com deportados sob essa ordem executiva aterrissassem ou retornassem. Os comentários de Roberts, o juiz mais antigo da mais alta corte dos EUA, ocorrem em um momento em que Trump e seus aliados criticam repetidamente os magistrados que tomam decisões contrárias a sua administração, acusando-os de “ativismo judicial”. As crescentes tensões entre o Executivo e o Judiciário podem se transformar em uma crise constitucional. (Financial Times)

Em um telefonema de quase duas horas com Donald Trump, o presidente russo, Vladimir Putin, concordou com um cessar-fogo parcial de 30 dias que poupará a infraestrutura de energia com a Ucrânia. A Casa Branca celebrou a decisão, que ficou longe da pausa total de 30 dias com a qual a Ucrânia já havia concordado na semana anterior. E isso pode dificultar os esforços para acelerar as negociações pelo fim do conflito. Para o governo americano, Moscou “começará com um cessar-fogo de energia e infraestrutura”, e negociações adicionais estão sendo planejadas sobre a implementação de “um cessar-fogo marítimo no Mar Negro, um cessar-fogo total e a paz permanente”. Não está claro, porém, se a Ucrânia assinará esses termos, devido às exigências de Putin para acabar com o conflito iniciado há três anos. Já Moscou entende que “respondeu positivamente” à proposta de Trump para uma pausa de 30 dias nos ataques à infraestrutura de energia e “imediatamente deu aos militares russos a ordem correspondente”. Putin também conversou com Trump sobre uma troca de 175 prisioneiros russos por 175 prisioneiros ucranianos que deve ocorrer nesta quarta-feira, disse o Kremlin. (Politico)

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou, em vídeo divulgado nas redes sociais, que vai se licenciar do mandato e se mudar para os Estados Unidos. Segundo ele, a decisão tem relação com uma suposta perseguição política. O anúncio ocorre uma semana antes do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que pode tornar seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu por tentativa de golpe de Estado. O caso será analisado pela Primeira Turma da Corte. Com a licença, Eduardo deixará vaga a presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara e o deputado Zucco (PL-RS), líder da oposição, deve assumir o posto. (g1)

O presidente Lula assinou o projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. A proposta foi entregue simbolicamente ao presidente da Câmara, Hugo Motta e ainda precisa ser aprovada pelo Congresso antes de entrar em vigor. O projeto pode isentar mais de 26 milhões de contribuintes. Atualmente, a faixa de isenção está em R$ 2.824, e o governo havia prometido elevá-la para R$ 3.036 ainda este ano, mas o envio da medida ao Congresso não aconteceu. Caso a nova proposta seja aprovada, os trabalhadores com rendimentos entre R$ 5 mil e R$ 7 mil ainda terão um desconto parcial e regressivo, ou seja, menor conforme a renda aumenta. Para compensar a perda de arrecadação, estimada em R$ 26 bilhões em 2026, o governo propõe a criação de um imposto sobre os chamados super-ricos, que ganham mais de R$ 50 mil por mês ou R$ 600 mil anuais. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a medida afetará cerca de 100 mil pessoas, enquanto o aumento da faixa de isenção beneficiará 20 milhões de brasileiros. A nova taxação incidirá sobre toda a renda recebida no ano, incluindo salários, aluguéis e dividendos. (g1)